PRIMEIRA VEZ!

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Camila se encantou com o riso de sua mulher. Não era forjado, era sincero, ela realmente estava rindo. Até se esqueceu da situação apavorante em que estava. Se lembrou quando ela cobriu o seu corpo novamente com o seu, e como um animal, que se pôs a rasgar a parte de baixo do vestido.

-Eu não quero! - Voltou a empurra-la, mais apavorada que antes.

-Há minutos atrás você parecia querer. - Disse Lauren, perversa.

-Estúpida! - Camila começou a estapea-la, arranha-la, e ela a agarrou, pra segurá-la.

Dentre tapas, murros, e empurrões, Lauren conseguiu desnudar Camila. O vestido dela agora era como um lençol em baixo das duas. Ela agora chorava silenciosamente, e fraca, tentava empurrá-la.

-Você vai me machucar. - Choramingou, ao sentir ela finalmente se posicionar pra invadi-lá.

Mas Lauren não parecia estar ouvindo-a. Com um único movimento, Lauren se enterrou nela. Por dois segundo o silêncio predominou, até que o grito de Camila se ecoou pela casa.

-Você está me rasgando! - Gritou, empurrando-a.

-Fique quieta. - Murmurou Lauren, com a voz rouca, segurando o quadril dela no lugar. - Vai passar. - Ela acariciou o rosto dela, repentinamente calma.

Mas não estava passando. Doía, ardia, Camila sempre sonhou com esse momento, seria bonito, romântico, entrega de ambas as partes, tanto dela, quanto do marido ou esposa. Mas agora estava ela, sendo rasgada pela aquela animal. Quando Lauren começou a se mover, Camila franziu o cenho, esperando por uma dor que não veio. Ela estava assustada, atordoada pelo que estava sentindo, e se condenando por gostar daquilo. Mas então Lauren a beijou. E ela não lembrava mais o próprio nome. Ela só lembrava de após um tempo ter sentido um turbilhão de sensações levar seu corpo, e então ela desmoronou. Camila acordou no dia seguinte, ao se mecher em algo macio. Abriu os olhos, e o que viu foi o dorsel da cama. Ela se sentou e descobriu que doía. Suas costas doíam (na hora da queda), os pulsos doíam, ela estava toda ardida, machucada. Mas aquela cama era tão confortável... Ela olhou pra baixo, e estava vestida em uma camisola branca de algodão, alvinha, que ela sentia ir até o pé. Tinham cinco travesseiros a acomodando. Dois lençóis a cobriam até a cintura.

Tudo naquela cama era branco: Algodão e linho. Ela se virou, pra dormir de novo, e viu uma bandeja. Tudo que podia se querer pra um café da manhã. Do lado tinha uma rosa vermelha e um bilhete.

"Petit,
Tive que sair, houveram problemas no trabalho. Os empregados estão aí, irão atender tudo o que você pedir.
Eu mesma preparei o café pra você.
Logo estarei de volta, não saia da mansão.
Espero que esteja bem.

Lauren

Pecado - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora