Minha cabeça vai explodir, a dor é semelhante com 1 milhão de facadas e alguns tiros de metralhadora. Parece que algum demônio decidiu tirar o dia de folga dentro dela. É extremamente agonizante conviver com isso por mais de 5 horas.
Depois que ele foi dormir e eu percebi que estava sozinha com minha própria mente mais uma vez, acabei tendo varias crises seguidas de ansiedade e agora meu cérebro está se debatendo aqui dentro.
Nunca gostei de ficar sozinha, são nesses momentos em que tenho que lidar comigo e isso me enlouquece. A minha mente é completamente maluca, mas não no melhor dos sentidos e sim no pior deles. Tudo acontece aqui dentro e nunca sei o que fazer quando um neurônio colide com o outro e dói mais que qualquer coisa.
Eu o odeio tanto, mas meu amor por ele é tão forte. Esta vendo? Eu nunca sei de nada. As vezes acho que estou com ele pois ele me distraí e não me deixa enlouquecer de vez. Não é amor, é apenas medo de não achar outra pessoa que me suporte ou me ame algum dia. Eu sei que ele não me ama, porém ele me provoca coisas que talvez sejam parecidas com esse sentimento. Não me deixe sozinha, por favor, minha mente vai se destruir quando você partir. Sempre falo isso pra ele e ele me responde com "As mentes loucas são as melhores!" Melhores pra quem? Só os deuses sabem como é difícil conviver com essa voz que me diz todos os dias que eu não sou suficiente, que nunca vou ser feliz e que a morte é a melhor opção agora.
Não consigo dormir, são quase 2 da madrugada e eu ainda estou encarando o teto e me perguntando, por que não acabo com isso logo? Seria tão simples tomar os remédios de depressão que roubei da minha mãe, todos de uma vez. De manhã todos iam acordar chocados com o suicídio de uma pessoa que sempre andava com um sorriso no rosto, brincava e se divertia com todos. Uma vida tão perfeita destruída em poucas horas.
O problema é que, nunca tive coragem de fazer isso. Por mais que esse seja o maior sonho da minha vida, tem algo dentro de mim que me bloqueia e me prende nessa dimensão. Um dia vou descobrir o que é e finalmente acabar com esse sofrimento constante.
Alguem bate na porta e quando vou atender vejo que é a Tham, a melhor pessoa que já conheci. Tem uma franjinha que deixava ela ainda mais nova do que realmente é e seu rosto delicado me faz querer estar viva apenas para ver ela sorrindo. Minha única amiga, que eu sei que vai me ajudar em qualquer momento e nunca vai me julgar por nada. Praticamente minha alma gêmea, pena que estava apaixonada por uma garota comprometida, esse pensamento me fez voltar a ficar triste.- Oi Nic, meu amor. Melhorou? - Ela fala enquanto tira alguns doces dos bolsos do seu short jeans e coloca em cima da cama.
- Sim estou me sentindo ótima. - Menti, não quero que ela fique preocupada. - E você? Já superou a Juliene?
- Não... É muito difícil ver ela beijando a namorada nos corredores. As vezes acho que ela nunca vai me notar, nem como amiga. - Tham afirma e fica triste.
- Se ela não der atenção pra você, eu dou.
- Nic você está namorando, esqueceu? Não podemos fazer nada a respeito da minha situação amorosa, é um verdadeiro cáos.
- Dói tanto ver você assim, penso até em conversar com a Ju sobre isso.
- Não faça isso, por favor. Já estou sofrendo de mais, não preciso pagar mico pra completar.
- Tudo bem, só quero que você fique feliz. - Comigo pensa Nic.
Juli levanta cedo e sai correndo para se arrumar e ir investigar os assassinatos da casa, Juliene estranha toda essa movimentação e pergunta o que está acontecendo.
- Juliene, é um assunto meu, você não tem nada a ver com isso. - Juli fala enquanto arruma o cabelo o mais rápido possível.
- Nunca devia ter falado pra você começar essa investigação, agora está tendo alucinações e até mesmo colocando sua vida em risco. Me olha quando eu estiver falando! - Ju grita e bate na mesa de cabeceira.
- Não foi um delírio, realmente aconteceu aquelas coisas, eu nunca iria mentir pra você.
- Amor, tenta procurar um psicólogo, você não deve estar bem. Como é possível uma pessoa simplesmente desaparecer de uma hora pra outra? E a Dani, que você disse que estava lá com ele, não lembra de nada. Ela disse que ele foi viajar pois estava com saudades da família, por que continua insistindo nisso? - Ju passa a mão no cabelo curto e liso da Juli, e implora com o olhar pra ela desistir.
- Alguem deve ter feito algo com ela também, tenho certeza. Já que você não vai me apoiar nisso, pelo menos confie em mim. É pedir muito? - Ju começa a chorar e Juli sai do quarto levando sua câmera e uma mochila.
Ela decide começar investigando cada canto da mansão, após passar por algumas salas e não encontrar nada, ela começa a ficar desanimada e vai respirar um pouco no jardim. Encontra Mark e Tom conversando exatamente no mesmo lugar que estava o corpo do Pedro na noite em que ele sumiu. Acha muito estranho, por isso fica ali escondida observando a conversa.
- Viu o que você fez? Além da Julie estar se sentindo péssima, a Márcia saiu machucada daquela discussão. - Tom fala segurando o pescoço de Mark e praticamente enforcando ele ali mesmo. - Se você continuar causando esse tipo de briga aqui dentro, eu te expulso e ainda chamo a polícia.
- Elas que brigam e eu que levo a culpa? Eu ein Laylton. - Depois de ouvir aquele nome, Tom até ficou sem ar e soltou o Mark. - Já conversei com as duas de está tudo resolvido, você sabe que a Julie é muito sentimental então vai demorar um pouco pra superar isso, mas vai passar. Eu gosto muito das duas e não quero ver elas assim.
- Co-como você sabe meu nome? - Tom começa a tremer.
- Eu sei de tudo, meu amor. - Mark olha diferente para Tom, e naquela hora, sem pensar, Tom beija Mark. Beija de um jeito quente e profundo, e só naquele momento percebeu que desejava aquilo desde o primeiro momento que eles de encontraram. Sentiu uma chama subindo em seu corpo e começou a imaginar coisas maravilhosas que podia fazer com ele.
Mark fica muito assustado, nunca tinha beijado um homem na vida toda e não esperava aquilo logo do Tom. Achou muito estranho aquela mão pesada passando a mão no seu pescoço e fazendo movimentos rápidos com a língua. Naquele momento ele teve certeza de uma coisa, que ele é 100% hetero.
Quando Tom finalmente de afasta de Mark, com a respiração ofegante. Dá um tapa na cara dele e fala:- Eu estou ficando com o Louis, seu safado. - Ele sai correndo e pula na piscina.
Juli, que assistia tudo aquilo de camarote, dá uma gargalhada, mas não sai o som da sua voz. Alguém tinha tampado a sua boca com um pano e naquele momento ela desmaiou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
house of doidas
FanficSejam bem vindos a casa mais famosa do Brasil, não é BBB ou Girls In The House, é ainda melhor. Vinte e cinco pessoas com problemas mentais diferentes convivendo juntas em um mesmo espaço, coisa de louco, né? E, pode acreditar, não vai dar muito cer...