Winterhill, o mago e a montanha

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Há muito tempo atrás, mesmo antes destas terras ganharem o nome de Riverwitch, no ano de 1997, onde florestas de hoje eram apenas campos, onde cidades eram pequenas vilas, onde reinos, eram um simples castelo, havia uma grande montanha, que nunca mudou e nunca mudará.

A montanha mais alta de Riverwitch, nada igual em escala, mesmo no clima de verão, na montanha, é um intenso e inacabável inverno congelante, é o que dizem sobre Winterhill, no extremo sul de Riverwitch.

Lá morava um jovem mago a muito tempo atrás, um conjurador de gelo, ele invoca espíritos de neve para lhe fazer companhia e o defender das criaturas que lá habitam.

De pequenos bonecos de neves amaldiçoados, trolls de neve até dragões de gelo, e harpias que residem nas nuvens e nos covis ao redor da montanha.

O mago sabe que a montanha é perigosa, e que honrosos escaladores e exploradores já tentaram subir, mas, se a montanha não os matavam com caminhos estreitos e traiçoeiros e ladeiras íngremes, além do frio extremo, as criaturas mortais terminavam o serviço.

Os poucos que alcançavam o topo da montanha encontravam uma vastidão vazia, de alguma forma a montanha não os julgavam aptos.

Mas o mago, em um dia de curiosidade, queria saber porque tantos tentam chegar ao topo. Ele subiu, passou por diversos desafios de perseverança, determinação, força, confiança, astúcia e poder em busca da verdade.

O mago, derrotou várias criaturas que lhe ameaçava, mas poupou a vida de todas elas, procurava os caminhos mais seguros, mesmo longos que sejam, não desistiria até alcançar seu destino.

Próximo ao topo, ele se depara com um covil, não enxergava o que tinha dento mas ele sabia o que havia lá, já viu o dragão voando ao redor da montanha algumas vezes.

O mago sentiu, o dragão havia despertado, mas ele só enxergava a escuridão dentro do covíl. Ele ouviu um rugido, passos e então, o dragão branco aparece:

-Hi fent bo wah faal naar ni krif- disse o dragão se revelando lentamente da escuridão

O mago sem intender nada questionou o por que do dragão não tentar matá-lo.

O dragão não respondeu, eram duas línguas diferentes, então ele apontou com o focinho para o caminho ao topo da montanha.

O mago subiu, com seu cajado na mão, o cristal de gelo na ponta brilhando, ele chegou no topo, lá não havia nada... era um pequeno lugar redondo, coberto de neve, e ainda mais frio do que no resto da montanha.

Desapontado, o mago ajoelhou, seus joelhos estava gelados, sentindo a neve e o vento ele olhou para o céu.

Estrelas brilhavam, a constelação de Skadi estava bem acima, os sóis estavam se pondo, então ele viu, uma forte luz descia do céu, uma mulher apareceu em sua frente, era a própria Skadi a deusa do inverno, sua voz era linda:

-Vejo que subiu até aqui, a montanha te julga, você merece minha benção, crie e controle, o gelo puro e verdadeiro está com você.

O mago, perplexo, sente uma força entrando no seu corpo, o cristal de seu cajado brilha mais forte, então, ele foi abençoado com o poder do gelo verdadeiro.

Depois desse dia, o mago continua morando na montanha, alguns exploradores que aguentaram chegar ate a metade da montanha, passam uma noite na casa do mago, ele não se recusa a ajudar, mesmo sabendo que não conseguirão chegar ao seu destino.

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