Capítulo 4

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Os anos se passaram. O sol subiu, inverno se instalou, as folhas caíram e as flores brotaram. Junto com as estações ano após ano, Moira cresceu. Cada dia que passava seus poderes ficavam mais fortes e o controle dos elementos e das ervas ficaram notórios e como sua mãe, ela aprendeu a auxiliar seu povo sempre que pediam. Também se tornou uma mulher dócil e gentil, amando a todos do reino já que   sua ama Bertzs não a deixava se aventurar para outros reinos. 

 Moira ficou cada vez mas linda, era a mulher mais desejada de todos os reinos. Tinha vinte anos agora,  a pele branca e os cabelos ruivos como as folhas de outono que caiam das árvores, eles caiam longos pelas suas costas ora em tranças ora soltos, sendo que eram seus olhos que chamavam mais atenção,  castanhos claro e quando ficava de frente para o sol pareciam queimar como o amarelo e laranja do fogo. A noite ou quando estava calma ficavam escuros como água do rio e  quando sentia a sensação de liberdade do vento dançando em seu rosto, seus olhos ficavam transparentes como o mais puro mel. Era uma mulher alta, magra e forte por causa dos treinos desde seus oito anos.   

 Seu irmão, o príncipe Henry lhe ensinou a usar a espada com rapidez e destreza, mas era com seu primo, o príncipe Edward que ela gostava de passar a maior parte do tempo. Eles saiam para cavalgar em seus cavalos. Moira tinha um cavalo negro e o chamava de Tempestade e o príncipe Edward tinha uma égua marrom ao qual ele deu o nome de Calmaria. Porque era assim que ele se imaginava com Moira, ela a tempestade e ele a calmaria. Ambos praticavam arco e flecha e se arriscavam escondidos de Bertzs a sair um pouco até a fronteira do seu reino. 

O príncipe Edward, agora com vinte e seis anos também era considerado um dos homens mais bonitos de todos os reinos, donzelas e princesas suspiravam por um único olhar seu. Alto com  1,80, forte e  branco, porém bronzeado por causa dos treinos ao sol, seus cabelos eram loiros escuros e seus olhos tão azuis quanto da cor do céu. 

Ambos sempre eram encontrados juntos e todos achavam que eles tinham um romance em segredo. Até Betzs um dia a indagou se ele era o escolhido dela, mas Moira negou garantindo que o que existia entre eles era amor fraterno. Mesmo assim, não impedia de comentários surgirem fora do reino e dentro do castelo. O que deixava seu tio Efilin muito feliz, já que ele desejava essa união. E bertzs já achava que estava na hora da sua pupila casar, como também se preocupava com o futuro da sua menina, pois estava prestes a completar vinte e um anos e já tinha alguns meses que ela sentia um clima diferente rodando o castelo e suas paredes. Então quanto antes ela casasse melhor seria, pois Bertzs queria que alguém a protegesse de tudo que estava por vir. 

Bertzs durante todos esses anos lutou procurando uma saída para que a profecia fosse mudada e  o destino da princesa fosse diferente, mas percebera que era impossível e agora só temia o pior. Forças malignas rondavam o lugar, ela sentia. Já cansada e se sentindo velha com seu cabelos brancos presos em uma trança grossa chamou sua afilhada Lily, uma das criadas que tinham acompanhado o nascimento de Moira e a morte da rainha Eve. Entregou uma carta e conversou com ela em segredo pedindo para que  agisse na hora certa.

 Lily tinha agora  trinta e cinco anos. Ela era  uma bela mulher de  estatura mediana,  loira e seus cabelos sempre estavam presos em tranças longas, seus olhos eram verdes como o mar. Aprendeu a usar ervas como Moira, pois Bertzs dizia que um dia ela seria muito útil na guerra e Lily sempre se esforçava e dava o máximo de si para aprender tudo que Bertz a ensinava.

O pai de Moira, o rei Aragon, velho e cansado permaneceu em seu quarto e acabou ficando enlutado por todos os últimos anos e nunca mais conseguiu dar atenção ao seu reino e infelizmente nada pôde ser feito, mesmo quando seus filhos iam conversar com ele. Sempre que ele via Moira lembrava da morte da sua amada Eve.

Henry não sabia o que dizer ou fazer para trazer seu pai à vida, então se dedicou em ser o melhor e mais estudioso príncipe conhecedor das leis do seu reino, também se tornou um excelente espadachim. Com vinte e seis anos tendo 1,80 de altura, era forte como o pai na sua juventude, tinha cabelos pretos e olhos castanhos escuro. Também era um dos homens mais bonitos do reino e desejado por todas as mulheres, mas até então não tinha encontrado nenhuma mulher digna do seu amor, talvez por temer um futuro incerto, ele  pensava consigo não querer deixar alguém sofrendo por ele como seu pai sofreu pela ausência da sua mãe. Algo que ele também nunca esqueceu.

Bruxas e Guerreiros - O despertar do espírito (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora