Chatpool saiu cambaleando e achou suas katanas. Em seguida ele as fincou na parede e abriu um buraco. Eu e Bubbler fomos até ele, quase caindo também e em meio a tossidas. Nós três passamos pelo buraco na parede e chegamos em um tipo de depósito.
- Ali! - Nino apontou para uma janela grande de vidro.
- Mas como vamos... - antes que o loiro terminasse, eu os agarrei pela cintura e saí correndo, quebrando a janela e voando para a rua. Consegui prender minhas teias em algum lugar e caí rolando na calçada assim como Adrien e Nino.
- Todo mundo bem? - perguntei.
- Na medida... Do possível. - Nino levantou e ajudou a mim e depois Adrien. - Olhem, o gás não saiu para fora. - olhamos para cima. - Devem ter desligado assim que viram que fugimos.
- Precisamos sair daqui antes que venham atrás de nós. - falei.
- Mas para onde vamos? - indagou Bubbler.
- Eu conheço um lugar! - ouvimos Alya falar no comunicador - E sim, eu ouvi tudo.
*****
- Nunca que eu ia imaginar que seu pai trabalhava para a S.H.I.E.L.D. - Nino admitiu enquanto descansávamos na salinha da organização super secreta a qual o pai de Alya trabalhava. - Por isso que você sabia que eu era um mutante. - olhei estranho pra ele.
- O Nino tem alteração genética tipo a sua, que o concedeu poderes, só que a diferença é que ele nasceu com isso e você foi picada pela aquela aranha. - minha amiga explicou e eu assenti.
- Pera, como é? - Alya contou minha história de como ganhei os poderes, pulando a parte de que minha pressa pra tirar as fotos era pra ir atrás de Adrien. Falando nisso...
- Como se tornou o Chatpool? - perguntei e o loiro que permaneceu calado até então, soltou um pequeno suspiro.
- Experiências genéticas. Basicamente o mesmo que você Marinette, mas na sua situação foi por acaso, na minha foi por obrigação.
- Como assim?
- Existiam pessoas, que agora eu acredito que eram da Papillon, que queriam construir uma "fábrica de mutantes" para usá-los no seu beneficio próprio. Como um exército ou coisa do tipo. Acontece que todos temos um gene mutante como o do Nino, mas ele pode estar inibido ou não. O objetivo dessa "fábrica" era fazer com que o gene mutante inibido nas pessoas, se sobressaísse e concedesse poderes à elas. - nós três observávamos a história atentos a cada palavra de Adrien - Quando eu era menor, meu pai me levou a esse lugar e me disseram que iam fazer apenas alguns testes comigo, porém não foi isso que aconteceu.
- Mas então seu pai sabia que você era o Chatpool? - Nino questionou.
- Não, porque eles acreditavam que a experiência deu errado em mim. Acontece que na verdade ela fez com que eu me curasse mais rápido que o normal, por isso eles não tinha notado uma mudança. Na verdade nem testaram.
- Se curar rápido deve ser maneiro! - disse o moreno.
- Nem tanto, pois esse dom tem um preço. - Adrien respondeu melancólico - Não sei o que uma coisa tem a ver com a outra, mas em compensação eu sou... Meio bipolar. Eu tento ao máximo não mostrar isso, mas as vezes eu explodo com coisinhas muito pequenas e acabo magoando as pessoas. - ele desviou o olhar para mim, e eu olhei para baixo.
Não era justo Adrien ter passado por tudo isso. Ele não merecia ter sido vítima de experiências das quais ele não tinha opção de querer participar ou não. Por outro lado, se ele não fosse Chatpool, nós não nos conheceríamos tão bem quanto nos conhecemos.
- Cara, o seu próprio pai ter feito isso, não é legal! - Nino falou e recebeu uma cotovelada de Alya - Ai!
- Tá tudo bem. - Adrien riu sem humor - Sei que você está certo.
O pai da Alya entrou na sala e nós ficamos de pé, esperando o que ele iria falar.
- Esvaziamos o prédio da Papillon, mas nenhum sinal de Hawk Moth. - suspiramos e sentamos novamente. - Qualquer informação vamos comunicá-los. Ah, Marinette e Nino, ligamos para seus pais e avisamos que vocês estão em uma visita guiada numa instituição do governo. E enviamos agentes para vigiar as casas de vocês. Eles estão seguros. - eu e Nino agradecemos e logo ele saiu, com Alya atrás. Nino alternou olhar entre Adrien e eu, e em seguida levantou indo atrás da namorada.
- Eu... - tentei começar um assunto, mas as palavras pareciam ter fugido da minha mente. - É... - Adrien me olhou, esperando que eu concluísse meu raciocínio. Então respirei fundo e comecei de novo - Eu sei que pode não ser o melhor momento, mas eu gosto de você. Quero dizer, eu gosto de você tipo muito. - ri de leve e baixei a cabeça.
- Também gosto de você tipo muito. - levantei o olhar e o encarei. - Na verdade, acho que sou apaixonado por você. - senti minhas bochechas queimarem, enquanto meu estômago revirava de ansiedade.
- Mas você se apaixonou pela Spiderbug, não é?
- Assim como suponho que você tenha se apaixonado pelo Adrien. - assenti.
- Porém a Marinette não é como a Spiderbug, assim como o Chatpool não é como o Adrien.
- O que você quer dizer? - fiquei de pé, e ele fez o mesmo.
- Que eu não sou totalmente como você idealizou. Eu sou insegura, tímida e desastrada. A máscara me faz outra pessoa. Com ela tenho coragem de tentar fazer as coisas que se eu fizesse sem, as pessoas me julgariam. Como você pode continuar gostando de mim sabendo que não sou tudo isso?
- A máscara também me faz outra pessoa. Eu não sou o menino perfeito que você acha que eu sou. Você continua gostando de mim mesmo sabendo que tem um certo transtorno de bipolaridade?
- Sim.
- Então porque eu não gostaria de você só porque descobri que é mais tímida do que aparenta? - eu abri a boca, mas fechei novamente. Acho que ele tinha razão. Adrien se aproximou e parou bem em minha frente. - Eu não acho, eu tenho certeza que estou apaixonado por você. - meu coração batia tão rápido que parecia que ia pular pra fora do peito. Eu podia ver o peito dele subir e descer com a respiração pesada. O loiro se aproximou mais, segurou meu rosto e iniciou um beijo, que se dependesse de mim, duraria para sempre.
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The Amazing Spiderbug
FanficMarinette é uma garota tímida e estudiosa. Para ela é muito difícil conciliar a escola, o trabalho e sua vida como A Espetacular Spiderbug. Porém a garota conta com a ajuda do herói que se tornou seu parceiro, Chatpool, que ela não sabe, mas por trá...