Capítulo 4

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- Catherine está internada em um clinica de reabilitação. - diz Mary - Ela teve uns problemas com drogas e concordamos que seria melhor para ela.

- Ah. - é tudo o que consigo dizer.

Minha mãe está viva.

E nem se deu o trabalho de vir me procurar.

Mas também não deveria esperar isso dela.

- Ela nunca tinha me dito que eu tinha uma irmã. - continua - Descobri por uma foto que encontrei em suas coisas, de quando você era criança. 

Mary passa a foto pela mesa em minha direção. A foto esta desgastada e com uma mancha, como se estivesse molhado, mas consigo identificar minha mãe me segurando no colo com um sorriso radiante. Nem parecia a pessoa que nos abandonou.

Ela guardou uma foto minha.

- E tinha que te encontrar, tinha que conhecer minha irmã.

- Você não é filha do meu pai não é? - pergunto, com medo da resposta.

- Não. - ela diz e desvia o olhar. 

Menos mal.

Minha cabeça gira.

É dificil raciocinar tudo isso.

- Posso te passar o endereço de onde ela esta internada, se quiser ir ve-la. - o tom de sua voz inocente revela que ela não sabe o que aconteceu.

- Não obrigada. - digo em um tom áspero e frio. 

- Catherine te amava Harleen, eu sei o jeito que ela falava de você e...

- Não, ela não amava!  - a interrompo e me levanto bruscamente da mesa, trazendo a atenção de todos na biblioteca para mim.

- Harleen... - Mary tenta dizer, mas não posso deixar que continue com essas mentiras por sentir pena de mim.

- Não Mary! Catherine me abandonou, a mim e a meu pai, eu era uma criança. - digo, agora quase gritando, mas não me importo. - Catherine não é e nunca foi minha mãe! Uma mãe não abandona a própria filha! 

Meu sangue ferve em minhas veias, sinto a raiva subir pelo meu corpo, não sei se pelo fato de ela ter mencionado a vaca da Catherine ou por saber que Mary teve a mãe que eu sempre quis ter.

- Os medicos da clinica acreditam que ela tenha uma doença piscologica, e por conta das drogas está piorando. - Mary diz num sussurro e um olhar aparentemente triste.

- Que otimo! - digo friamente e saiu da biblioteca. 

Escuto a voz de Mary chamando meu nome enquanto ando em direção a porta, mas não me viro, apenas sigo em frente. Subo as escadas para o ginásio e atravesso o corredor que dá acesso a meu lugar favorito, a sala de ginástica.
Tiro a calça jeans apertada e a blusa desconfortável e dou lugar a um shorts e blusa de ginástica.
Preciso tirar essa tensão dos meus músculos.
Começo a me alongar e me penduro em uma das barras. Sinto meus músculos se contorcerem  no memento em que jogo minha cabeça para trás, meu quadril doe um pouco por conta da flexibilidade, mas é uma dor muito prazerosa. Enquanto faço os movimentos calmamente vou esvaziando minha mente, de tudo e de todos.

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⏰ Última atualização: Nov 24, 2016 ⏰

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