house of doidas

FELIZ NATAL

Aquela sensação de estar sozinho no mundo. Ninguém para se preocupar com você ou se importar com a sua vida. É libertador e ao mesmo tempo assustador. Nada no mundo liga pra sua existência e isso significa o pior dos sentimentos, solidão. Todas as pessoas o abandonaram, um dia já amaram ele mas hoje não lembram mais de um dia ter conhecido. Vazio. É assim que ele se sente. Vazio. Como se tivessem arrancado seu coração e colocado uma pedra no lugar. Claro né, seu pai roubou tudo o que ele tinha de mais precioso e transformou em uma eterna escuridão. É horrível, sim, a vida dele depende de outra pessoa pois sozinho não consegue se bastar.
Mas essa é a incógnita, não sabe mais como viver da forma "normal", passou a vida usando todos os tipos de drogas e apoveitanto o sucesso da sua banda mas quando tudo isso acabou, caiu a ficha que a vida começou de verdade e ele não sabe como concertar todo o estrago do passado. Já virou rotina sentir dor e não conseguir mostrar sua face verdadeira para as pessoas. Só quer sentir algo que oculte o escuro da sua alma. O fato de agora ser conhecido na mansão como o badboy que conquistou todas as garotas é extremamente doloroso. Não é isso que ele quer, mas esse é o preço por buscar algo ou alguém que o faça finalmente ser completo.
Se sente tão triste por ter magoado a Julie, essa coisa de buscar algo usando as pessoas é totalmente egoísta. Entende por que é considerado um babaca, claro, quem não acharia isso depois dele ter feito uma coisa terrível para uma menina tão especial como aquela? Mas o erro não tem mais concerto. Agora é tentar não errar novamente e ser alguém melhor. Não consegue resistir aos encantos de todas as mulheres lindas que tem naquela casa. Apesar de tudo, o sangue negro e demoníaco infelizmente fala mais alto que seus sentimentos. Não consegue pensar quando vê o corpo escultural das meninas e isso acaba cada vez mais com ele. Quando "usa" elas para se sentir melhor, fica culpado no dia seguinte, e é uma culpa avassaladora. O preço para o egoísmo é a culpa.
Quando achou que tudo finalmente estava melhorando, uma velha pessoa ressurgiu para tornar tudo ainda pior.

- Mark? Você está bem? - Luke fala enquanto oferece um copo d'água para ele.

- O que aconteceu? Estou sonhando? - Mark nunca esteve tão confuso.

- Você passou 30 minutos olhando para a porta sem piscar... Esse assunto do Mike é urgente!!!

- Desculpa, desculpa... Deus, nem sei o que falar.

- Um bom começo é não falar o nome de Deus perto do seu pai, vai acabar piorando tudo.

- Me explica essa história direito, como você ficou sabendo que ele ia vir para cá?

- Eu estava estudando junto com a Dai, quando em algum momento olhei para o jardim e vi ele de mãos dadas com a Bubi, achei que tinha alucinado porem infelizmente não foi isso que aconteceu. Quando menos esperei, ele estava no quarto falando com a Dai. Fingiu que não me conhece, disse que era novo na cidade e faz faculdade aqui perto. Na hora eu me apavorei e vim aqui pra ter alguma ajuda sua.
- Luke começou a tremer novamente.

- Ele está fingindo ser outra pessoa? Sério? Depois de todos esses anos agora ele vai tentar tem uma vida normal, e logo aqui? - Mark suou frio.

- Minha teoria é que ele está usando a Bubi para entrar aqui e arruinar nossa vidas.

- Então a gente precisa avisar todo mundo log... - Mark não terminou de falar.

- Você é burro assim mesmo ou fez curso? Sabe muito bem que não podemos revelar de jeito nenhum a identidade dele pois nossa vida vai ser destruída automaticamente. - Luke faz cara de raiva.

- Luke, olhe para trás. - Luke vê Michael sorrindo para eles e estendendo a mão.

- Olá, sou novo aqui. Meu nome é Jordan, será que vocês podem me ajudar a achar meu quarto? - Ele aponta para um mapa na parede do corredor e sorri ainda mais.

- Jordan? Que tipo de nome é esse? Pai, fala logo o que você tem pra falar e vai embora por favor.

- Pai? - Jordan da uma gargalhada muito alta. - Você tem a minha idade, desculpa mas não me lembro de ter um filho desse tamanho.

- Mark pelo amor de deus deixa ele pra lá, você sabe que não vai adiantar nada. - Luke sussurra no ouvido dele e tosse.

- Ok, vamos jogar o seu jogo então. Procure outra pessoa para te ajudar, prazer. - Mark fecha a porta na cara do Mike, e sai com o Luke pela janela.

Frisa acorda meio tonta e com dor de cabeça, vai até a janela tomar um pouco de ar fresco e vê Mel sozinha sentada no jardim. Pensou sobre o beijo que tinha acontecido uma tempo atrás e percebeu que ela seria uma ótima pessoa pra ter um relacionamento, mas está insegura pois nunca namorou e nem sabe se Mel levou tão a sério assim. Decidiu ir falar com ela.

- Hello, its me. - Frisa fala e depois corrige - Desculpa eu to nervosa. - Ela da um sorriso sem graça.

- Frisa!!!! Meu deus, faz tempo que eu quero falar com você. - Mel da um abraço bem longo nela.

- Falar o que?

- O quanto você é linda, e seu beijo foi o melhor da minha vida toda. - Os olhos de Mel brilharam mais que qualquer estrela.

Frisa da uma risada de nervoso - Você só pode estar me zoando né?

- Nããão, volta aqui. Eu acho você a pessoa mais perfeita do mundo e quero ter você de novo comigo.

Frisa fica sem o que falar e Mel aproveita o silêncio para beijar-lá. O beijo foi ainda melhor que o anterior e Frisa finalmente sentiu que alguém realmente gostava dela. Mas na hora lembrou do rolo que Mel tem com as outras meninas.

- Precisamos falar sobre a Ked e a Natie, vocês tem algo né?

- Poliamor.

- Que?

- Se chama poliamor, é um relacionamento comum só que com três ou mais pessoas. Eu posso conversar com elas para você participar também!

- Não, eu não gosto dessas coisas. Acho que não podemos ficar juntas então. - Frisa fala com grosseria.

- Tudo bem, eu termino com elas. Por você eu faço tudo.

- Não precisa, sério, não faz isso por mim, pode ficar relaxada.

- Já me decidi, amanhã mesmo vou pedir você em namoro.

- Mas... Você não acha rápido de mais?

- Se eu te amo agora pra que espera pra depois?

Nesse mesmo dia quando o sol já havia se deitado, todos da casa estão se divertindo na festa de aniversário da Juliene, Ked e Natie. As meninas vestidas de Mamãe Noel e os meninos de Rena, com os narizinhos pintados de vermelho.

Mas Juli está na parte de trás da mansão só esperando o assassino aparecer. Que assassino? Bom, Juli passou algumas semanas investigando a morte da Lany e descobriu que foi um homicídio. E que esse psicopata ataca sempre quando tem alguma festa muito marcante na casa. Como ele faz isso? Ela ia tentar descobrir agora.

continua...