Xxx...

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— Kaya? – Mike deu algumas batidinhas na porta do quarto da namorada. – Pelo amor de Deus, você está aí há uma hora. – Revirou os olhos, impaciente.

— Eu 'tô procurando a guitarra, eu não quero uma de lá. – Disse Kaylee, manhosa. – Estou pronta. – Kaya saiu do quarto com a guitarra.

— Hoje é o último ensaio. Você está bem? – Perguntou Mike, acarinhando o rostinho pálido de Kaya e a menina aquiesceu ao toque.

— Venha cá. – Kaya largou a guitarra encapada e emaranhou seus dedos nos cabelos de Mike, iniciando um beijo.

Logo, Mike prensou a menina contra a parede, colocando suas mãos por baixo da blusa da menina. Em contrapartida, Kaya enlaçou suas pernas ao redor do tronco do namorado, envolvendo-se cada vez mais. Rindo, o menino interrompeu o beijo:

— Kaya... – Riu, puxando o lábio inferior da menina com os dentes. – Você tem ensaio. – Disse, fazendo-se de durão. – Vamos, eu te faço uma surpresa depois do ensaio. – Disse, trilhando o pescoço da menina com beijos.

Assim que chegaram ao local, os funcionários checavam iluminação, som e os equipamentos. Kaylee subiu ao palco e apanhou os papéis de programação, juntamente com as músicas. Mike dirigiu-se ao camarim da menina, identificando-se para conseguir passagem. E lá ficou, mexendo no celular e esperando a menina terminar o ensaio:

— Adivinhe quem está de volta! – Kaya colocou a cabeça para dentro do camarim, risonha. Os cabelos, lisos, escorriam por seu rosto pálido. – O show é amanhã e eu tenho um encontro com meu produtor um dia antes do Baile de Máscaras. – Pontuou, fazendo anotações nos papéis.

— Olha só... Está se virando sozinha... Assim que eu gosto! – Elogiou Mike, observando a namorada tirar os altos scarpins azuis e jogar-se no sofá.

— É! – Disse, empolgada. – Eu preciso fazer um relaxamento vocal. – Levantou-se novamente para ir até o frigobar.

Mike aproximou-se da menina, lhe selando os ombros, o pescoço, a nuca... As mãos acarinharam a pele alva por baixo da fina blusa de seda que Kaya trajava. Logo, divertia-se com os calafrios da namorada. Apanhou a menina em seu colo, levando-a até o sofá e, em um piscar de olhos, a blusa de seda branca e a papelada de Kaya já faziam parte do tapete rosinha do camarim. A menina puxava os cabelos louros de Mike, enquanto este tinha as mãos no cós da calça da menina:

— Não rasgue nada hoje. Tenho que voltar inteira pro colégio. – Disse Kaya, marota, os olhos agateados sensualmente semicerrados.

Logo, estavam despidos. Mike, sem hesitar, invadiu a menina, que mordeu seu lábio inferior e tombou sua cabeça para trás. Como esperado, o ritmo dos dois aumentava cada vez mais e Kaya arfava. Ao chegar ao seu ápice, cravou as unhas nas costas do menino:

— Muito bem. – Elogiou o menino, observando o rosto suado de Kaya à sua frente, orgulhoso. – Vamos, é melhor irmos. Vou te levar pra comer alguma coisa. – Deu dois tapinhas na bunda da menina, que levantou-se para apanhar suas peças de roupa.

Kaylee deixara o camarim primeiro. Ao dar a volta, algo a surpreendeu: uma pichação na parede que dizia:

"Que comecem os jogos. Xxx"

A menina franziu o cenho. Apenas ela e seus amigos utilizavam "Xxx", depois de digitar alguma mensagem, e sempre identificavam-se, mas a pessoa que fez tal brincadeira definitivamente não queria ser encontrada. Ao ouvir Mike clamar seu nome, Kaylee chacoalhou a cabeça, dando a volta no camarim para voltar:

— Tudo bem? – Perguntou Mike ao ver os olhos de Kaya distantes e receosos.

— Uhum. – A menina sorriu, balançando a cabeça positivamente. Talvez não fosse uma boa hora para comentar do anônimo que houvera pichado tal mensagem. Talvez aquilo fosse uma brincadeira de mau gosto...

Mike e Kaya apenas separaram-se na hora de dirigirem-se aos seus dormitórios. Talvez as amigas soubessem de algo... Cumprimentou-as e subiu para o banheiro para tomar um banho. Logo, secando os cabelos com uma toalha em frente ao espelho, perguntou:

— Hey, vocês têm recebido coisas estranhas no celular ou têm visto coisas do tipo na rua? – Franziu o cenho, penteando os cabelos com um pente largo.

— Hm... Que eu saiba, não. – Mely deu de ombros sem tirar os olhos do celular.

— Nem eu. – Izzy tinha o rosto verde pelo creme que passara em seu rosto. Estava deitada em sua cama apenas com seu roupão pink. – Algum problema, chuchu? – Perguntou.

— Vi algo estranho atrás do meu camarim. Alguém pichou "que comecem os jogos" naquela parede de trás e apenas identificou-se com "Xxx". – Confessou Kaylee, descendo as escadas e jogando-se na cama.

— Que estranho. Achava que só a gente usava "Xxx". – Melyrune franziu o cenho, tirando os olhos méis do visor do celular.

— Eu também. Por isso perguntei a vocês. – Explicou Kaya, enfiando-se debaixo das cobertas.

— O Mike sabe disso? – Perguntou Izzy, tirando as fatias de pepino dos olhos e fitando Kaya, visivelmente em defensiva.

— Não. Pode ser paranoia minha também... Eu vou dormir, tem uma aula longa pela frente amanhã e eu preciso estar conservada para à noite. – Riu Kaya, desconversando e deitando.

— Cara, aquela mensagem anônima que você recebeu... Aquilo se repetiu? – Perguntou Jack, ajeitando a bermuda.

— Por enquanto, não. Provavelmente foi engano, mas quem mandaria uma frase dessas por SMS? – Debochou Mike, revirando os olhos, sorrindo.

— Tem razão. – Max soltou uma risada nasal e deu de ombros. – A Kaya sabe disso aí?

— Não. Mesmo ela estando muito mais "inteligente" – Mike fez aspas com os dedos. – do que antes, acho que ela não tem porte pra isso ainda. – Confessou Mike.

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