Dia 1

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10/11/2016

Hoje foi um dia como qualquer outro. Após a apresentação do artigo, ele me convidou para comer cupcake com ele em lugar bem legal na orla. Durante o trajeto, fomos conversando, e ele estava reclamando que não iria para uma festa que vai ter na sexta feira, já que é o aniversário do pai dele e ele terá que ir para a sua cidade natal. Por mais que eu me sentisse ligeiramente desconfortável com a natureza das reclamações dele, eu não conseguia parar de rir, pois a forma como ele exprime sua raiva é engraçada. De acordo com ele, havia a possibilidade dele conhecer a mulher da vida dele lá (não vou mentir, nessa hora deu vontade de gritar "eu estou bem aqui!", mas não sou mulher né...), mas ele não estará na cidade.

Quanto a mim? Bem, estou ouvindo "You Belong With Me" e torcendo para que isso acabe logo. É frustrante você saber que algo é totalmente impossível. As vezes eu me pergunto o que tem de errado comigo. Será meu corpo? Minha cara? O meu jeito? Minha auto estima é tão baixa que para ela chegar no fundo do poço tem que crescer muito ainda.

Hoje, enquanto estávamos no carro, eu fui consolar ele e tocar nele despertou em mim uma sensação de conforto e segurança que eu não sinto com ninguém. É como se nele eu encontrasse um porto seguro, sabe? É uma sensação maravilhosa, mas que logo é substituída pelo pensamento de que isso será o mais próximo que eu chegarei dele. Eu só queria que isso terminasse bem.

DesilusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora