Capítulo 3 - Nova Vida

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Oi gente! Tudo bom? Obrigada pelo incentivo e apoio que vocês estão dando! Garanto que a história é maravilhosa, continuem acompanhando ♥
Boa leitura!

15 de Novembro de 2014. Londres, Inglaterra, Reino Unido

Camila's POV

Eu espero muito, muito mesmo, que a cara raivosa da Morgado tenha sido muito bem fotografada pelos fotógrafos do evento. Estava impagável. Ela parecia ter 5 anos! Que competividade era aquela? A menina havia ganhado em segundo lugar e agia como se não tivesse ficado nem entre os 10 primeiros. Nada humilde, mal agradecida. Só não digo "bem feito" pelo tombo que ela levou na frente de todo mundo porque sou uma pessoa boa, e também porque fiquei sim com um pouco de dó dela. Ela estava sendo uma chata, mas ainda sim eu não desejava que ela tivesse pago o micão que pagou.
Assim que me posicionei ao lado dela e trocamos algumas palavras sobre o meu nome ser Karla, fui chamada novamente pelo apresentador para receber um prêmio surpresa. Eu estava muito animada e tímida. Segui para o palco com meu vestido branco colado no meu corpo, deixando amostra minhas belas curvas e meu bumbum volumoso, sentindo todos os olhos sobre mim, principalmente as esmeraldas de Lauren. Sorridente, segurei duas passagens para Cornwall, que eram o prêmio surpresa. Confesso que não sabia onde Cornwall ficava, mas agi como se fosse o melhor lugar do mundo, me mostrando agradecida pelo o que me presentearam.

Depois da premiação, fui parada por dezenas de alunos e professores para que eu pudesse explicar um pouco mais sobre minha teoria de viagem no tempo. Enquanto eu explicava, recebi muitos olhares tortos como quem dizia "Essa menina é louca! Viajar no tempo é impossível", mas eu os ignorei. Eu sabia o que estava falando, e se não soubesse não teria ganhado o prêmio de primeiro lugar. Minha surpresa por ter ganhado foi enorme, pensar que os professores olharam para o meu projeto e viram futuro me deixou muito feliz. No Brasil, eu nunca contei pra ninguém sobre minha teoria, nem para os meus professores, pois sabia que me achariam louca.

Enfiei a maquete na pequena mala na qual a trouxe, tentando colocar o troféu lá dentro também, o que não foi possível. Fui embora arrastando a mala com uma mão, e na outra segurando o troféu. Minha bolsa estava pendurada em um dos meus braços, por sorte era pequena. Eu estava parecendo uma árvore de natal de tantas coisas que carregava, misericórdia!

Tive uma certa dificuldade para achar a estação de metrô para pegar o trem que me deixaria em Nothing Hill Gate, onde eu estava morando com minha mãe e irmã. Já se passava das 18h, e a escuridão tomava conta da cidade londrina. Como estávamos em Novembro, o pôr do sol havia sido às 16h, então tudo estava realmente muito escuro, a escuridão parecia se materializar e tomar conta de tudo ao seu redor. Eu não estava acostumada com isso, já que no Brasil às 18h o sol está apenas começando a se pôr. Imaginem a cena, eu, no meu vestido branco colado com apenas uma simples jaqueta de couro por cima, andando perdida em meio a escuridão carregando uma mala, uma bolsa e um troféu do tamanho de uma melancia? O frio estava congelante, provavelmente por volta de uns cinco graus, e eu comecei a perder controle sobre minha mão, meus dedos não se moviam mais, estavam totalmente congelados. Eu sentia o sangue correndo em minha perna se transformar em gelo, dando uma estranha sensação de que meu corpo todo era estufado com quilos e mais quilos de pedrinhas de gelo. Eu estava desesperada, não achava a estação e sentia que estava cada vez mais longe dela. Até que alguém me chamou.

- Camila?

Me virei e Lauren estava me encarando de dentro de uma Mercedes preta, me fazendo dar um pulo para trás.

- Lauren?

- Sim, esse é meu nome. Entre, rápido, mais cinco minutos nesse frio e você vira um picolé humano. - Ela disse soltando um sorriso fraco

Se Eu VoltarOnde histórias criam vida. Descubra agora