THE MUTANTS

Capítulo 4

Hayley, pelos céus, acorde! Hayley isso tudo é uma ilusão, não os deixe entrar em sua cabeça. Você não poderá ver sua família de novo. Trouble! TROUBLE, por favor, acorde antes do pior...

HAYLEY!

Ela voltou, buscando o máximo de ar que pudesse pegar. Sua respiração fraca quase não dava para sentir, mas o pior não aconteceu.

-Senhor Donnevan, a garota acordou. – Avisou um dos guardas, batendo à porta e interrompendo a conversa grupal na sala.

-Ok, daqui a pouco dou uma olhada nela. – Disse Brian, voltando a conversar com o velho alto de cabelos brancos e a linda loira de batom e vestido vermelho.

-Senhor, a garota está muito alterada... – Avisou de novo o guarda, dessa vez fazendo uma careta.

-Ela pode esperar! – Aumentou uma oitava o seu tom, repreendeu o guarda com o olhar e continuou conversando. – Então, como eu estava dizen...

-Senhor... Ela desapareceu! Disse que não voltará. – Agora ele tinha conseguido sua atenção. Brian se levantou da cadeira num pulo, rolou os olhos em desaprovação.

-Por favor, a maioria deles faz isso. Se rebelam, gritam, esperneiam, mas depois aceitam. Isso não é novidade, resolva e não me incomode mais, eu estou resolvendo assuntos importantes. – Sua voz voltou ao tom calmo e frio de sempre.

-Ok senhor. – O guarda deu as costas em passos largos e saiu. Tudo estaria em perfeita ordem se ele não tivesse voltado. – Senhor? – O guarda bateu na porta duas vezes. Batidas rápidas e desritmadas.

-O que?

-Senhor, a garota está quase quebrando as correntes! – O guarda já estava ficando nervoso.

-O que? São correntes! – Ele estava nervoso e exausto, já era noite, tinha passado os últimos dias caçando mutantes. Conseguiu prender vários, como de praxe, mas precisava descansar. Era forte, mas não era de ferro. O guarda nem precisou explicar para ele saber que só ia entender mesmo vendo. Passou à mão na testa – ele sempre fazia isso quando estava tentando buscar calma – e respirou. – Vamos, vamos! – Pediu licença a loira e o senhor e caminhou em passos largos pelo corredor. O guarda o seguiu.

-Mas ela estava numa sala normal... – Comentou o guarda.

-Muito petulante essa Kenneth, eu vou mostrar a ela que as coisas aqui não são como ela pensa. – Pegaram o elevador e subiram para o 20º andar. Saíram direto em outro corredor, dessa vez pequeno. Suas paredes eram escuras, poderia se dizer que chegava a ser um pouco assustador. Não havia nada nele, a não ser uma porta da mesma cor no final. Brian e o guarda caminharam em passos largos até ela, que foi aberta depois de Donnevan digitar uma série de números, que não pode ser vista pelo outro. A porta se abriu, liberando uma visão extremamente diferente do que poderia ser vista por qualquer pessoa normal no prédio. Tudo era de encher os olhos, bem iluminado, com bastante tecnologia.

    Na primeira sala ficavam os responsáveis pela segurança daquele departamento e de todo o andar. Passos à frente dois grandes guardas faziam vigia, alternando passos largos de um lado a outro. Tinham no lado esquerdo do bolso armas de choques e de fogo, seus uniformes eram na cor azul escuro, assim como o do que estava atrás de Donnevan. Andando mais um pouco, na próxima porta, havia uma sala de tamanho médio, bem mais equipada que as outras, as paredes eram pintadas em cores vermelho vinho e preto, – o que não tinha nada a ver com o resto do ambiente - era a sala da Betty. A assistente de Brian, peculiar, e não usa fardamento nenhum, se veste da maneira que bem entende. Diferente do resto dos funcionários, que sempre estão fardados e engomados. Brian por sua vez não liga, ela é uma ótima pessoa e trabalha de forma excelente, e é sua mão direita lá dentro, isto para ele é o de menos.