Um Cara E Sua Mente Perigosa [REVISÃO]

Agora tudo faz sentido

Enquanto eu ajudava ela a preparar um café da manhã, ela me disse que teríamos prova de português. Por sorte eu sabia a matéria, estava ansioso pra saber o que tudo aconteceu.
— Te digo enquanto a gente pega o ônibus e vai pra escola OK ?
— Tudo bem...
Comi misto quente com bastante queijo e um como de café e já fiquei pronto. Enquanto ela terminava de se arrumar, ouço um barulho peculiar vindo da frente da casa dela.
— Deve ser o meu pai — ela fala de um jeito desesperado — rádio ! Sobe pro meu quarto.
Sem pensar duas vezes eu subi rápido as escadas evitando o barulho. E logo ao entrar no quarto, olho a janela aberta, me abaixo para não ter visão de mim quem vê do lado de fora, e vou em direção a cama, e me escondo em baixo dela. Ouço pessoas conversando, realmente devia ser o pai dela. Ainda desesperado com tudo isso tento prestar atenção na conversa e percebo que alguém está subindo as escadas. E vindo em direção ao quarto, eu ponho as mãos na boca pra não fazer barulho com a respiração, e quando mais as passadas se aproximam mais forte meu coração bate, e os pensamentos de " me fodi pra caralho agora " são as únicas coisas que consigo pensar. Do nada as passadas sessão em frente ao quarto, eu ouço uma voz.
— Hey !!
Eu já me viro devagar e pensando em formas de me desculpar e/ou tentar explicar a situação.
— Não acredito que se escondeu de baixo da cama, da pra ti ver perfeitamente, sabia ?
Quando eu olho...

É apenas a Lolla.

—   Quem era lá em baixo ? —  Pergunto
— Era meu namorado
—  At... Você namora ??!!
—  Achei que você já sabia... Desculpa
—   Ah fode-se isso
—   Não tá com raiva porque eu menti ?
—   Mentiu pra quem ? Eu não sabia que você namorava, então isso não é problema meu.
—   Nossa... Grosso
—   Tanto faz, a gente já transou mesmo, ninguém sai perdendo. Até mesmo seu namorado ganhou
— Ganhou o que ?
— Um belo par de chifres - digo isso sorrindo pra ela.
—  Como você é ridículo - ela diz isso abrindo um sorriso.
— Vamos logo, quero saber o que aconteceu naquele final de semana.

Indo ao ponto de ônibus, apenas conversamos sobre o a matérias da prova. Mas ao avistar o ônibus ela virou me disse...

B Bem, naquela noite, eu vi você, Carlos e o Rogério fumando e comendo umas pizzas, eu estava com umas amigas e você me viu ao longe, e saiu de perto deles e veio em minha direção falar comigo, dava pra ouvir na sua voz o quão chapado você estava, mas eu não sei e não entendi, mas você estava tão "sexy" falando daquele jeito e eu não aguentei, te levei pra um lugar na Roosevelt onde teus amigos e nem minhas amigas podiam ver a gente se pegando loucamente. - ela disse o tempo todo olhando para o celular, e nesse momento ela olhou nos meus olhos. - eu fiquei tão excitada que falei pra gente transar em algum lugar.
— Caralho... - falei surpreso por não me lembrar de nada daquilo.
— Você falou pra gente ir pra sua casa...
— A gente foi pra minha casa ?! — Perguntei ainda mais surpreso.
— Sim. — Disse ela tão naturalmente.
—Então transamos.
—Muito.
—Eu realmente não me lembro de nada.
—Muito, mas não foi o suficiente

— Como assim ?
—Você começou a me foder forte mas não gozou.
—  Idae ?
— Idae que não podia ter ficado assim, queria terminar o serviço...
— Satisfeita ?
— Agora estou.
— Eu não.
— Como assim !?
— Quero mais
— Só marcar então.

— Ok, agora me fala sobre a prova de hoje.

Quando nos demos conta já estávamos no ponto para descer e ir pra escola. Ela me resumiu o que iria cair e por sorte era o que eu sabia. Ao entrar na escola, agimos naturalmente, como se nada daquilo tivesse acontecido, cada um pro seu lado e pro seu grupo de amigos, como se aquilo só fosse um momento, memorável para nós dois ou não, talvez nunca mais aconteça, ela namora não é mesmo ?
O sinal toca e vou pra sala, me sento no meu lugar, quieto, levemente apreensivo pela prova, a professora entra na sala. Da bom dia aos alunos, e diz.