Imagine Harry III

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Assim que me afasto encontro com o olhar assustado de Harry e dos meus pais. Já havia esquecido deles ali. E Harry sem dizer uma mísera palavra, sai de casa.

- O que aconteceu aqui? - minha mãe pergunta, vindo até mim. Nem eu sei para ser sincera, e não acho uma boa falar isso para os meus pais, apesar deles se preocuparem, acho que devo tomar conta disso sozinha.

- Nada, apenas me deixa só - peço antes de subir para o quarto.

O arrependimento me mata por dentro assim que me sento na cama. Porque eu sempre estrago tudo? Se eu queria acabar de vez com a minha amizade com Harry, eu consegui.

Apesar de qualquer maneira saber que isso poderia acontecer ao ele descobrir que sou apaixonada por ele, eu não esperava que ele fosse descobri isso assim, comigo atacando sua boca.

(...)

Saio da aula de biologia e vou para o meu armário, encontrando Harry ali, já que o seu é bem ao lado do meu. Ele está distraído mechendo com algo dentro do armário, e me sinto receosa em chegar perto dele. É estranho sentir isso, afinal Harry e eu sempre fomos bem íntimos um ao outro, e nunca senti receio em falar com ele.

Fico ao seu lado, e assim que ele se vira para mim, revira os olhos e volta para o armário. Meu estômago cai. E é como se pela primeira vez, eu estivesse de frente ao meu maior medo: Harry me odiar.

Engulo em seco, e mesmo querendo sair correndo dali, eu continuo.

- Harry me desculpa por ontem - começo a dizer com a voz baixa, já que nem eu me sinto confortável em falar com ele.

- Você é? - Ele pergunta sarcástico fechando o armário.

Me seguro para não revirar os olhos diante sua infantilidade.

- Eu sei que deveria ter te contado desde o início o que se passava, mas pensa o quão é difícil e constrangedor é isso? Eu me apaixonar pelo meu melhor amigo gay não estava em meus planos! - Digo chamando enfim o olhar de Harry para mim. Não sei se agradeço ou me arrependo de o querer me olhando. Seus olhos verdes não são tão dóceis como normalmente. Seu cenho franzido, e lábios em linha reta, mostram que Harry está mesmo chateado comigo.

- O incrível foi que eu te vejo como a minha melhor amiga, com quem posso contar com tudo, mas então você acaba com tudo, como se tanto faz - fala com a voz ainda branda.

- Harry você acha que eu escolhi está nessa situação? Por mim eu nunca me apaixonaria por você, porque eu sei como isso iria acabar com a nossa amizade, e nunca seria retribuida. Mas não escolhemos por quem gostar, infelizmente não. - Suspiro mostrando o tamanho da minha insatisfação. Pensei que pelo menos isso ele iria compreender.

- Me beijar foi um erro, - ele fala abaixando um pouco a guarda, é como se as minhas palavras fizessem efeito sobre ele. Uma pontada de esperança do Harry me desculpar faz meus dedos formigarem. - era só ter me dito que estava apaixonada por mim.

Gostaria de me explicar dizendo que Harry estava alterado achando que eu era amante do seu peguete, e também que eu não iria conseguir falar para ele, mas nas circunstâncias que estou agora, o melhor é concordar com ele.

- Eu sei, me desculpa - peço-lhe e me arrisco a dá um passo a sua frente, e fico feliz por ele não recuar. A feição de Harry suaviza um pouco, mas não o bastante para que eu me sinta perdoada.

- Eu vou mudar o meu armário para o do lado do Brad, então este está livre. - Abre o armário e tira seus livros de lá, enfia-os na mochila e logo depois a joga nas costas.

Pelo visto nada se resolveu entre nós.

- Não precisa fazer isso Harry - protesto.

- Precisa, e vai ser bem melhor para nós dois. - Fecha o armário.

- Então é isso? Não vai me perdoar? - Pergunto sentindo o nó na minha garganta. Eu o amo  muito para tudo acabar assim. E  sei que errei, mas uma segunda  chance não é pedir demais, é?
Harry me olha por alguns segundos em silêncio, me fazendo perguntar o que ele está pensando. E torcer para que ele diga que me perdoa.
Está na mira dos seus olhos não é tão bom, pois é como se Harry te estudasse e ser estudada por ele me faz ter calafrios.

- Você não é mais minha amiga, amigos não se apaixonam um pelo outro - suas palavras soam lentas mas me acabam de maneira veloz. Meus olhos lacrimejam, mas antes que eu chore Harry sai e caminha para fora da escola, me deixando só, com uma dor no peito. A dor que eu não queria desde que passei a gostar dele: Ser abandonada.

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