Choque de Realidade

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!ATENÇÃO!

A fanfic a seguir foi escrita entre 2016 e 2017, quando tinha-se apenas a primeira temporada como base. Além disso, nem todas as questões apresentadas são/serão iguais às da série original por motivos de adaptação e liberdade criativa.

Obrigada pela atenção e boa leitura!

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 Meu primeiro dia de aula depois das férias, não foi nada especial

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 Meu primeiro dia de aula depois das férias, não foi nada especial. Chloé Bourgeois me zoando, Nathaniel Kurtzberg tentando me fazer gostar dele, Adrien Agreste não sabendo da minha existência e minha melhor amiga, Alya Césaire me consolando. O mesmo de sempre.

Convenhamos, eu, Marinette Dupain-Cheng, sou um completo desastre. Mas eu já nem ligo muito, afinal, existem algumas coisas muito boas na minha vida. Como o fato de que secretamente eu sou uma heroína.

Sou conhecida por muitos como: A Espetacular Spiderbug. E obviamente, algumas pessoas não gostam de mim porque meu trabalho é simplesmente colocá-las na cadeia. Na verdade, não é trabalho, pois não sou paga para isso. Embora não seja uma má ideia, já que a situação financeira lá na minha casa, não é das melhores.

Meu pai morreu há algum tempo e minha mãe não quer que eu trabalhe de jeito nenhum, então para ajudar, tiro fotos de mim mesma - como Spiderbug, é claro - e vendo para um jornal local, que mais critica o que faço como heroína do que me acha uma benfeitora. Entretanto, preciso de dinheiro, fazer o que se o editor não gosta de super-heróis que arriscam sua vida pela cidade em troca de absolutamente nada?

Enfim, a minha vida é completamente maluca e eu meio que gosto disso.

*****

Depois de um dia longo e exaustivo, existem pessoas que terminam a noite deitando em suas camas, prontas para dormir. No meu caso, eu estou prestes a terminar a noite deitada no asfalto. O motivo? Um maluco intitulado Shocker.

- Qual é, inseto? Vai me deixar ganhar tão fácil? Assim não tem nem graça!

- Pra sua informação... - levantei meio zonza - ... aranhas, são aracnídeos. Porque ninguém pesquisa antes de uma batalha? - meu sentido aranha me avisou de uma onda de choque lançada pelo vilão, e eu rapidamente desviei, saltando na parede e ficando grudada nela.

- Está fugindo, garotinha? - disparou mais uma onda.

- Garotinha? Estou no auge dos meus quinze anos! - resmunguei correndo pela parede, porque sim, eu conseguia fazer isso sem me arrebentar no chão; graças aos meus incríveis poderes que eu acredito que sejam aracnídeos.

- Precisamos dar o fora daqui, chefe! - exclamou um dos capangas bobões e eu saltei no chão.

- Estou indo. Já estava cansado de brincar mesmo. - Shocker juntou suas mãos e abriu os braços em seguida, liberando uma forte onda de choque que me atingiu em cheio, pois não consegui desviar a tempo. A parede na qual fui arremessada, rachou e eu caí no chão, atordoada. - Vamos logo. - o vilão embarcou na van, e a mesma saiu cantando pneus, enquanto eu ficava em pé.

- Ah não, você não pode ir embora sem se despedir! - gritei, correndo e lançando minhas teias na van, como resultado, sendo puxada por ela. Consegui me segurar no veículo e caminhar até a frente.

- Acha que a despistamos? - um dos caras perguntou. Bati na janela e eles me olharam espantados.

- Toc, toc.

- Abaixa! - o homem se abaixou e o motorista começou a atirar em minha direção. Porém eu rapidamente tirei minha cabeça do vidro da janela e permaneci grudada na porta do carro. Quando os tiros cessaram, eu voltei a observá-los.

- Era para você ter respondido "Quem é?". E a propósito, atirar enquanto dirige é considerado crime em alguns países. - os tiros vieram novamente e eu me escondi - Vamos acabar com isso! - soquei o cara, graças ao vidro quebrado e o puxei para fora do veículo, prendendo ele no chão com as minhas teias. Puxei a arma do motorista e a quebrei no meio.

- Sua...

- Não, não, não. - sentei ao lado dele e balancei o dedo - Sem uso de palavras feias, mocinho! - prendi os braços dele na direção com as minhas teias e pisei no freio, tirando a chave assim que a van parou.

- Você vai pagar por is... - tapei a boca dele com as teias antes que terminasse.

- Shh! Quietinho aí. - saí a procura de Shocker. Como estranhei o fato de ele não ter saído da van ainda, andei cautelosamente em direção a porta. Quando estava prestes a abrir, a mesma é arrebentada por ele e consequentemente, sou jogada longe.

- Ainda acha que pode me impedir? - ele riu.

- Eu te impedi da última vez, então tecnicamente, eu acho sim. - levantei e saltei antes que outra onda me atingisse.

- Acontece que eu aprendi alguns truques. E estou doido para usá-los com você, Spiderbug. - Shocker colocou a mão no chão, espalhando sua onda. Eu caí de costas no asfalto por conta do tremor. Antes que ele fizesse algo, escutamos uma voz muito conhecida.

- Ah, que isso?! Nem me convidaram para a festa? Admito que fiquei um pouco chateado. Espero que me recompense mais tarde, Bugaboo! - deixei minha cabeça cair no chão assim que o vi. Senhoras e senhores, conheçam o carma da minha vida: Chatpool.

No começo pensei que ele era só um garoto com poderes que era meu fã. Mas depois notei que ele tem uma grande queda por mim, que também pode ser chamada de obsessão.

- Você de novo, moleque? - Shocker o encarou, pronto para atirar.

- O que posso fazer se estou por todos os lugares? - disse com o típico sorriso pretensioso.

- Por todos os lugares onde eu estou. - murmurei baixo.

- Eu ouvi isso. - grunhi.

- Você é muito irritante! - Shocker atirou nele, porém ele apenas desviou e voltou a sorrir.

- Nunca pensei que diria isso, mas eu concordo com você. - falei e fiquei de pé.

- Cala a boca você também! - o vilão atirou em mim, mas eu desviei. Então o mesmo permaneceu com uma mão apontada para mim e outra para Chatpool.

- Não, não. Ninguém ataca minha lady dessa maneira. - Chat sacou suas katanas e correu em direção a Shocker, iniciando uma luta.

Revirei os olhos e puxei o meu celular para olhar a hora. Já estava bem tarde e minha mãe ia me matar se não me visse no quarto a hora que fosse me dar boa noite. Como de costume, eu estava bem encrencada.

Lancei minha teia no pé do vilão e o puxei. Saltei no poste de luz e prendi a teia ali, o deixando de cabeça para baixo. Ele apontou seus braços para mim, porém Chat fincou as katanas nas luvas, fazendo com que elas parassem de funcionar.

- NÃO! Eu odeio vocês dois! - Shocker falou se debatendo - EU ODEI... - tapei a boca dele com a teia e prendi suas mãos também.

- Formamos uma bela dupla. Não concorda my lady? - o garoto passou seu braço pelos meus ombros e me trouxe para perto dele. Rapidamente tirei o braço dele e o coloquei contra seu próprio peito.

- Obrigada pela ajuda, mas eu poderia ter derrotado ele sozinha. - levei as mãos até a cintura e o encarei.

- Eu sei, mas tudo que é mais divertido é feito à dois. - piscou para mim, me deixando levemente corada. - Se é que me entende.

Definitivamente, esse gato malandro me deixa maluca. E não é no bom sentido.

The Amazing SpiderbugOnde histórias criam vida. Descubra agora