Agora as coisas começaram a ficar divertidas pra Hella. Finalmente os casais estavam se unindo.
Podye estava esperando por ela no portão da frente.
- Por que demorou tanto?
- Estava resolvendo umas coisas. Digamos que não iremos sozinhos no Blodmir amanhã.
- Como assim?
- Te explico no caminho. Onde vamos hoje?
- Bem... Acho que alguém comprou duas entradas para pré-estreia Noite longa.
- Mentira? Que legal!
- Você estava falando dele a tanto tempo. Mas temos que ir, vai começar daqui uma hora.
Começou a chover.
Depois do filme eles tiveram de ir para a casa do Podye em seu carro, pois a chuva ainda não havia acabado.
- Ligamos pra sua mãe quando chegarmos.
- Tudo bem, acho que assim fica até melhor pra irmos ao Blodmir.
- Então... Vamos ter que chegar atrasados.
- Porque?
- O Carl me pediu ajuda para concertar o carro amanhã cedo.
- Mas tínhamos combinado...
- Eu sei. Vai ser bem rápido.
Na sala da casa de Podye, Carl estava deitado no sofá de boca aberta, com uma garrafa cerveja quase vazia na mão, três outras jogadas na mesa de centro com alguns cigarros e pacotes de camisinha.
- Me desculpe. Eu não sabia que ele já tinha chegado... De novo.
- Tudo bem, estou quase me acostumando.
- Não vejo a hora de conseguir uma casa pra gente. - Podye abraçou acintura de Hella. - E deixar esse porco aprender a cuidar da casa.
- Eu também não vejo a hora de poder vir pra cá e ficarmos a sós. - Hella fecha os olhos e beija Podye, com as mãos em seus ombros.
- É... Mas primeiro vou avisar seu pai que está aqui.
Não era a primeira vez que Hella tentava agarrar Podye na casa dele e ele achava uma desculpa.
- Sr. Ponth é o Podye... Sim sen... Ela está aqui... Eu sei... Sei que deveria ter avisa... Ok. Ela lhe disse sobre o Blodmir amanhã? Sim... Tudo bem Sr. Pon... Eu levo sim. Até amanhã então.
- Então?
- Seu pai estava preocupado.
- Não sei porque. Já tenho 17 anos. Ele não me deixa fazer nada.
- Sua idade não vai fazer com que ele te deixe livre. Ele...
Um trovão muito forte cortou Podye, e o raio cortou a energia.
- Acho que é um sinal avisando a hora de dormir.
Podye pegou uma vela pra ele outra pra Hella, depois foi para o quarto. Hella aproveitou para pegar uma das camisinhas e depois subiu atrás de Podye.
- Pode dormir na minha cama, eu durmo no colchonete velho do meu pai. - O pai de Podye era um herói pra toda cidade. Ele foi um dos principais motivos pela vitória da cidade na guerra.
- Por que não dorme comigo? Está frio.
- Porque não Hella.
- O que seus amigos pensariam se soubessem que teve esse tipo de chance e jogou fora?
- Não sei o que diriam, e não me importo com o que diriam. Não vou fazer nada desse tipo por eles.
Alguns minutos se passaram. Hella desceu de sua cama e foi para o colchonete de Podye apenas com a roupa debaixo. Não havia luz no quarto.
- Hella, eu disse não.
- Eu sempre tento fazer o que te agrada. Deixo de sair com meus amigos pra sair com você. Parei de ir ao Nigrod porque você me pediu. Faça pelo menos hoje o que me agrada. - Hella colocou a camisinha na mão de Podye.
- Tudo bem.
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Manto Dourado
Teen FictionUm grupo de adolescentes comuns, cada um com seus diferentes problemas pessoais, familiares e amorosos, viajam para uma ilha famosa. Os problemas deles parecem se resolver com o tempo, mas os problemas da ilha acabam atrapalhando o passeio.