You be alone, Allen girl.

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Barry encarou Nora rodar em uma das cadeiras giratórias do laboratório, era incrível o quanto ela havia crescido nos últimos quatro anos, ela também havia mudado seu jeito de se vestir, antes a sua afilhada usava roupas mais '''neutras''' e bem menininha, agora Nora tinha um ar mais sério e preocupado.

Ele olhou mais uma vez a menina girar na cadeira antes de suspirar e andar até ela.

— Fico feliz em saber que seu pai finalmente te tirou daquele lugar – começou, se sentando em uma cadeira ao lado da menina – eu sinto muito por não ter ido visitá-la, querida.

Nora sentiu seu coração se apertar. Ela queria tanto abraçar seu pai, mas, ela apenas colocou um meio sorriso no rosto e respondeu, mesmo não fazendo ideia de qual lugar ele estava falando.

— Tudo bem, tio Barry.

Ele negou com a cabeça, sentia que precisava se explicar:

— Não, Nora – ele responde, sentindo seu peito se apertar – Eu sinto muito, de verdade. Eu não sabia se sua mãe me deixaria ir até lá.

Nora cruzou uma das pernas em cima da cadeira antes de responder.

— Eu estou bem, tio Barry – ela respirou fundo antes de falar – eu sinto tanto a sua falta.

Barry deu um meio sorriso antes de puxar a garota para um abraço desajeitado, Nora sentiu que poderia chorar outra vez. Cara! Como ela sentia falto do seu pai.

— Eu também sinto sua falta tampinha — ele disse, fazendo Nora revirar os olhos — O que você andou aprontando?

Nora mordeu a língua, se ele soubesse o que ela andava aprontando provavelmente iria ter uma síncope, pelo menos seu pai teria.

— Humm.. Eu não aprontei nada — Nora segurou uma risada — Nadinha mesmo.

Antes que Barry começasse outro assunto com a garota, eu viu o furacão de cabelos castanhos entrar no córtex, sentiu todos os músculos do seu corpo congelar. Não estava pronto para um confronto com Caitlin aquela hora, muito menos na frente de Nora.

—Nora Raymond!

— Caitlin... Ela apenas estava conversando e...

—Cale a boca, Barry — ela o interrompeu direcionando seu olhar furioso para uma Nora que não estava entendo nada — Você pensa que eu não vi você saindo de fininho?

— Como é? — Nora piscou, antes de olhar assustada para Cisco.

—Eu não quero você aqui Nora!

—Caitlin, não exagere – Barry disse, colocando uma mão no ombro da mulher — Se quer gritar com alguém grite comigo.

— Eu não tenho nada para falar com você, Allen – Disse, afastando a mão de Barry de cima do seu ombro— Vamos para casa Nora, seu pai está esperando no carro.

Nora segurou a vontade de gritar, Diabos... seu pai não estava esperando no carro porcaria nenhuma, seu pai estava ali, e Caitlin estava agindo como se ele fosse um bandido que não podia ficar perto da sua filha.

[...]

Contra sua própria vontade, Nora foi levada para casa. Mas não antes de sair de lá com a promessa de que veria Barry outra vez. Ela agora estava mais intrigada e confusa que nunca. Não sabia o motivo daquela brigada dos seus pais, eles nunca brigaram. E se isso acontecia era pra saber quem era o melhor em UNO.

Ela já estava cansada de ficar trancada naquele quarto, lendo um livro de romance ruim. Nora às vezes era muito hiperativa, e sua agitação sai do controle quando ela não tinha nada pra fazer.

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