O relógio

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Esta lenda é relativamente recente, sendo que seu primeiro registro se deu em meados de 2005. Conta a lenda que um ex-combatente de guerra possuía um relógio que havia ganho de seu pai. Era um relógio típico do final do século XIX, que provavelmente foi passado de geração em geração. O homem que possuía o relógio era um homem avarento e egoísta, e não queria de jeito nenhum se livrar do relógio. Certo dia, antes de morrer, todos os familiares se reuniram em torno da cama do homem, vendo seus últimos minutos de vida e tentando amenizar o sofrimento dele. Porém, a alma dele estava corroída de tanto egoísmo que pouco antes de morrer, disse que quem pensasse em se livrar do relógio dele iria sofrer as consequências. Todos a volta ficaram horrorizados com tais palavras, porém a morte não deu mais tempo ao homem, que faleceu logo após dizer estas palavras. Com o enterro feito, os parentes resolveram se livrar de algumas coisas do homem, e o relógio estava nestas coisas. O primeiro a ter a ideia de jogar o relógio de bolso no lixo fora o filho do homem falecido. Na noite que havia tomado a decisão, uma voz se fez ouvir num sonho que estava tendo, e esta voz dizia: "Fostes o primeiro, não serás o último!". Logo pela manhã, o cadáver do filho fora achado ao lado de sua cama, todo ensanguentado. Os familiares, horrorizados, decidiram que não poderiam mais ficar com o relógio, mas ninguém queria tomar uma decisão concreta e jogá-lo fora. Por fim, resolveram guardar o relógio em um baú, e enterrá-lo ao lado da sepultura do velho. Até hoje, ninguém ousou tomar uma atitude, porém como a voz disse, "Fostes o primeiro, não serás o último!".

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