0,9% iluminada

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Estava a lua sozinha, pela primeira vez, desde o início do mês, quando o conhecera. Sentiu o vazio do universo na pele. Sua voz não se propagava mais no espaço - nem devia, mas leis da física não são nada na frente de um amor tão grande.

Sim. Amor. Ela ouviu a pergunta dele. Quis arrumar as estrelas, escrever de modo garrafal, explícito, inevitavelmente legível: "Te amo também". Não pôde fazer isso. E o Sol, seu amigo, nada podia fazer para ajudar.

E então, pouco depois da meia-noite, sua rouquidão acabou. E saiu um fiapo de voz.

– Te amo também.

Lu(amar)Onde histórias criam vida. Descubra agora