| PRÓLOGO |

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| P R O L O G O |
LUCY THOMPSON

— Lana, você têm certeza disso?— Olho para a minha irmã que nesse momento está prestes a embarca em um avião rumo a Paris no meu lugar. Estou começando a me arrepender de ter tido essa ideia maluca.

— Ninguém vai perceber a diferença, somos gêmeas Lucy, enfim vou realizar meu sonho de conhecer Paris e estudar moda.— Seus olhos verdes brilham.

— E o seu namorado? Não o conheço, mas vai deixa-lo assim, sem mais nem menos?

— Nós terminamos, ele foi atrás dos seus sonhos em Los Angeles e eu também vou atrás dos meus, e um dia quero que você também vá atrás dos seus.

— O papai quer que você assuma os negócios da família, sabe que você, para ele e para a mamãe, é a filha perfeita, enquanto eu sou a indesejada.— Lana leva uma de suas mãos até o meu rosto me fazendo a olhar bem nos olhos.

— Você é especial Lucy, é a melhor irmã do mundo.— Sorri.

— Você também Lana, te amo.— A abraço.

— Também te amo, Lucy.— Com isso, vejo minha irmã indo para outro país no meu lugar, tudo para realizar seu sonho sem que nossos pais desconfiem. Somos gêmeas e muita das vezes papai e mamãe nos confundia uma com a outra, só não sei se vou conseguir segurar essa mentira por muito tempo.

Volto para onde meus pais estão, mamãe me abraça enquanto papai vai na frente para pegar o carro.

— Foi melhor assim, sua irmã estava muito rebelde, Lana. Garanto que ela vai adorar Paris, escolhemos a melhor escola da capital.— explica minha mãe, sorrio sem graça.

— Tem razão mãe.— É tudo que consigo dizer.

O caminho para casa foi silencioso e estranho, a partir de agora todos vão me chamar de Lana, tenho que começar a agir como ela, ser como ela o que será uma tarefa muito difícil já que só somos parecidas mesmo na aparência física.

— Srta. Lana seu namorado está aqui, está no jardim.— olho para Frida de olhos arregalados.

Merda! Agora essa, ele não tinha ido embora do daqui?!

— Ele não havia ido para Los Angeles?— questiona meu pai.

— É... Eu também achava.— murmuro indo em direção ao jardim.

Chegando lá dou de cara com o tal cara que minha irmã tanto falava, ele se vira para me olhar e nossa... Ele é bonito.

— Lana, meu amor.— Sou pega de surpresa quando ele me agarra e me beija, rapidamente eu empurro-o.

— Está louco?!— exclamo nervosa.

— Lana, eu sei que você deve me odiar por eu ter escolhido viajar para outro estado ao invés de ficar com você aqui, mas é que eu preciso correr atrás dos meus sonhos e para um garoto do Texas, essas chances aparecem entre uma vez em um milhão.— Ele parece triste.

— Nós terminamos, não precisa se desculpar.— Tento me livrar dele o mais rápido possível.

— Sim, mas eu precisava te ver pela última vez.— Tenta se aproximar mais me afasto.

— Você já não tinha viajado?

— Viajo hoje a noite.— Mais uma vez tenta se aproximar mas eu não deixo.

— Tá, já me viu? Agora pode ir.— Ele me olhar surpreso, com certeza por eu está sendo fria, bem diferente do que minha irmã era com ele.

— Está com raiva de mim não é?

— Não, só quero que vai embora.— Ele parece pensar, mas por fim acaba se dando por vencido.

— Você está diferente, até o seu olhar mudou.— Dito isso ele se vira para sair me deixando ali no jardim pensando na loucura que propus a minha irmã a fazer.

Eu não queria sair daqui, e minha irmã sim. Meus pais por me acharem rebelde demais queriam me mandar para longe, minha irmã disse que eu era louca e que deveria aproveitar essa oportunidade que meus pais nunca deram a ela, então tive a ideia da troca. Lana por ser a filha perfeita eles a queriam aqui e eu por ser a imperfeita me queriam longe daqui, só espero que essa loucura não dê errado.

DOIS DIAS DEPOIS

Acordo escutando vários gritos, levanto rapidamente e corro descendo as escadas até chegar na sala aonde meu pai abraça minha mãe que chora sem parar assim como meu pai. Olho para o chão e vejo o telefone quebrado no mesmo, sinto um aperto no peito, uma sensação nada boa me atinge fazendo-me ter calafrios.

— O que aconteceu papai?— Meu pai me olha e chora mais ainda, minha mãe tenta falar mas não consegue.

— Sua...Sua irmã.— Meu pai tenta falar.

— O que aconteceu com ela?— Não quero imaginar que o pior aconteceu, não quero.

— A culpa é minha, eu não tinha que ter mandando ela para outro país, eu nunca vou me perdoar, nunca!— Grita minha mãe entre o choro e eu já posso sentir as lágrimas descerem.

— Ela só tinha quinze anos Agnes, quinze anos!

— Pai pelo amor de Deus! o que aconteceu?— Isso não, por favor.

— O avião em que sua irmã estava, passou por uma turbulência e acabou batendo em uma montanha, não teve nenhum sobrevivente, todos morreram.— disse Frida entrando na sala.

Não! Lana não pelo amor de Deus, ela não!

Jogo-me de joelhos no chão e sem conseguir me segurar eu choro, choro sem parar. Eu a perdi, perdi para sempre e a culpa é minha. Era para eu ter morrido naquele acidente.

(DEGUSTAÇÃO)  AARON - Série The Five Wolves ( Livro 2 )Onde histórias criam vida. Descubra agora