Seria a parte do mar em que nem o sol se deita,
E que as estrelas parecem as mesmas.
O som já não é do mar,
Nem do vento,
Nem minha voz,
É gritos e conversas alheias que eu finjo escutar.
A mancha já não é do desenho,
Já não é resíduo amarelo na ponta dos dedos,
É a pia marcada de preto,
De três passos não bêbados pro mesmo lugar.
Queria que minha existência fosse apagada,
Como um quadro que nunca existiu, ou uma letra que alguém errou.
Já não é realidade,
É o mar.
E me atravessam como flecha,
Que já não importa de onde vem,
Que não adianta mais tirar.
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POEMINHAS DE FRACASSO
PoetryProblemas psicológicos. E problemas psicológicos das ovelhas que pula cerca de madrugada.