Capítulo 3

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        A força não vem de vencer. Suas lutas desenvolvem suas forças. Quando você atravessa dificuldades e decide não se render, isso é força. Arnold Schwarzenegger

- Olha só quem acordou.- Andreia fala sarcasticamente.

- Oi pra você também Andria.- Retruca Ben no mesmo tom sarcástico usado por Andreia.- Não vou perguntar se você está bem porquê pelo que eu vejo está excelente.- Diz com um leve sorriso no canto dos lábios referindo-se da conversa animada de Andreia e Joshua. 

Reprimo um riso ao perceber a cara de Joshua o encarando, não sei se está medindo força pelo olhar, ou simplesmente sendo sarcástico. Excelente. Penso comigo mesma, ficando irritada com a situação, seremos conhecidos como o time sarcasmo.

- Como se chama amigo?- Pergunta Ben quebrando o silêncio que há entre ele e Joshua.

- Joshua. Joshua Johnson.- Responde friamente e da de ombros. Algo me diz que nesse grupo certamente haverá uma disputa de superioridade.

Ben se vira para o garoto que esta ao seu lado esquerdo sem dar a minima para Joshua. Ele passa a olha-lo minuciosamente, parece que o avalia centímetro por centímetro. Philip percebe o olhar de Ben e começa a se contrair, desvia o olhar para outro canto canto qualquer. Ben continua o avaliando, mas seu olhar intimidador logo se dissipa.

- E você, como se chama?- Pergunta Ben autoritário.

- S. Sou Philip. Sheldon. Ah, quer dizer, Philip Sheldon. Prazer em conhecê-lo, apertaria sua mão se não fosse essas braçadeiras horríveis.

- Não seja por isso.- Ben leva sua mão esquerda em direção a mão direita de Philip.- O correto seria cumprimentá-lo com a direita, mas como a minha esquerda é a unica livre e mais próxima a sua direita. Acho que não tem problema.

Eles apertam suas mãos em um gesto desajeitado e logo as soltam. Vejo Philip fazer cara de que o aperto foi forte demais.

- Desculpe Phil. Devo ter exagerado no aperto não é?- Pergunta Ben debochado.

- Sim exagerou mesmo. Digo, não se preocupe eu vou ficar bem.- Philip adquire um ar mais relaxado. Bom pra ele.- E podem me chamar de Phil.

- Senhoras e senhores, peço que prestem atenção no que irei falar.

É a voz mecânica novamente. Ouvi-la me faz pensar que coisa boa não é. Assim como da primeira vez em que lhe ouvimos. Estávamos flutuando no espaço e quase tivemos nossos corpos partidos ao meio se fossem por essas braçadeiras que por sinal demoraram muito para serem acionadas.

- Como sempre né cara- Uma garota que está no grupo das brutamontes grita em alto e bom som.

Todos riem.

- Poupe-me de suas brincadeiras senhorita Vitória.- Retruca

Há uma pausa antes dele retornar a falar.

- Senhores, Me chamo Dexter sou um programa de computador e estou aqui para auxilia-los nessa missão.

- Espera, deixa eu ver se ouvi bem, estamos em uma missão.- Pergunta um garota no grupo que está a nossa frente.

- Exatamente senhorita Jasmine, presumo que vocês já se conheceram e puderam ver que todos vocês os 20 que está na nave são adolescentes criminosos. De todas as partes do mundo. Foram escolhidos a dedo.

Me atento ao que ele diz, fomos escolhidos para uma missão em um local desconhecido. Talvez estejam mentindo e só querem que morramos para mostrar aos outros cidadãos da Terra- os poucos que sobraram- o que acontece quando desobedecem as regras impostas pelo governador.

- Isso por causa de nossos crimes, suponho.- Ben retruca.

- Exatamente senhor Agostini. Vocês estão abordo de uma nave de última geração capaz de viajar em velocidades impressionantes.- Eu estava errada, não é uma simples caixa, e sim uma super caixa de metal.- A prisão onde estavam era uma base espacial construída com a ajuda do governo de todos os povos, capaz de abrigar milhares de pessoas por algumas décadas. Há varias delas flutuando pelo espaço. Mas isso não é o suficiente, a Terra está sobre ameaça de um possível ataque extraterrestre e precisamos evacuá-la imediatamente.

- Certo e porque já não fizeram isso? qual o objetivo de nos enviar aqui? ou sei la onde estamos- Pergunta alguém do grupo masculino dos brutamontes.

- Senhor Bravo a terceira guerra mundial pode ter acabado com várias vidas, mas ainda restam milhões, e as bases espaciais podem comportar apenas um terço da população.- Responde Dexter.

Sem pensar minha língua começa a criar vida e antes mesmo de querer lutar contra ela, ja estou falando o que não devia.

- Se as bases só podem comportar apenas um terço da população certamente os que estarão nela serão as pessoas que podem pagar por isso, não é?

- Senhorita O'connell, eu não tenho acesso a essa informação.

Sinto que todos estão olhando para mim, me fitando como alguém estranha que acabou saindo do casulo. Sinto minhas bochechas queimarem. Abaixo o olhar e fito o chão.

- Ela tem razão.- vejo que é Andreia que está falado.- O governo sempre se mostrou mais interessado em privilégios do que nas pessoas em si.

Silêncio novamente.

- Como eu ia dizendo. Precisamos evacuar a terra nas próximas semanas e vocês são a chave para isso.- Nesse momento várias telas de televisores se acendem dentro da caixa e nos mostram algumas imagens.- Apresento-lhes o planeta Xtrix-69. Sua atmosfera, gravidade, clima e vegetação são as mais parecidas com a da terra. E o objetivo dessa missão é repovoar esse planeta.

- Querem nos levar para um planeta desconhecido e fazerem com que agente o explore sem ao menos ter conhecimento algum sobre isso.- Diz Ben irritado.

- Não vamos levá-los até Xtrix senhores. Vocês já estão em sua superfície.- Diz Dexter sem esboçar sentimento algum.

A esse ponto já estamos apavorados com a ideia de estar nesse tal planeta Xtrix. Vejo algumas garotas chorando, uns meninos com cara de espanto, até mesmo uma das brutamontes está com cara de apavoro.

- Como puderam fazer isso com agente.- Alguém questiona.

- Lamento, mas suas escolhas fizeram isso com vocês.

Foi um choque para mim ouvir isso, fiquei paralisada em meio aos meus pensamentos. Sempre fui uma garota que sempre batalhou para alcançar o que queria. Mas aquele homem de ternos caros apareceu e eu acabei perdendo a cabeça. Ele iria machuca-la, quem sabe até mata-la. Eu só fiz o que deveria ser feito. Protegi minha mãe. Eu o agredi e não me arrependo.

Lembro-me de ser levada algemada a força sem nem mesmo poder me despedir de minha querida mãe. Presa por agredir alguém importante, mas não sei quem ele é. E o que mais me intriga é o fato de não saber o que ele estava fazendo na minha casa. Uma humilde casa, que em dias de chuva escorre água pelas paredes feitas de madeiras velhas. Pequena mais aconchegante.

Olá pessoal. Aqui está mais um capítulo prontinho pra vocês.

Votem, por favor. E adicionem em suas bibliotecas para não perder nenhum capítulo.

Se encontrarem algum erro me comunique.

Beijos e até a próxima.









JOVENS CRIMINOSOS- Perdidos em XtrixOnde histórias criam vida. Descubra agora