Prólogo

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Dizer que eu não quero fazer nada é realmente uma porcaria

Eu sei que é lamentável não ter nem mesmo um sonho comum, eu sei bem

Se eu fizer apenas o que me disseram e ir para a faculdade, está tudo bem

O eu que acreditou nessas palavras era um idiota, eu não posso morrer, eu estou vivendo

Me dê um pouco de licor, eu quero ficar bêbado hoje então por favor, não me pare

Qualquer coisa é boa, para o desempregado, beber é uma luxúria mas

Eu não consigo suportar não ficar bêbado

Tudo está mudando mas por que eu estou apenas aqui?

- So Far Away

**************

Mais uma vez me encontrei ali. No bar, bebendo a décima dose de licor. A bebida que virou meu vício.

Se eu tivesse obedecido meus pais, talvez hoje eu seria um advogado ou algo do tipo, com uma vida boa e com bastante dinheiro. Porém, decidi me rebelar. E onde estou agora? No fundo do poço, bebendo agora minha décima primeira dose, com a garganta presa e com uma vontade imensa de chorar.

O problema é que me tornei uma pessoa fria, e nem mais uma mísera lágrima cai do meu rosto. Eu estou despedaçado, mas isso não é uma novidade. Sou um ser desprezível e triste afundado numa depressão profunda e cada vez mais parece que minha fobia social aumenta. Sinceramente, não sei porquê ainda estou bebendo em um bar com pessoas que fingem ser meus amigos e fingem se importar comigo, afinal, eu sei que ninguém se importa de verdade. Eles querem que eu me foda cada vez mais, e mentalmente dão risada da minha desgraça. Eu quase poderia ouvir eles gritando "Um brinde e um grande foda-se ao Min Yoongi e a sua existência desnecessária".

Logo me levanto da cadeira próxima ao balcão e peço mais cinco garrafas daquela para eu beber em casa, gastando o pouco dinheiro que me restava. Nada mais luxuoso que um desempregado vagabundo estar bebendo... E nada mais ridículo também.

— Yoongi, cara, você precisa parar... — Jimin se aproxima e apoia sua mão em meu ombro com um olhar triste. Empurro o mais novo pro lado num movimento brusco e ele se apoia em Taehyung para não cair, fazendo os dois me olharem como se eu fosse um monstro.

Talvez eu esteja me tornando um.

— Dizer para eu parar é tão fácil. Tenta estar na minha pele, seu merda. — Encaro o chão e engulo em seco. Pego as garrafas e viro as costas para todos. Eu estava furioso com a minha vida e com todos ao meu redor. A raiva me consome constantemente. — Vou ir embora e ver se consigo beber em paz.

A minha visão já estava meio embaçada e eu parecia uma maria mole me segurando pra ficar em pé. Sai do bar e comecei a andar cambaleando pelas ruas em direção ao meu apartamento, da qual eu já estava para ser expulso pelo aluguel atrasado à três meses.

Chego a portaria meio tonto e o porteiro balança a cabeça em desaprovação. Ele é novato, mas já havia me visto muitas vezes nesse estado deplorável.
O ignoro e entro no elevador. Aperto o botão 10, que é o meu andar, e enquanto vou subindo eu encaro o espelho. Cabelo loiro/platinado despenteado e bagunçado, cheio de olheiras e super branco/amarelo por conta de minha anemia.

— Você está parecendo um velho morto. — falo pra mim mesmo com desprezo na voz e cuspo na minha própria imagem no espelho. Limpo a boca e saio do elevador quando a porta se abre.

Dois passos a frente, me deparo com uma menina carregando três caixas que pareciam estar super pesadas. Ela que se ferre com aquilo, eu não estou podendo nem comigo mesmo.

Tiro a chave do meu bolso e vou abrindo minha porta, quando a garota deixa as caixas no chão e grita.

— Ei, você é meu vizinho? — ela pergunta e eu encaro ela, mas nem consigo ver ser rosto direito por conta da visão embaçada. Me calo e ela ao invés de se calar também, continua. — É que estou me mudando para o apartamento ao lado do seu. Prazer, eu me chamo...

Antes dela terminar a frase eu entro dentro do meu apartamento e fecho a porta com força. Talvez assim ela entenda que eu não estou pra conversa.

Vou ao meu quarto, deixo as garrafas na cômoda e tiro a camisa que eu havia molhado de licor. Desfrouxo a minha calça e me jogo na cama, sentindo meu coração apertar mais ainda. Eu só quero chorar até amanhecer, eu só queria me livrar dessa dor tão grande que está me consumindo pouco a pouco...

Olho pra a sacada do meu quarto e vejo o quão alto estou. Talvez eu devesse me jogar daqui e acabar com tudo logo.

Continua...

Olá! ❤ Esse foi o pequeno prólogo na visão do Min Yoongi, revoltado, triste e perturbado.

Os próximos capítulos serão maiores e com mais coisas, variando entre mil palavras até três mil. Postarei capítulos eventualmente, variando entre segundas e sextas feiras. E todo começo de capítulo terá um trecho de uma música da mixtape ou do Yoongi, okay?

Obrigada por ler até aqui e não se esqueça de votar e comentar! E claro, se quiserem ler mais fanfics minhas eu recomendo meus imagines, I Wanna Reset (fanfic got7 e BTS) e minha fanfic "Agentes do Perigo", que é um crossover que mistura BlackPink e Ikon em um universo de máfia com muita ação e um pouco de romance! Beijos e até breve.
Ps.: Sigam minha outra conta iamila_, lá estou postando meu primeiro livro original de ficção adolescente ♡

So Far Away - Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora