O povo daqui é muito diferente, vendi minhas mercadorias, lucrando muito, mas não sei o que fazer com o dinheiro.
Vou dar uma olhada pela cidade, há muita coisa interessante por aqui. Andando pelas vielas, encontro uma livraria, que me lembrou daquele livro que encontrei no deserto.
Ao entrar lá, encontro uma moça, ela estava distraída.
-Hum... senhorita? -Chamei-lhe a atenção.
-hãn? Ah, o-olá! Boa tarde, bem vindo a minha livraria, posso te ajudar?
-O-oi, boa tarde.
-Você não é daqui, é?
-Não, venho de Drinmir.
-Você veste uma roupa engraçada. -Disse a jovem escondendo o sorriso.
-Então... eu estou procurando um livro, A Harpa Do Bardo, o primeiro volume.
Ela ficou uns segundos pesando, depois me chamou.
-Me segue, ele está por aqui.
Em uma estante estavam várias unidades dos três volumes, pela quantidade dos exemplares, devia ser um livro famoso, e estava barato, apenas quinze moedas de prata cada um.
-Vou levar esse e esse aqui. -pego o primeiro e o terceiro volume.
-No total são 30 moedas de prata, senhor.
Eu pago a jovem, coloco os livros em minha mala, agradeço e deixo a livraria.
Do lado de fora a moça veio correndo até mim.
-Senhor! Desculpe, mas... eu queria saber por que levou apenas o volume um e três?
-Ah, é porque eu achei o volume dois, fiquei interessado, e não queria pegar a história da metade.
-Onde o encontrou?
-Ééh, em uma bolsa antiga, perto de um cadáver.
Ela ficou pasma, eu conseguia ver a tristeza em seus olhos.
-Senhor... pode me dar o livro que encontrou? Eu o trocarei...
-Claro...
Entrego à ela o livro, segundos depois ela volta com um livro igual, mais triste ainda.
-Ei, posso saber por que trocou o livro?
-Era... de alguém importante, desculpe pelo transtorno...
Ela segurou as lágrimas, e entrou correndo na livraria.
Não sabia o que fazer, achei melhor seguir em diante e deixá-la em paz, aliás, os sóis estavam se pondo e eu precisava descansar.
Passei a noite naquela pousada que o guarda me indicou e aproveitei para ler um pouco do primeiro livro, de fato, interessante, não me arrependi de ter comprado eles.
Na manhã, me arrumando para continuar seguindo viajem, não era meu plano ficar na cidade. Vou a um celeiro, onde um gentil fazendeiro chamado Gramm deixou meu camelo ficar.
Preparando o camelo, ouço dois jovens rirem, o som vem de trás do celeiro, parecem ser adolescentes, não queria espionar alguém, mas fiquei curioso, então parei para escutá-los:
-Você tinha que ver Kat, aquele anão acabou com 3 ao mesmo tempo! -falou um dos jovens, pela voz, eram grandes adolescentes.
-Haha! Eu ainda não consigo acreditar nisso, ele estava com o que? -perguntou a garota.
-Era um martelão, dourado e com umas jóias, e-eu não consigo explicar você tinha que ver.
Não entendendo o que se passava, deixo o celeiro, levo meu camelo até o portão da cidade, subo nele e continuo para o oeste.
Sigo à estrada, e encontro uma bifurcação, felizmente, há uma placa de madeira aqui.
<---Soulgarden
Ponte para o outro lado--->Decido seguir à esquerda, Soulgarden, o nome me chama a atenção, mesmo que "o outro lado" desperta minha curiosidade.
Seguindo o caminho descendo uma colina levemente íngreme, vejo distante um grande jardim.
Se aproximando do jardim, vejo que há uma grande cerca em volta das belas flores que estão lá, a estrada leva para a entrada, não há um portão.
Na frente do jardim, encontro uma placa dizendo: "Não entre, perigo" sem intender o porquê, paro em frente a placa para ver o que há dentro, lindas flores, diversificadas, árvores com belos frutos, um lugar encantador, uma construção antiga bem ao fundo me chama a atenção, está coberta por vinhas e plantas.
-Não entre ai!
Uma voz doce, agradável, como de uma criança.
-É perigoso, não viu a placa? -Ela continuou.
Eu viro para trás, ao lado do camelo, era uma pequena criancinha, uma estranha e linda flor estava presa em seu cabelo.
-Está perdida garota? -Digo para disfarçar, mas me intriga o fato de uma garota ficar aqui avisando alguém para não entrar.
-Não, continue seu caminho, não vai querer entrar no jardim.
A garota começa a saltitar e cantarolar na estrada, não sei para onde vai, não queria saber.
Começo a suar, pego um cantil e bebo um pouco de água, subo no meu companheiro, e volto a estrada, aquele era o final, me falta agora ir para a ponte.
No caminho, penso sobre aquela garota, aquela flor, me chamou muita a atenção, não é nada parecido com as flores da minha terra e aparentemente também não é comum por aqui.
Chegando na ponte, encontro meu desapontamento, a ponte esta quebrada, só vejo o começo e o fim, uma velha ponte de madeira, sobre um grande rio.
Deixo meu camelo beber da água, que peculiarmente, está bem gelada apesar do calor, a correnteza está muito forte também, parece que o jeito será retornar para Bellwood.
Therodar, um reino ao leste, me disseram, na pousada, que era um local digno de visitar, talvez passarei lá amanhã.
Hey! Espero que tenha gostado, marque ☆ se gostou, um beijo, obrigado por ler e aguarde até a parte 3 ;D
Art por: Daniel Dallagnol
http://danieldallagnol.deviantart.com/
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Contos De Riverwitch
FantasyEm Arreth, um planeta cheio de criaturas místicas e mágia há uma terra denoninada de Riverwitch, onde os seres viviam em harmonia e paz, porém o mal foi despertado novamente e ameaça a prosperidade de toda Riverwitch, reinos e cidades não poderão ma...