Capítulo 1

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Pov – Giovanna

―Princesa Azeitona. Vem logo tomar café. Vai se atrasar para o colégio. De novo!

―Já vou. – Amarro o cadarço do tênis já com a mochila nas costas. Princesa Azeitona é como meu pai me chama desde antes de eu nascer. Quando ele achava que eu era apenas um caroço de azeitona na barriga da minha mãe. Ulisses Stefanos é o cara mais divertido que conheço.

Meu pai não é só divertido, é inteligente, charmoso e feliz. Minha mãe é como ele. Linda, leve e engraçada. Meus colegas sempre se surpreendem com minhas histórias. Todos queriam ser como eu.

Tive sorte. Não escondo que gosto disso. De ter pais que me deixam ser feliz. Viajar sozinha. Descobrir o mundo e me meter em encrencas as vezes.

O dia já começa com a risada deles na cozinha logo cedo. Quando crescer quero ser feliz assim. Provavelmente sozinha, mas quem precisa de um par?

―Bom dia. – Digo me sentando na ponta da cadeira por que a mochila ocupa espaço. Minha preguiça logo cedo explica o fato de coloca-la nas costas e só tirar na sala de aula.

―Bom dia princesa. – Papai me beija a bochecha. – Dormiu bem?

―Dormiu pouco. – Mamãe completa tomando um gole de suco e encarando o relógio. – Amor você deixa ela na escola? Estou atrasada. Não sei para que eles marcam reunião tão cedo. Essa gente não entende que sou uma artista.

―Deixo. – Papai responde enquanto tomo um gole de café amargo e quente. Único jeito de despertar. Aterroriza meus tios que acham errado eu poder tomar café. Como se tivesse uma idade certa para isso.

―Vou beijar hoje. – Aviso aos dois.

―O príncipe ervilha?

―Não papai. Ele ainda não existe. Ou existe e sei lá. Está perdido pelo mundo.

―Melhor assim. Deixe o príncipe ervilha para o grande final.

―Depois conta como foi. – Mamãe fica de pé. – Giovanna pode por favor não tornar isso um desses eventos em que recebemos ligações para ir ao colégio?

―Gente eu não convido vocês não! – Que ideia? Quem quer os pais lá ouvindo o quanto eu só me ferro na vida? – A diretora é que convida.

―Gigi, não é realmente um convite. É mais uma exigência mesmo. No fundo sempre acho que vou ser suspenso ou mesmo expulso do colégio.

―Vê como me sinto. – Digo mastigando uma fatia de pão.

―Tenho mesmo que ir. Amo os dois. – Mamãe diz beijando meu pai. Depois me beija. – Boa aula. Bom primeiro beijo. Sei lá se é isso que mães dizem.

―Obrigada mamãe. Vamos também papai? Tenho que organizar tudo com o Ryan. – Fico de pé. A mochila nas costas e meu pai rindo.

―Vamos princesa azeitona. – Entramos no elevador. – Fim de semana vamos para kirus. Posso convidar o Ziar você beija o menino dele. O neto.

―Não papai. Não rolou, então deixa. Fiquei pensando em língua e essas coisas e perdeu a graça. Só que já está na hora.

Meu pai abre a porta do carro para mim. A vida toda ele faz isso. Todo gentil. Essa parte do papai ninguém vê muito. Me sento e ele dá a volta. Senta ao meu lado.

―Continua princesa azeitona.

―Eu ia falar do Ryan. Maior beijoqueiro da face da terra. Pensa que ele é seletivo? Nada. Só vai lá e beija. Está treinado. Já eu? Um vexame.

Paixões Gregas - Amor sem Fronteiras - Parte 2 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora