Assumir seria a palavra certa?

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Quando descobri, realmente minha escolha já tinham passado um tempo e resolvi falar para a minha mãe, logo pensei que ela estaria comigo sempre que eu precisasse para me apoiar.
Um dia,  ela e eu, voltando do trabalho, (dela), eu me abri e falei:

-  Mãe, sabe, eu queria falar uma coisa.
-  Fala.
- É que... Eu sou ateia.
- Ateia!? O que é isso?
- Uma pessoa que não crê em nenhuma religião ou divindade...

Ela parou e olhou fundo para mim, sabe, um daqueles olhares que um filho nunca pensa que vai receber da mãe. E então ela disse:

-Ateia!? Ah não! Não basta você escutar essa barulheira que você vive ouvindo, ainda tem que me dar o desgosto de não crê em deus!? Deus é tudo, sem ele não somos nada.
- Pensei que a senhora ia me apoiar nas minhas decisões...
- Apoio sim, nas decisões de futuro, se você me dissesse que iria seguir a religião do seu pai eu não diria nada, mas isso não.

Eu, já estava segurando as minhas lágrimas, quando ela disse:

- Nunca pensei que você iria me dar tanta decepção.
- Mãe o que importa é ser boa, não ter um deus não muda nada em mim! Entende, mãe.
- Eu só sei, minha filha, que agora eu tenho nojo de você.

Nessa hora eu me calei e andei rápido para casa, que ao chegar, começou um barulho enorme. Minha mãe contara para minha vó, aos gritos e ela veio falando de pecado e assim, ficou... Ela sempre tentando me obrigar a seguir uma religião, e assim a gente briga... Quase sempre por isso.

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