Quando os carros pararam no galpão Chaz estava do lado de fora nos esperando, eles vieram dirigindo feito loucos fazendo gracinha e apostando corridas até chegar aqui. Todos estavam felizes demais a prisão do Marconny foi um prêmio para todos eles. Sai do carro e entrei direto no galpão os deixando lá fora. Minha cabeça ficava martelando as palavras dele e eu não conseguia esquecer, por mais que estivesse me segurando para não começar uma discussão ali no meio dos meninos estava difícil.
– Eu disse pra vocês que eu ia derrubar aquele filho da puta e ninguém acreditava em mim... Ai está à prova à uma hora dessas o desgraçado deve estar algemado em alguma viatura. – os meninos entraram depois de um tempo no galpão e Justin não parava de falar um minuto. Ele só ficaria mais feliz do que estava se tivesse matado o Marconny, mas se ele fizesse isso estaria assinando seu suicídio. Diferente dele Marconny tem vários amigos, muito aliados e sua morte não ficaria barato digamos que perante a sociedade ele é um ótimo cidadão e se preocupa com as pessoas. Então arma pra ele ser preso foi à única saída que encontramos até porque na cadeia sei que ele vai ficar por um bom e longo tempo às provas são concretas e não tem como se livrar tudo foi calculado com muito cuidado.
– Posso falar uma coisa? – Chaz disse chamando as atenções. – Cara nós somos fodas. – eles começaram a rir.
– Agora meu irmão é muita grana no bolsa e as cachorra na minha cama. – Ryan disse rindo.
– É isso ai! – Chaz concordou batendo na mão dele. Estava encostada em uma das paredes abraçada aos meus cotovelos sem dizer uma palavra. Justin se aproximou e colou nossos corpos, não me movi do meu lugar.
– Fala pro papai aqui o que você quer fazer que hoje estou a sua disposição. – ele segurou meu rosto com as duas mãos me encarando.
– Não quero fazer nada. – disse desviando o olhar.
– Nada? – ele sorriu malicioso juntando nossos lábios, mas eu não dei passagem pra que ele prosseguisse o beijo e me soltei de seus braços indo trocar de roupa. – Caissy o que foi? – ele entrou na sala logo atrás de mim fechando a porta.
– Não foi nada. – disse me virando de costa pra ele e tirando a roupa.
– Então porque está assim? – ele me abraçou por trás.
– Estou normal. – me livrei de seus braços com um pouco de brutalidade.
– Está normal? Seu cu que você está normal... Fala ai o que você tem?
– Eu não tenho nada cacete. – gritei nervosa. – Será que pelo menos a roupa eu posso tirar em paz?
– Pronto! Está bolada e eu nem sei por quê. O que fiz desta vez?
– Nada você não fez nada... Agora dá pra me deixar tocar de roupa? – disse ainda mais irritada.
– Cassidy dá pra parar a palhaçada e falar o que está acontecendo? – o ignorei terminando de me trocar e colocando as coisas na mala com raiva.
– Você me ouviu? – ele segurou em meus braços com força me dando um solavanco me obrigando a olha-lo. – Eu perguntei pra você o que aconteceu?
– Tira a mão de mim. – me debati socando o peito dele com força.
– Tá ficando louca menina? – ele conseguiu me parar.
– Estava tudo numa boa e agora olha como você está. Olha o jeito que está me tratando. Qual foi? O que eu fiz pra você?
– Vai me dizer que você não sabe? – disse com o choro preso em minha garganta. – Conta pra mim qual o motivo da sua felicidade porque acho que não escutei direito no galpão... Aquilo foi pela a Alexia, né? Não foi isso que você disse enquanto espancava o Marconny? – uma lágrima escapou de meu controle rolando pelo meu rosto. Ele ficou me encarando sem dizer nada. – Você é um podre um merda...