Seis

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Narrador;

Hoje seria a volta de Yugyeom para o colégio, depois de mais de um mês longe, os três amigos o esperavam na porta de seu prédio, eles não deixavam o mais novo fazer mais nada sozinho, Yugyeom até que estava gostando de ser mimado daquele jeito. Jackson estava falando de um rapper que havia fechado contrato com a gravadora dos pais deles e que provavelmente viria estudar na academia em NY.

Jackson sempre gostou de escrever, apesar de não saber se daria um bom rapper, ele escrevia todos os dias, principalmente sobre seus amigos. Não sabia demonstrar muito seus sentimentos, mas quando precisava falar algo sério escrevia uma música e dava a algum de seus amigos que as recebiam sorrindo.

Chegaram na escola e como sempre atraíram olhares, agora mais do que nunca já que Yugyeom estava com eles. Eles pareciam andar em câmera lenta e começaram a rir que nem idiotas no meio do caminho do corredor.

- Isso parece cena de filme – Bam disse carregando a sua bolsa e a de Yugyeom.

- Eu estou com sono – Jackson  disse se apoiando no ombro de Yugyeom segurou o amigo pelos braços.

- E me diz uma novidade – Youngjae disse e foram para a sua primeira aula. Viollet estava lá, ela constantemente encarava Yugyeom que fingia não saber da existência dela. Os outros alunos da sala esperavam um luta livre entre eles.

- Ei – Jackson disse para Viollet que o olhou confusa e todos na sala pararam de falar – dá pra você parar de secar o meu amigo aqui? – ele falou e a sala todo começou a rir. Viollet saiu de lá e parecia chorar. Jackson riu e os outros meninos também o fizeram. Yugyeom se sentiu um pouco mal, mas logo lembrou das coisas que ela o fez passar. O professor de história entrou na sala e começou a sua aula logo. Não teve muitas coisas interessantes naquele dia.

Todos foram para suas casas logo depois de deixarem Yugyeom na sua. Sua irmã estava na casa de uma amiga, então ficaria sozinho até ela chegar. Pela primeira vez estava sozinho, sem ninguém para observa-lo, foi lentamente andando por toda a sua casa até chegar em seu quarto. Fechou a porta e sentou no chão encostado nela. Abraçou os joelhos e olhou a janela.

Sua mente parecia falar com ele pela primeira vez desde que acordou, não tomava seus remédios a mais de um mês, por mais que gostasse da sensação, sentia uma estranha falta de seus remédios, era como se o seu corpo os chamasse, como se não pudesse viver sem eles. Se levantou e foi até o seu banheiro abrindo o armário e tirando os quatros potes de remédios diferentes.

- Não! – falou para si mesmo tentando reprender a própria mente que agora gritava, ria e chorava pedindo o remédio – NÃO! – tacou o pote na parede e sentiu a respiração ficar pesada – eu sou mais forte que isso, eu sou – agora com as mãos nos ouvidos tentava fazer as vozes em sua mente parar.

Ele voltou para seu quarto e tentou achar seu telefone na bolsa, suas mãos tremiam e ameaçava chorar, porque com ele? Discou um número e se sentou no chão esperando alguém atender.

- Yug – a voz de BamBam fez Yugyeom suspirar aliviado.

- Fala comigo, por favor – ele implorou e Bam pareceu confuso.

- Okay, o que você precisa falar? – ele perguntou calmo.

- Eu não sei, eu só preciso me manter distraído Bam – ele disse com a respiração pesada.

- Distraído do que Kim? – ele pareceu mais sério agora.

- Das vozes, elas tão me – engasgou – elas tão gritando, gritando, fala comigo – implorou mais uma vez.

- Eu ouvi falar que a gravadora está procurando novos talentos, seria uma boa a gente se inscrever – ele disse e Yug riu.

- A gente não ia dar certo, acho – falou.

- Claro que iriamos, somos demais – Bam riu no fundo o que fez Yugyeom dá um leve sorriso. Gostava da risada de Bam, o fazia se sentir bem, mas BamBam estava rindo só para tentar acalmar  Yugyeom.

- Você poderia vir aqui hoje? Eu sei que já passou tempo demais aqui e deve ser um saco, mas se não der eu entendo –Yugyeom disse e novamente recebeu um risada de BamBam que fez seu coração aquecer, porque estava se sentindo daquele jeito?

- Eu já estava indo – ele disse – vou continuar falando até chegar ai, então hoje o céu está nublado – Bam  disse.

- Sim, está frio – Yugyeom ainda estava sentado no chão, as lágrimas agora faziam o seu rosto gelado por causa do vento que entrava pela sua janela. Alguns minutos depois a campainha de seu apartamento tocou e ele foi correndo abrir a porta, dando de cara com um BamBam de olhos azuis.

- Yugyeom-ah – falou e fechou a porta. Por um momento o sorriso dos dois podiam iluminar uma cidade inteira, mas logo se apagou, Bam segurou rapidamente Yugyeom que desabava em seus braços chorando e tremendo.

Blue Contacts // YugBam Onde histórias criam vida. Descubra agora