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03. Contraturas, luxações, Potter e suas frustações

Com lavanda, por favor

Fanfiker_Fanfinal
Tradução de Potterfoy

CAPÍTULO TRÊS

Quanto tempo deve passar para que Harry volte ao negócio de Malfoy? Duas semanas depois, seu pescoço sofre, e pela noite suas panturrilhas ficam tensas, como consequência vem a dor. O moreno tem estado atento a conversas de seus companheiros no caso de surgir o tema de com que frequência costumam ir lá; além disso, a chance de ser visto se lhe ocorre voltar é tão alta...

Não sei por que me preocupo tanto com o que as pessoas pensam, se diz Harry, nunca me importou, por que agora sim? Porque não quero que me relacionem com Malfoy. Errado, no negócio do Malfoy há um garoto muito atraente que me agrada e meus colegas são muito fofoqueiros. Mas sabe que nenhum desses dois motivos são convincentes. Ele, Harry Potter, indo a uma clínica de massagens, se sente como se fosse a um bordel. É possível que seu companheiro Wellington não tenha a mesma sensação quando o esfregam; não, Harry fica muito excitado depois dessas massagens, na verdade, na última vez prestou uma homenagem com sua mão direita, naturalmente, pensando no cara da recepção, não em certo loiro mimado.

Naturalmente.

Harry deixa todo melindre quando volta da última missão; sua perna sofreu uma lesão leve e Grimmauld Place está cheia de escadas, por isso aparata n'A Torre no dia seguinte. Enquanto sobe as escadas nota como seu coração se agita, mas todo se deve ao esforço, a ansiedade não descarregada. Ao aparecer na clínica de Malfoy, um sorriso se forma em seu rosto ao ver Kevin de novo na recepção: o garoto o cumprimenta com um sorriso mais que agradável enquanto atende a uma jovem bruxa.

— Senhor Potter — saúda quando a mulher sai do lugar. — É uma honra ter sua presença de novo... Está mancando? Sofreu algum acidente? — interroga, com o rostro tingido de preocupação.

— Hum, não, venho de uma missão em que fui ferido. Posso ir ao St. Mungus, mas... lá há muita publicidade sobre minha pessoa. Quero um lugar mais... íntimo — Harry se chuta mentalmente jurando a si mesmo que "íntimo" não soou como "quero tirar a roupa". Kevin, no entanto, parece entender.

— Claro — abre o livro grosso e adiciona —, vou ver se posso fazer um encaixe.

— Em quantos são?

Kevin parece ainda absorvido na leitura dos horários agendados.

— Perdão?

— Perguntei em quantos vocês são. No local. Curiosidade.

Kevin o olha com seus doces olhos castanhos.

— Quatro massagistas e o chefe. Eu vou ver se você pode escolher terapeuta.

Harry amaldiçoa sua estupidez.

— Não, não, não importa, realmente... não quis dizer isso. Eu... qualquer um está bom.

Kevin lhe sorri, apontando uma folha.

— Temos uma brecha aqui: às seis da tarde; quem sabe é um pouco tarde para você, senhor Potter, mas...

— Harry. Me chame de Harry.