Chove lá fora,
Cada lacrimejo do céu,
É um sinal que tudo vai mudar,
Eu so espero que a chuva acabe,
Antes que não sobre mais nada para derramar.
Eu construí meu império,
Onde eu quero viver cercado de memórias,
Não posso deixar que tudo molhe lá fora,
Mas não quero sair para o dia,
Ele parece uma pedra em falso,
Prestes a cair em minha cabeça,
Por isso não vou me mover,
E nem me esgueirar pela parede de farpas e medo.
Nada pode me derrubar,
Exceto meu querido amor imoral,
Nenhum oceano ou chuva,
Pode apagar o medo que queima,
E Nenhum terremoto ou descuções,
Pode destruir meu muro envenenado,
(exceto meu querido amor imoral).
Eu construí ele com cada amarra do coração,
Dei a ele e força da minha lágrimas mais sóbrias,
Dei a ele o silêncio dos meus olhos,
Para que me esqueçam.
Nada entrará,
Foi tudo colocado em seu lugar perfeito,
Não pretendo desmoronar hoje,
Porque ontem eu fracassei,
Mas farei meu mundo fluir novamente.
Chove lá fora,
E os chuviscos que pingam em minha janela,
É um sinal que talvez as coisas mudem,
Gostaria muito de poder dançar na chuva,
Porém a frieza com que ela me olha,
Me afirma nas minhas decisões,
E a maneira com que quero te deixar,
Não me deixar para trás.
Chove lá fora,
A única coisa que sai do meu rosto,
São lágrimas mal resolvidas,
E ninguém ou nada pode resolver,
Nenhum prazer ou tentativa de respirar,
Me farar sorrir pela floresta,
Ninguém ou nada me fará ver beleza nas canções felizes,
Nenhum verão ou fôlego,
Me fará caminhar tranquilamente pela felicidade hipócrita,
(Exceto meu amor imoral).
-Leonardo Aguiar
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Arte dos Anjos
PoetryEm um mundo hipócrita, onde a moral religiosa e a intolerância reina, tente não olhar apenas o presente, una todos os tempos e reflita seus conceitos e tudo que está ao seu redor. Espero que gostem do meu novo Livro.
