Começarei esta história contando um pouco sobre mim, olá, me chamo Aalis, tenho 24 anos, cabelos cor de cobre e olhos verde claro. Eu moro sozinha na floresta de Ellvem, perto do reino dos elfos.
Ao iniciar essa história, eu estava caçando, observando um cervo de cima de uma das arvores. silenciosamente pego uma de minhas flechas e a coloco no arco, puxando a corda e assim a soltando logo em seguida. acertando o pescoço do pobre cervo, que em algumas horas, se tornará minha refeição. Desço da arvore e sigo em direção ao corpo morto do animal, pego minha adaga e corto suas patas, cabeça e rabo, colocando o resto em minha pequena bolsa, partindo silenciosamente em direção á minha casa, para não incomodar os outros cervos.
Ao chegar em casa já está anoitecendo, paro um pouco e observo minha pequena moradia, feita inteiramente de madeira, com um formato que lembra o movimento do cavalo no xadrez, apenas com uma porta, duas janelas, e uma chaminé. sem falar de alguns canteiros de flores que estão espalhados aqui e ali. Entro na casa e já tiro meu arco, aljava e minha capa, e jogo os itens na cama, tiro o cervo de dentro da bolsa e acendo a lareira, instalando-o de modo que cozinhe de todos os lados. Fico olhando atentamente para o fogo que torna a carne do cervo ainda mais saborosa.
Ao olhar para a janela me deparo com um gato preto, cada olho com cores diferentes, o mesmo gato que aparece vez ou outra em minha casa em busca de comida, o mesmo gato que eu apelidei de Klaus. Dou dois tapas no carpete ao meu lado, sinalizando que ele pode vir e sentar se ao meu lado, o felino entende a mensagem e salta da janela, caindo no meu colo e enroscando se em mim. Tiro o cevo do fogo e tiro dois pedaços entregando um a Klaus, que rapidamente devora sua parte e se enrosca em mim novamente, desta vez preparando-se para dormir, termino de comer e recosto minha cabeça na parede caindo no sono junto com meu amigo felino.
Acordo cedo, ao amanhecer, com Klaus ainda dormindo em meu colo, cautelosamente o removo e o deposito em minha cama. Pego mais um pedaço do cervo e saio da casa. me sento alguns metros á frente na grama, comendo a carne do cervo e observando os pássaros voarem de um lado para o outro, procurando pequenos galhos para construir seu ninho. Fico lá por um tempo, apenas observando.
Escuto o trotar de cavalos ao longe. se aproximando cada vez mais, até que eu avisto cavaleiros, humanos, cavalgando ao longe. um deles percebe minha presença e parece alertar os outros dois. então os três cavaleiros me reconhecem, e guiam seus cavalos em minha direção. Um leve desespero tomou conta de mim. até onde eu saiba não represento uma ameaça, porém não me parecia muito amigável o jeito que eles avançavam em minha direção, posso estar enganada é claro, faz 10 anos que não convivo com alguém, mas aquilo não me agradava.
Então os três cavaleiros enfim chegaram, eu cautelosamente me levanto, analisando as características de cada um deles, o da direita era baixinho, tinha pele escura como café, um bigode que envolvia a boca escuro como seus cabelos ralos. O que se apresentava na esquerda era alto, tinha cabelos escuros e desgrenhados, olhos densos como a sombra e um rosto pálido, quase como a neve. Enfim, o do meio, tinha cabelos louros e curtos, olhos claros como o céu do meio dia, além de trajar uma armadura suavemente mais brilhante. ele aparentava ser o líder daquela tropa.
"Muito prazer senhorita, meu nome é Lothar e estes são Dalkon e Vincent."
disse o homem do meio estendendo a mão para mim, reluto um pouco, mas aperto sua mão.
"Eu sou Aalis, e gostaria de saber a que devo a ilustre presença de cavaleiros do reino."
logo respondo a ele.
"Estamos aqui em nome do reino de Fruzenhardt"
diz o mais baixinho, Vincent. Fico um pouco surpresa com a resposta,o que seria que o rei gostaria de falar comigo?
"O rei quer que você volte ao reino, para poder falar com você."
Responde Lothar.
"o rei?"
Pergunto eu, e os três assentem com a cabeça.
"Quando?"
"O mais rapidamente possível"
minha curiosidade aumenta, o que o rei quer tratar comigo tão rapidamente assim? Penso um pouco e volto para dentro de casa pego minha capa, arco, aljava e bolsa desta vez a bolsa limpa. retiro um pedaço do cervo, deixando um outro para Klaus, que ainda dormia, visto a capa, prendo o arco e a aljava em meu ombro esquerdo e minha bolsa no direito, ao sair, me deparo com os três cavaleiros olhando em minha direção, ainda me esperando.
"Então, o que estamos esperando?"Minha moradia ficava longe do reino de Fruzehardt, então seria no mínimo uma viajem de dois dias. E como o previsto, paramos para descansar perto dos ninhos dos grifos, eles armaram três barracas uma para cada um, eu preferi montar meu saco de dormir em um galho de uma arvore ali perto, desde que saímos, ninguém recitou sequer uma única palavra, então simplesmente, deitei me, comi meu último pedaço de cervo e adormeci. Quando acordo, ao amanhecer, as três barracas já estavam desmontadas,e os três cavaleiros sentados em torno da fogueira agora já apagada. Arrumo minhas coisas e desço da arvore, sem dizer nada, quando Dalkon me vê, levanta se, e os outros dois seguem seu exemplo, Lothar me ajuda a subir em seu cavalo, e assim avançamos mais uma vez em direção ao reino.
Assim que avisto o portão, desmonto do cavalo ainda em movimento, causando um certo susto em Lothar que o estava pilotando, os três cavaleiros seguem meu exemplo e também desmontam de seus cavalos, e os levam até o estábulo que fica próximo á entrada. as coisas mudam muito em 10 anos, agora a quantidade de casas é muito maior além de as casas em si serem maiores,o chão agora tem um aspecto muito mais velho do que da última vez que vim, a quantidade de pessoas também parece ter aumentado, mas isso não posso ter certeza. paro em uma pequena lojinha de poções que ainda tinha ali quando eu morava aqui, e cumprimento o senhor da loja.
"olá Will! Pode me ver uma daquelas suas poções?"
O senhor sorri para mim pegando a poção dourada.
"Claro senhorita, aqui está!"
Ele diz enquanto eu passo algumas moedas de ouro para ele e guardo a poção na bolsa.
"É um prazer vê la de novo!"
Diz ele.
"Obrigada!"
Respondo eu, e partimos mais uma vez em direção ao castelo.Ao chegarmos na entrada do castelo, Lothar sinaliza para que Dalkon e Vincent não entrem conosco, eles assentem com a cabeça e seguem para a direita, onde provavelmente, ficam os quartéis. Adentramos nas portas do castelo, já estive lá antes quando mais nova, com meus pais... não falarei disso agora. As paredes do castelo são todas feitas de tijolos de pedra, com quadros de antigos reis e rainhas por todos os lados, colunas erguem se até o teto e um extenso tapete vermelho com detalhes dourados, segue até os dois tronos.
Ao se aproximar dos tronos, imediatamente, tanto eu quanto Lothar, nos ajoelhamos.
"Ah parem com isso!"
Exclama o rei.
"Não precisam ser tão formais a este ponto!"Após essa repentina declaração, eu e Lothar nos levantamos. O rei trajava uma coroa dourada e vermelha, um manto vermelho e dourado que combinava com o tapete, uma barba grisalha e olhos azul-claro. Já a rainha, usava uma coroa de louros, verde e azul, um vestido que mesclava azul com rosa em uma sintonia perfeita, olhos escuros como a noite e longos cabelos castanhos que caíam por seus ombros.
"Senhorita Aalis, devo tratar com você uma coisa muito séria, estamos em um momento de crise, e precisamos da sua ajuda!"
"Como posso ajudar vossa alteza?"
O rei abre um largo sorriso, como quem acabou de ganhar um cavalo novo.
"Estive criando uma força tarefa, com os melhores soldados que eu puder recrutar, e sabendo que você é a melhor arqueira da região, você poderia nos ser de grande ajuda. Então, o que me diz?
Eu penso um pouco, seria muito arriscado eu participar de uma força tarefa, por outro lado estava sentindo falta de emoção na minha vida, simplesmente caçava comia e dormia.
"Tudo bem, eu concordo."
O rei abre um sorriso tão grande que parecia que não era simplesmente um cavalo, mas o cavalo mais rápido do mundo!
"Maravilha! Lothar leve a até seus aposentos!"
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O conto de Aalis
FantasyA jovem Aalis havia se exilado do reino após a morte de seus pais , porém, suas habilidades no arco eram conhecidas por todos os reinos, e em uma súbita guerra o reino de Fruzenhardt recrutou-a para sua mais poderosa tropa. Com a ajuda de sacerdotis...