Semanalmente vamos postar, alguns contos que começamos a escrever durante uma brincadeira feita em nosso grupo do WhatsApp.
Tudo começou com uma brincadeira para passar o tempo, mas resolvemos dividir com todos que nos acompanham essas pequenas hist...
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A noite acordo, vejo os flashes dos raios caírem ao fundo do horizonte. Abro mais meus olhos e o vejo deitado ao meu lado, faziam dias que não tínhamos mais aquele amor, aqueles amassos e abraços.... Ainda de cueca, sento-me a beirada da cama e me ponho a pensar. Por que estou aqui?! O que estou fazendo?!
As vezes penso que tudo isso que acontecera não era real, era apenas um sonho, um terrível pesadelo criado pela minha mente trapaceira, mas é real!!! Pela janela do quarto, vejo a tempestade cair torrencialmente sobre o campo de flores inundado as bromélias e rosas, as flores que plantei, tudo sendo tragada pelas águas que caíam do céu. Levanto-me, vou em direção a janela e estanco!!!
Um homem estava parado no portão de casa, tento enxergar mais, e foi então que vi que se tratava de meu ex-namorado, o primeiro amor de minha vida!!! Ao vê-lo, senti meu coração bater mais forte, ser acalentado em somente vê-lo. Corro em direção ao guarda-roupa, visto uma bermuda jeans, uma camisa regata, pego meu guarda-chuvas e vou em direção ao... meu amor!!! Há dois anos e meio, casei-me com Pedro, foi forçado nosso casamento, mas meu coração nunca foi dele!! Meu coração, corpo e vida, pertenciam aquele homem que estava de pé ao lado de fora de minha casa.
Desci as escadas, apressado, meu coração parecia sair pela boca, sinto uma alegria imensa ao saber que David estava me esperando no lado de fora. Quando abri a porta uma rajada de vento arrancou o guarda-chuva da minha mão, não me importei, precisava vê-lo de qualquer forma. Saí correndo, quando o alcanço grito seu nome, mas ele não para.
— David... por favor!!! - Falo mais alto
Ele para e lentamente vira-se para mim, seus olhos me encaram cheios de mágoa e mesmo molhados de chuva, percebo que estão rasos d'agua.
— Então é verdade?! — Sua voz falha. — Você se casou? — Pergunta.
Não tinha como negar, de fato havia me casado, porém não o amava, não era por Pedro que meu coração batia.
— Sim David, me casei... um casamento forçado, posso dizer assim, mas estou casado.
Ele me olha ainda com mágoa nos olhos, sem conseguir me encarar olha para o chão e diz friamente:
— Então volte, seu marido deve estar lhe esperando.
— Espera precisamos conversar, porque veio até aqui afinal? — Pergunto curioso.
Porque depois de tantas magoas ele está aqui, parado em minha porta e ainda de baixo dessa chuva?!
— Não há mais o que conversar...
Vejo o amor da minha vida sair e desaparecer na tempestade que caía e não somente na rua, mas a tempestade que caía em meu coração.
Entrei com os olhos marejados, destruído e quando olho vejo Pedro à minha frente.
