Anestesia.

Meu equívoco ou minha escolha?

Minha mãe é católica, meu pai virou evangélico, tem um pouco de tudo na minha família, e eles conhecem pessoas que fazem "trabalhos".Eu, uma daquelas crianças "perguntadeiras", só tinha uma dúvida séria, (daquelas que a pessoa não esquece), era muito complexo entender isso. Eu sentia falta dos meus pais nessas horas, principalmente da minha mãe, pois o meu pi nunca me deu muita atenção, ele queria mais um filho homem, ( meus pais eram separados, meu pai não quis me criar e nos deixou quando eu tinha 1 ano e 7 meses, e a minha mãe trabalhava fora para sustentar a casa). A minha dúvida era sobre religião. Sempre que queriam que eu não fisesse alguma coisa diziam: Não faça isso, deus castiga. Se for uma criança má ele manda para o inferno. Eu ficava me perguntando o porquê ele me mandaria para o inferno, se eu nunca fiz nada de errado...
Um dia, nesse mesmo ano, eu questionei a minha mãe sobre, e ela disse algo que eu nunca esquecerei "deus é tudo em volta, ele criou tudo e todos, é um ser muito bondoso e quem o questiona sofre". Mais uma vez eu indaguei "porque" e um "porquê sim" da minha mãe não supriu meu desejo de saber.
Quando eu ganhei meu celular eu só usava para fins de estudo, nada de redes sociais ou contato com "estranhos", daí, meu meu irmão caçoou de mim por não ter conhecimento do Facebook nem de e-mail, nada. A princípio eu não liguei, só queria saber mais sobre religião, deuses e etc. Quando coloquei "deus" no Google, apareceram mais de 10.000 resultados, então eu quase surtei. A minha mãe sempre dizia que não crê em deus me levaria para o inferno, mas era mais forte que eu. De início eu não vi todos oa resultados, mas agora eu sabia que não existia somente uma crença, somente uma opinião. Supus então que deveriam ter opiniões diferentes, tipo, como eu, descrentes. Pesquisei então "exiatem pessoas descrentes?" apareceram vários resultados de ateus que fizeram a diferença, logo isso não seria pecado. Fiquei feliz por não ir para o inferno, rsrs, e de saber que eu não era a única a "não crer".