Capítulo 3 - Crazy in love

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   Loucura no amor | Beyonce

      "Não tenho sido eu ultimamente,      estou sendo tola, não sou assim"

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      "Não tenho sido eu ultimamente,
      estou sendo tola, não sou assim"

"Você fala como se fosse um clã ou uma organização criminosa" Ele dá um largo sorriso "São apenas pessoas que tem gostos diferentes"

"Diferentes como sadomasoquismo?"

Crazy in love em uma versão mais sexy toca pelos altos falantes e eu me surpreendo, que em um lugar tão formal tocasse Beyonce.

               " I look and stare so deep in
                                                 your eyes"

Eu poderia ter um orgasmo com aquela voz!

"Não necessariamente, mas essa pode ser uma das coisas. Todos aqui são livres para gostarem do que quiserem"

"Qual é o seu gosto peculiar?"

Sadomasoquismo não, sadomasoquismo não, meu subconsciente insiste.

Sadomasoquismo nunca foi algo que me excitasse. Eu realmente não acho instigante ver uma pessoa sentindo dor ou humilhação para o meu prazer.

William não responde, apenas me encara de uma forma ameaçadora ou misteriosa.

"Se você faz parte dessa organização, grupo, ou o que seja, você tem um gosto diferente. Qual é?" Reforço a pergunta.

                            "Ya got me looking so
                                      crazy right now"

Ele me vira rapidamente, deixando-me de costas para ele. Uma de suas mãos aperta meu quadril e a outra tira meus cabelos de meu pescoço, o deixando exposto.

Tudo aconteceu tão rápido que eu mal consegui reagir.

Seus lábios se arrastam suavemente pela minha pele exposta, até chegar ao meu ouvido.

"Isso você vai ter que descobrir. Você decide se quer ou não" William sussurra e nos separa novamente, voltando a dançar.

Por um momento tudo em minha volta pareceu parar. Eu poderia ter um orgasmo com aquela voz!

Sorrio ao repetir o mesmo pensamento que tive ao ouvir a voz de Beyonce.

       "Got me looking, got me looking
                                       so crazy in love"

A música chega ao fim e William segura em minha mão, me puxando para algum lugar.

Com certeza simpatia e cortesia não eram o seu forte.

"Quero te apresentar a alguém" Ele diz vendo minha cara de espanto.

Fiquei surpresa novamente. Esse homem vive me surpreendendo. E olha que não faz tem quatro horas que eu o conheci.

Ele queria apresentar uma acompanhante de luxo para alguém? Como assim?

"Olá Bennet" William coloca-se a frente de um senhor.

Como todos ali, ele estava muito bem vestido em seu terno caro. Eu saio com muitos os homens e sei reconhecer um bom tecido quando o vejo.

O senhor parecia ser o centro das atenções. Todos que passavam o cumprimentavam.

"Como vai? Quanto tempo!" Bennet, como William o chamava, o cumprimentou.

Seus cabelos negros eram charmosamente penteados para trás e mesmo a distância dava-se para sentir seu perfume.

"E quem é essa?" O senhor indaga "Sua namorada? Já estava na hora! Seu irmão já vai se casar e você ainda continua nessa sua vida de solteiro"

William visualmente desconfortável, apoia sua mão em minha cintura e responde:

"É sim!"

Encaro-o incrédula. Como assim?

O senhor muito contente com a resposta, nos olha com uma felicidade evidente nos olhos.

"Qual é seu nome minha jovem?" Bennet me encara com seus olhos negros.

"Ruby" Respondo sem jeito.

Chego em casa após a festa. Foi uma festa boa e ruim ao mesmo tempo. Por um lado eu me diverti bastante mas por outro, eu esperava algo realmente "peculiar", o qual não tive sucesso.

Charles me deixou em casa, junto com William. Os dois levaram um grande susto quando viram o lugar onde eu moro.

Não era nada luxuoso ou bem frequentado como os lugares que eles estavam acostumados.

"Calma gente, não precisa fazer essa cara. Não é o melhor lugar do mundo mas dá para viver" Digo ao ver os dois olhando espantados.

Saio da limusine, mas não sem antes pegar o maior cachê da minha vida.

"Obrigado, senhor Morris" Digo descontraída ao sair do carro. Seu semblante que até então era rígido, agora se tornou surpreso.

Abro os meus olhos lentamente, tentando me acostumar com a luz. Minha cabeça dói vibrantemente e no mesmo momento eu sei que foi aquela maldita bebida colorida.

O alto som de toque do meu celular, ecoa por todo quarto. Foi isso que me acordou tão cedo!

Olho no visor "Beatrice"

Bato com o travesseiro em meu rosto. Ai não, eu não mereço!

Atendo já sabendo o que iria ouvir.

"Ruby, mais um cliente.."

27/11/2016

Gostos peculiaresOnde histórias criam vida. Descubra agora