Meaner.

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Kaya acordara sonolenta naquela manhã de sábado. O clima estava ameno, perfeito para uma caminhada, visto que não estava quente. A menina encarou o quintal da casa de Mike e sorriu ao olhar o menino, ainda adormecido. Até que Mike deu um tapinha na bunda da menina, que corou violentamente:

— Bom dia. – Disse ele, ainda com a cabeça atolada no travesseiro. – Bela visão dos seus seios. – Murmurou para si mesmo, observando o corpo da namorada.

— Bom dia! – Sorriu Kaya ao ver o menino acordado. – Eu vou descer e preparar algo pra a gente. – Disse ela, caminhando em direção ao armário de Mike. Vestiu uma blusa azul, que já serviu para cobri-la por inteiro. Vestiu a calcinha, jogada no chão de madeira, e calçou os chinelos de Mike. Prendeu os cabelos em um coque malfeito e sorriu para o menino, saindo do quarto.

— É, eu sou um cara de sorte. – Mike deu de ombros, observando Kaya sair do quarto. O menino vestiu-se rapidamente para acompanhá-la.

Ao descer, Mike enlaçou a cintura de Kaya e começou a trilhar seu pescoço alvo com beijos, arrancando risadinhas abafadas da menina. As mãos grandes do menino desceram em direção à bunda de Kaya, por baixo da camisa, apertando-a em seguida:

— De manhã, nesta plena hora matinal? – Brincou Kaya, virando-se e selando os lábios de Mike. Seu olhar caiu no abdômen do menino, todo arranhado, fazendo-a rir.

— É... Relaxa, não é o bacon frito que me excita, mas a imagem dessa... Nada. – Riu Mike, fraco, e Kaylee apenas arqueou uma sobrancelha.

Ambos passaram a manhã rindo, se amando, e terminaram a mesma no balancé da sacada, gargalhando e dividindo um suco de laranja. Mike puxou o corpo de Kaya para si, brincando com seus longos cabelos louros e selando-lhe o topo da cabeça:

— Semana que vem já é natal... Ano novo, e daqui a alguns meses e temos a viagem de formatura. – Disse Mike, reflexivo. – E para fechar o ano, o baile de formatura. – Brincou com as madeixas da menina.

— Tem razão. – Piscou Kaya, brincalhona. – Vou comprar o melhor presente do mundo pra você. – Acarinhou o rosto pálido do namorado, que negou com a cabeça, sorrindo.

— Você é tão linda. – Disse Mike, apaixonado, deslizando os dedos pelo rosto de Kaya. A menina apenas o observou, os grandes olhos curiosos.

Ambos passaram parte do tempo apenas observando o vento levar e trazer folhas consigo. Era um ponto de paz. Ao cochilarem, o celular de Kaylee tocou e lhes tirou do transe. Um aviso para que fosse para casa. Mike a deixou na casa de Izzy, que lhe fez várias perguntas sobre a última noite. Kaya literalmente dissertou sobre sua noite e Izzy gargalhava com o vocabulário utilizado pela menina. Tudo estava bem entre todos os casais. Resolveram almoçar juntos, até que uma mensagem em especial chamou a atenção de Kaya:

"É isso que acontece quando você não me leva a sério. Xxx" Ao ler a mensagem, Kaya franziu o cenho. Ao ver o anexo, soltou um grito que ecoou por toda a casa, chamando a atenção dos amigos. A foto era de Celina, aparentemente morta. A menina mostrou a foto e a mensagem para os amigos, que finalmente entenderam o que estava acontecendo.

— Que filho da puta doente! – Praguejou Max, enojado. – Ele só pode estar em Monterrey, Kaya. Para escolher a Celina como vítima... – Deduziu e Kaya negou.

— Não... – Disse, trêmula. – Na noite do Baile de Máscaras... Ele me pediu para beijar você para causar intriga entre mim, Izzy e Mike. Mas não fiz nada, e esse Xxx também não tinha me ameaçado por não ter feito nada. – Enxugou uma lágrima.

— Tem alguém aqui em Kansas também. Pode ser tipo uma seita, não sei. – Palpitou Mely, dando um passo à frente.

— Provável. São um bando de covardes por quererem se aproveitar de você nesse estado! – Mike arregalou os olhos.

— Eu não sou frágil. – Disse Kaya, fuzilando o namorado com os olhos. – Eu vou achar essas pessoas, só preciso de suspeitas. – Franziu o cenho. – Eu vou ver se minha mãe me providencia uma passagem para Monterrey o quanto antes. – Começou a teclar no celular enquanto os amigos deduziam.

— Mary? – Indagou Melyrune, deduzindo. Todos a olharam, visivelmente "impressionados" com sua "dedução".

— Obviamente. Ela e a cobrinha da Vicky. – Disse Izzy, franzindo o cenho.

— Eu vou para Monterrey esta noite. Eu tenho que saber como a Celina está. – Kaya agarrou os cabelos próximos à testa, nervosa.

— Eu vou com você. – Disse Mike, determinado, e Kaylee apenas o olhou.

— Não. Eu vou fazer isso sozinha. Eu preciso fazer, pelo menos isso, sozinha. – Disse a menina, determinada. – Eu aprecio a sua ajuda, mas você não pode me tratar como se eu fosse aquela mesma Kaya que saiu do hospital sem noção de nada. – Aproximou-se do menino, lhe acarinhando o rosto pálido. Os olhos azuis de Mike estavam fixos nos olhos de Kaya, que estavam avermelhados pelas lágrimas. – Por favor. – Suplicou e Mike soltou um suspiro pesado, assentindo e lhe selando a testa.

Kaylee apenas encarou os amigos em seguida, que a olhavam, preocupados. Fechou os pulsos em punho, estufou o peito, ergueu a cabeça. Deixou o cômodo e subiu para o seu quarto, sabendo que o clima causado naquela hora havia sido de completa discórdia, mas era o que ela precisava fazer.

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