Vinte e oito

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Narrador;

BamBam virava talvez o decimo copo de alguma bebida que nem lembrava mais qual era. A música alta dentro da casa da fraternidade fazia seu corpo vibrar e seu coração quase pular para fora. Mas não se importava. Nada que acontecesse a mais naquele dia deixaria BamBam mais triste do que estava.
Saiu andando entre as pessoas, as pessoas falavam com ele e ele sorria. Sorria, pois se falasse ele começaria a chorar e bater em quem tivesse na sua frente. Andou pela enorme casa até que se cansou e saiu dela com dois copos na mão e se dirigiu para seu dormitório.
Todo o campus estava em festa, e ele nem lembrava o porquê. Entrou no prédio em que morava e bebeu o ultimo copo que tinha nas mãos o jogando pela escada. Subia cambaleando e quase caiu várias vezes. Andava pelo corredor quando viu duas pessoas se beijando perto da sua porta. Conhecia uma delas.
Puxou a cabeleira castanha com força, tacando o menino no chão que o olhou confuso, parecia que não estava afim de brigar, mas BamBam estava e se colocou em cima dele o socando três vezes até ser puxado pelos braços.
- Sai daqui – disse quem lhe segurava e o outro assustado saiu correndo – mas qual a porra do seu problema BamBam? – perguntou.
- A porra do meu problema é você – se virou empurrando o menino contra a porta e ele fez uma careta de dor – é tudo sua culpa – falou cambaleando e tentando acerta-lo sendo impedido pelo mesmo.
- Você está bêbado? – perguntou se aproximando recebendo um tapa no rosto – isso é.... novidade – passou a mão no rosto.
- Não Yugyeom – disse rosnando – eu estou ótimo, olha pra mim, não vê que eu estou ótimo? – riu em seguida acertando um soco no rosto de Yugyeom que lhe olhou incrédulo sentindo a bochecha arder. BamBam o agarrou pela gola da camisa e o puxou para perto de seu rosto, estava praticamente colado.
- Bam-BamBam? – Yugyeom falou sendo interrompido pelos lábios de BamBam que se juntaram rapidamente com os seus.
Não teve tempo de se soltar já que todo o seu corpo correspondia BamBam. As línguas se encontraram em um choque de sensações e ferocidade. Yugyeom pôs as mãos na cintura de BamBam o puxando para si e logo apertando sua bunda. O mesmo puxava os cabelos de Yugyeom o imprensando mais e mais com seus lábios.
O ar faltou e BamBam atacou o pescoço de Yugyeom que apenas se deixava levar pelos beijos e mordidas em seu pescoço. Estava tomado pelo prazer que aquilo lhe trazia. Logo BamBam voltou para seus lábios os mordendo e sugando agora de modo mais devagar e de extrema excitação.
- Bam – Yugyeom o empurrou ofegante e o olhou – o que aconteceu? – perguntou tentando controlar a respiração, mas era bem difícil.
- Eu fui reprovado Yuggie – disse rindo abanando o rosto de forma irônica – a culpa daquela gripe escrota que eu peguei – riu e Yugyeom o olhava sério. Ele me culpava, pensou, ótimo mais um para a lista de "sonhos que Yugyeom destruiu".
- E por que você me beijou? – pergunta idiota. BamBam era bem mais aberto quando bebia, e isso quase nunca ocorria, mas quando ocorria ele podia te fazer sentir as melhores e piores coisas ao mesmo tempo.
- Porque eu posso – falou debochado passando por Yugyeom abrindo a porta do seu quarto e ficou parado na porta o olhando da forma mais sexy que fez tudo em Yugyeom arrepiar, tudo mesmo – então você vai entrar ou não? – perguntou.
- É, acho melhor eu...
- Entrar – o puxou pelo pulso o fazendo entrar em seu quarto e trancou a porta.
- BamBam você está muito bêbado, a gente não pode fazer isso – disse e Bam ficou na sua frente o encarando e piscou algumas vezes.
- Claro que podemos, afinal, eu não vou lembrar de nada mesmo – riu batendo de leve na própria cabeça.
- Mas eu vou – disse Yugyeom e BamBam foi até seu armário pegando uma garrafa cheia de bebida.
- Então tente esquecer – lhe deu a garrafa e o menino lhe olhava sentindo tudo pegar fogo ao seu redor.
- Vai se foder – disse.
- Vou – riu tirando a camisa e Yugyeom não conseguiu parar de olha-lo, tanto pelo corpo maravilhoso que ele tinha, como pelas pequenas cicatrizes de cortes que se espalhavam em sua costa – mas eu vou te levar comigo – piscou se aproximando mais e mais.
- Você não pode – disse sentindo seu corpo tremer. Ele não queria aquilo, não podia voltar a sentir algo por ele. Não podia.
- Posso, você arruinou minha carreira de ator – ele tomou a garrafa da mão de Yugyeom abrindo a mesma – você me deve – riu bebendo um pouco do liquido da garrafa.
- Sua carreira nem começou BamBam – Yugyeom rebateu e ele riu.
- E daí? - se aproximou juntando os lábios deles calmamente, Yugyeom fechou os olhos sentindo aquilo, era bom, mas não podia – vamos – disse com a boca colada na dele – vamos Yuggie – saiu arrastado e aquilo foi o que precisava para Yugyeom arrancar a garrafa da mão dele e beber.
- Espero que você não me decepcione – disse puxando o mesmo e o beijando com vontade de forma desesperada.
- Eu já fiz isso, mas pretendo não fazer de novo – falou e o puxou para a cama.

------------Imaginem o que ocorreu-------

BamBam e Yugyeom olhavam o teto do quarto. As respirações já haviam se normalizado. O suor do corpo secou com o vento frio vindo da janela aberta. Aquele desejo passou e o que estava eram dois coração completamente quebrados e mentes confusas. Eles não podiam, eram o que pensavam. Traíram a eles mesmos.
- Eu vou me lembrar – Yugyeom disse sentindo o ombro de Bam encostado no seu e consequentemente sua respiração também.
- Eu também – disse BamBam baixo. Todo o álcool do seu corpo se esvaziou, sentiu cada parte do corpo de Yugyeom, sentiu Yugyeom e aquilo lhe trouxe a sobriedade em segundos.
- É confuso, eu estou triste – disse Yugyeom se levantando e sentando e BamBam fez o mesmo lhe encarando.
- Eu sinto o mesmo – falou e colocou a mão na frente do rosto – me desculpa – disse baixinho e Yugyeom ia colocar sua mão na costa de BamBam, mas recuou ela, não podia se envolver.
- Tudo bem, eu tive culpa também – falou e se levantou pegando suas roupas as vestindo rapidamente, BamBam fez o mesmo. Juntaram os cacos das garrafa vazia do chão e jogaram fora – eu vou embora – abriu a porta e Bam lhe observava da porta do banheiro e assentiu – tchau – disse com tristeza na voz e fitou os olhos tristes de BamBam.
- Tchau – ele disse a porta se fechou lentamente.

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