Contos de Bruxas

Meu amigo de nariz vermelho

Meu nome é Kate, sou psicóloga e trato uma menina que possui esquizofrênia.
Deixa eu explicar do começo. Um dia um casal com uma filha de 10 anos veio ao meu consultório alegando que precisavam de ajuda, disseram que ela era uma criança diferente desde pequena, ficava olhando fixamente para cantos e falava com coisas invisíveis, eles achavam que era coisa de criança mas as atitudes dessa meninas foram piorando. Então decidiram buscar ajuda, e aqui estou eu, cuidando do caso de Emily Clear.
Depois de um tempo analisando seu caso, pude notar um pequeno grau de esquizofrênia, ela falava com as pessoas normalmente, agia normalmente mas achava que era acompanhada por um "amigo" de nariz vermelho.

- Oi, Emily. Como vai você? 

- Estou bem, Tia Kate. E a senhora? 

- Ótima. Tem alguma coisa que queira me contar?

- Nada demais, fiquei brincando com meu amigo.

- Serio? Que bom! Que amigo é esse?

- Aquele que te falei outro dia, de nariz vermelho. Ele disse que sou uma menina muito especial para ele.

- Ah! Mas é claro que me recordo. Do que vocês brincaram?

- Não lembro...

Pude reparar que quando ia me responder, deu uma olhada para o lado e fez um olhar meio preocupado. Então resolvi perguntar
- O que foi? Tem algo aí? Por que parece assustada? 

Ela veio em minha direção e sussurrou no meu ouvido :
- Ele está aqui, e disse que não posso falar o que fizemos.

- tem algum momento que nós possamos conversar sozinhas?

- Não,  ele é como minha sombra,  esta sempre comigo.

- Que tal você escrever uma carta para mim, dizendo o que aconteceu?

-Eu vou tentar.

Dias se passaram e eu estava a espera de uma resposta de Emily sobre a tal brincadeira efetuada com o seu suposto "amigo". Foi quando recebi uma notícia trágica, seus pais haviam falecido e sua avó decidiu ficar com ela.

Resolvi fazer uma visita a Emily e ver como estava, então comprei uma torta e fui a casa dela. Quando cheguei lá pude observar a tristeza no ar da casa, as plantas do jardim estavam mortas. Toquei a campainha e uma senhora de aparência dócil logo abriu a porta.

- Olá,  quem é você?

- Olá senhora, sou a Dr.Kate e trato a Emily, vim ver como ela está.

- Ah! claro. Pode entrar querida.

Entrei na casa e Emily veio correndo me abraçar, um sorriso abriu em seu rosto parecia aliviada e feliz.

- Tia Kate, como vai a senhora? O que faz aqui?

-  Oi minha amada, vim ver se estava bem.

Enquanto a abraçava, sua avó me chamou para tomar um café na cozinha e Emily logo foi ver televisão na sala de estar.

Sua avó parecia abalada,então decidi dar minhas condolências pela morte sua filha e seu genro.
-Sinto muito pelo ocorrido,deve estar sendo difícil para você passar por isso.

-Obrigada,esta sendo muito difícil mesmo,não é todo dia que uma coisa  tão brutal acontece com as pessoas que você ama...

-Sinto muito te perguntar isso,mas,será que poderia me informar do ocorrido?preciso ter noção do que aconteceu para poder ajudar Emily a superar está tragédia.

-Eles foram brutalmente assassinados no quarto deles.Havia sangue para todo lado e o curioso foi que não houve nenhum sinal de arrombamento nas portas e janelas.Eles encontraram também um círculo vermelho pintado de sangue na parede,os polícias acham que essa é a marca do assassino.Sobre a Emily,não acho que ela precise de ajuda.

-Mas porquê a senhora acha isso?

-Ela aparenta estar bem,disse que tem um amigo que está ajudando ela a superar.

-Você sabe de quem ele se trata?

-Ela não me diz seu nome,ela só me diz que ele tem um nariz vermelho marcante.

Logo já soube de quem ela estava falando,terminei de tomar o café,deixe meu número com a avó de Emily caso algo ocorresse e fui para casa ajeitar minhas coisas para próxima consulta.

Já eram umas 23:00 quando estava me preparando para deitar.Foi quando recebi uma ligação,atendi e ouvi Emily chorando muito,pedindo entre soluços para que eu fosse correndo para sua casa.

Entrei no carro correndo, de pijama mesmo e quando cheguei lá,  a porta estava entreaberta, corri e entrei. Foi quando me deparei com Emily sentada no sangue de cabeça baixa, a última coisa que eu vi foi ela levantando com uma faca na mão e em seu rosto pude observar um nariz pintado de  vermelho, ela saiu correndo em minha direção e tudo que eu conseguia pensar era que...

Espero que tenham gostado amantes do terror. Plágio é crime.