Minha pele arde, minha garganta está seca, há pouca água nos cantis, 3 dias seguidos caminhando no deserto de Skeerl, meu camelo não aguentará mais tempo no calor intenso.
Não aguentarei nem até o final da tarde.
Encontro um cadáver, apenas ossos para ser mais exato, acompanhado de uma bolsa, se morreu, não tem água, mas não custa nada dar uma olhada
Poucos pacotes de comida estragada, um cantil vazio e um livro: "A Harpa do Bardo volume II" é tudo o que encontrei.
Já não ando mais em cima do meu camelo, pois sei que ele mal está aguentando minhas coisas.
Intrigante, o deserto simplesmente acaba em um paredão de árvores, uma floresta.
Puxo as rédeas do camelo para que ele se aprece, corro ao lado dele na direção contraria do deserto, acredito que seja o sul, nem quero mais olhar para os sóis para me localizar.
Tropeço, meu camelo para ao meu lado, levanto e vejo, um pequeno rio de água límpida, vejo meu reflexo na água, o camelo abaixa a cabeça, olho os pequenos peixes, meu camelo bebe a água.
-É água. -falo com todos e ninguém.
-É ÁGUA! -grito para a floresta e meu camelo.
Meu camelo levanta e olha para o lado, eu deixo minha bolsa no chão e entro no pequeno rio assustando os peixes, não me importo de me encharcar, bebo até não aguentar.
Meu camelo continua a olhar para o lado, encarando a densa floresta, eu não vejo nada lá além de árvores.
Encho meus cantis, olho para o céu, está ficando tarde, poucas constelações começam a aparecer, os dois sóis estão alcançando o cume de uma montanha tão grande que o topo das árvores não atrapalham.
Um tigre se revela de trás de uma árvore, onde o camelo estava olhando, o tigre se aproxima lentamente, o camelo permanece imóvel, o tigre começa a me farejar, ele rugiu na minha frente mostrando seus grandes dentes de sabre, olhou para o camelo, levantou a pata revelando suas grandes garras, e abaixou ela levemente, aproximando-a do rio, ele pega 1 peixe, maior do que havia lá antes, coloca o na boca e sai caminhando.
Continuo minha jornada na direção contrária do deserto, em cima do camelo, consigo pegar frutos das árvores facilmente, dou uma para o camelo e me alimento.
Ainda não acredito no que aconteceu lá naquele rio, aquele tigre era assustador, mas parecia dócil como um gato.
Poucas horas caminhando dentro da floresta, acho uma espécie acampamento abandonado, posso passar a noite ali, faço uma fogueira com galhos secos que achei no caminho, e uns pedaços de madeira que não foram queimados que estavam próximos à fogueira, meu camelo deita no chão, eu deito apoiando minha cabeça em deu corpo, o céu está lindamente estrelado, começo a olhar as constelações e adormeço.
No dia seguinte, eu encontro uma pequena vila dentro da floresta, o povo lá vive feliz. Na estrada eu vejo dois fazendeiros conversando sobre um elfo chamado Dallagnol, parece que ele protege toda a floresta e faz os animais serem inofensivos à pessoas de bem, isso explica sobre o tigre.
Continuo meu caminho até sair da floresta, campos extensos, uma planície vasta, no horizonte enxergo muralhas de uma cidade.
De longe, enxergo que na cidade há uma torre bem alta, não enxergo o que há lá em cima, mas consigo ver seu brilho dourado, estranhamente, aquele brilho me dá esperança.
Aproximando dos portões da cidade, dois guardas me param, pedindo para descer do camelo, eles olharam as mercadorias que meu camelo carregava:
-Algodão, trigo, raiz élfica... nada nessas sacolas - disse um para o outro.
-Nessa aqui também nada, vamos olhar na bolsa do homem.
Eu entrego minha bolsa para os guardas e eles começam a vasculhar.
-Poções, cantis, um livro... uma espada? - perguntou um deles com um olhar desconfiado.
-Eu venho de muito longe, preciso me proteger. - respondi ao guarda que estava devolvendo minha bolsa.
-Vá para a praça do sino, no centro da cidade, por ali. - Ele aponta para uma grande estrada.
-De lá você consegue ver uma pousada e uma feira para vender suas mercadorias, não cause problemas, bem vindo à Bellwood.
Espero que tenha gostado deste capítulo falando mais sobre a Riverwitch, não esqueça de marcar ☆ se gostou, um beijo e obrigado.
Art by: Daniel Dallagnol
http://danieldallagnol.deviantart.com/
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Contos De Riverwitch
FantasyEm Arreth, um planeta cheio de criaturas místicas e mágia há uma terra denoninada de Riverwitch, onde os seres viviam em harmonia e paz, porém o mal foi despertado novamente e ameaça a prosperidade de toda Riverwitch, reinos e cidades não poderão ma...