Capítulo 2

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Eu estava olhando para o teto enquanto ela abria o meu vestido.
- Alí em cima. Há uma saída! - falei ao apontar.
Ela caminhou até mim olhou para cima. Realmente havia uma saída, qual o proma das pessoas em querer olhar toda vez que alguém fala que há algo?
- Vamos sair por aí então! - falou - Mas, antes, aperte o fecho do meu vestido. Os meus seios vão ficar maiores se apertados.
Eu assenti e puxei com força o laço de seu vestido. Era automático. Roberta me ajudou a subir em uma mesa e eu abri a saída sem fazer muito barulho. Eu olhou para fora e disse que não havia ninguém ao redor. Na verdade tinha, mas eu não falaria a ela. Ela não precisava saber que o meu marido vinha acompanhado de mais 3 homens. Desci e ela me deu aquele pedaço de madeira.
- Já sabe o que fazer! Nada de choro se ele morrer. Apenas bata com força na cabeça dele até ele desmaiar! - sussurrou. Minha atuação de mulher babaca é ótima! - Eu vou atrair ele agora.
Eu assenti e sentei perto da porta. Roberta respirou fundo e levantei indo em direção a porta. Bati 3 vezes. Não havia um único barulho. Bati de novo e então passos ecoaram. Um homem abriu a porta, ele usava as casacas francesas. Era um casaca vermelha.
Era irritante o fato de que eu sairia como a retardada que tina medo de encarar um homem.
- Bonjour, Mademoiselle - falou.
- Bonjour, sir - respondeu. Já havia amanhecido? A noite passou tão rapidamente. - Eu preciso de sua ajuda.
- No que posso ajudá-la, marquesa? - falou - Estou aqui em nome da França para servi-la.
E nos sequestrar! Roberta deu um sorriso falso. Quero ver como ela é oferecida!
- Eu preciso ir a casinha. É vergonhoso falar, porém desde ontem estou com esta necessidade - falou e olhou para mim.
Eu a olhei indignada. O acordo era outro. Se fosse a história do banheiro eu teria atuado melhor!
- Ir a casinha? Eu a deixo fazer as suas necessidades e enquanto estou de costas a marquesa corre, não é mesmo?
Ela riu. Esse cara é esperto! Mas eu sou mais e de i o primeiro passo.
- Na verdade ir a casinha era apenas uma desculpa para ficar sozinha com vosmecê.
Ele sorriu malicioso e ela sorri debochada. Até eu iria querer sozinha com ele. Ele é bem charmoso.
- Admito que o seu corpo forte deixou-me atraída e com orgulho pela França ter homens com corpo escultural.
A França é um lugar realmente abençoado.
- E eu tenho orgulho pela França ter mulheres que não vivem a margem do marido.
Ela sorriu e eu levantei os braços com aquela madeira na mão. Vamos acabar com isso!
- Não vivo a margem do meu - falou. Não era isso que parecia na época do Vitório - Mas, ainda assim meu corpo na seria seu!
Bati com a madeira 4 vezes em sua cabeça e ele caiu no chão desmaiado. Eu o joguei a madeira no chão.
- Ele morreu?
- Não - falou - Mas, deveira morrer. É a vergonha da França. Venha, vamos tirar as roupas dele. Acho que tem roupas limpas lá fora. Vamos vestir roupas de soldados e sairemos daqui sem que perceberam.
Achamos um único conjunto de roupas lá fora. As outras estavam sujas de sangue. Vesti a roupa limpa e Roberta a do soldado e em seguida colocou nele o seu vestido e o espartilho. Eu ri divertida. Saímos pelo local de cima. Admito que usar calças é algo confortável.
- Vamos, Roberta - eu falei - Deve haver cavalos por aqui!
- A questão é: Que lugar é esse? Eu desmaiei assim que ele colocou um pano em meu rosto. Talvez não seja o Rio de Janeiro.
Eu assentiu concordando. Era realmente impossível saber se ainda estávamos na colônia.
- Vamos andar ate encontrar uma vila. - falei e então ouvi cavalos vindo em nossa direção. Corremos para trás de uma enorme pedra e vimos 3 pessoas mascaradas pararem perto daquele esconderijo. Reconheci Guido instantaneamente. Eu teria tirar ela dali. Ela não podia descobrir a identidade do marido. Ela nao precisava saber que assim como o meu marido o dela era um agente da coroa. Um traidor da França e da Inglaterra. E eu adorava ser uma fora da lei.
- Vamos sair daqui antes que nos vejam! - sussurrei - Ali há um rio. Podemos nadando e não deixaremos rastros por algumas léguas.
- Vamos esperar ele entrarem. - sussurrou - Para que não ouçam nossos passos.
Sentamos e ficamos em silêncio. Ouvi quando a porta foi arrombada. Olhamos e o mais magro dos mascarados entrou. Era a hora eu a puxei e corremos assim que todos entraram. Corremos descendo um barranco e quando chegamos lá na frente escorregamos em algumas folhas que estranhamente estavam molhadas. Caímos barranco a baixo e fomos para perto do rio.
- Meu pé! - choramingou enquanto eu sentava e colocava a mão na cabeça.
- Achas que quebrou o pé? - perguntei com dor de cabeça.
- Acho que sim. Não aguento colocá-lo no chão! - exclamou.
Ouvimos vozes ali perto. Nos escondemos perto de uma árvore. Eram franceses. Dois jovens estavam escondidos perto de uma pedra ali. Eram dois jovens se beijando e esquecendo dos cavalos ali próximo.
- Eu achava que jamais veria isso na minha vida - falei rindo - dois amantes apaixonados! É algo bem perigoso a julgar que o senhor Petrin, é casado.
Eu ri.
- Algumas pessoas escondem segredos - falou. Seu marido é um deles! - Mas, aqueles ali tem cavalos. Veja do outro lado do Rio.
Eu olhou e lá haviam dois cavalos. Ela comvive comigo há alguns minutos e ja aprendeu a ser fora da lei!
- Como vamos atravessar?
- Deve haver uma ponte - falei - Vou olhar ao redor e procurar a ponte. Não saia daqui e não faça barulho.
Ela assentiu e eu levantei. Caminhei pela floresta e quando encontrei a ponte Guido estava lá. Corri até ele e ela me abraçou.
- Eu fiquei preocupado com você! - falou - Francesca, eles machucaram você?
- Nao, meu marido, eu estou bem! - falou.
- Graças a Deus! Mas temoa outro problema. Eles pegaram a esposa do Gaia, e não sabemos para onde a levaram.
- A esposa do marquês está comigo! - falei - Eles a levaram para lá e hoje de manhã fugimos. Ela é até espertinha para fugir. Roubamos as roupas dos guardas e ela colocou um espartilho e um vestido no guarda desmaiado.
- Eu vi. Ri tanto
Rimos e encostei a cabeça em seu peito. Gosto do Guido. É um bom marido, mas eu queria nesse momento estar abraçada a Rodrigo.
- Vamos levar ela para casa - falei - Só que caímos de um barranco e ela quebrou o pé. Terá que carregar ela.
- Tudo bem.
Caminhamos até ela. Ela estava sentada com a cabeça encostada na pedra e os olhos fechados. Ela é tão pequena que a roupa de soldado a deixa engraçada.
- Roberta, esse é o meu marido, Guido - falomei - Querido, essa é a esposa do marquês de Bader e uma amiga de infância.
- É um prazer conhecê-la, marquesa - falou Guido - Vou tira-las daqui antes que aqueles jovens percebam nossa presença.
Guido a pegou no braço. Admito que ver outra mulher em seus braços me deixou enciumada. Apesar de não amá-lo, ele é meu! Meu!
- Francesca, vá até la e pegue um dos cavalos. Apenas um. Eu levarei a marquesa. Sozinha ele não ai aguentar cavalgar.
Cavalgar? Hum, pensei besteira!
Atravessei a ponte e sai sorrateira pela floresta. Aqueles jovens estavam em situações melhores que a minha é nem perceberam que eu roubei um dos cavalos. Continuem a transar que depois eu volto e pego o outro cavalo, seus trouxas!
Saímos dali o mais rápido possível. Guido deixou Roberta na porta da casa e saimo dalí antes que ela percebesse. Ninguém poderia saber que estávamos ali. Ninguém poderia ser testemunha daquilo. Ninguém pode descobrir quem realmente somos.

O Conde de SarteOnde histórias criam vida. Descubra agora