Estava o mar, ainda sozinho, a suspirar de saudade. E, de repente, por entre o barulho dos animais noturnos que o habitavam, ele ouviu. Ouviu a voz dela sendo propagada lá do espaço. Era singelo, era tênue, era apenas uma construção frasal simples, ingênua, sem ambiguidades.
– Também te amo.
E então o mar se encheu de esperança. Podiam pensar tudo da lua. Que ela era sozinha, sem luz própria, aparatosa, apenas um satélite dependente do Sol e da Terra. Mas, para ele, quando viu que um risco crescente em forma de sorriso começava a surgir na madrugada, ela era tudo.
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Lu(amar)
PoetrySobre quando a lua e o mar resolveram conversar sobre as coisas do mundo e acabaram por se apaixonar.