Capítulo 2

103 10 6
                                    


Hey galero, tudo fine com vocês ? bem... eu pretendia atualizar antes, porém, como podem perceber, não deu. :( Mas emfim, não era sobre isso que iria falar. Primeiro. A capa, bem, a capa está mal feita, eu sei, mas é porque eu não encontrei ninguém que soubesse fazer ou que quisesse fazer, então peguei a cara e coragem que me restavam e fiz. Mas juro que é provisória. Segundo. Eu peço desculpas pelos erros gritantes de digitação do Avisos Explicações. Prólogo e Capítulo 1, agora já estão todos devidamente revisados e se ainda assim, tiver algum erro, me avisem que corrigirei. ( Confesso que os anteriores quem viu foi meu namorado porque eu sou vagabundona mesmo e tenho preguiça de revisar. Então se nos próximos caps vier a acontecer, me avisem, por favor. All the love. xx ). Bom, era esse o recado. :))

kisses.

SEGUREM A MARIMBA QUE ESTÁ ESSE CAP!. hahaha

Boa leitura. ><

Harry 3 º C

Eu o vi outras vezes depois daquilo, sempre no frio. Ele ficava parado no limite do bosque com nosso quintal, os olhos azuis fixos em mim enquanto eu enchia o comedouro dos pássaros ou levava o lixo para fora, mas nunca se aproximou. Entre o dia e a noite, um tempo que durava para sempre no longo inverno de Minnesota, eu me agarrava ao velho balanço congelado até sentir seu olhar. Ou, mais tarde, quando já havia crescido demais para o balanço, descia do deque da varanda dos fundos e me aproximava em silencio, a mão para frente, palma para cima, olhos baixos. Sem ameaça. Eu tentava falar a língua dele. Porém, por mais que eu esperasse, por mais que tentasse alcançá-lo, ele sempre desaparecia por entre a vegetação antes que eu conseguisse cruzar a distância que havia entre nós.

Nunca tive medo dele. Era grande o bastante para me arrancar do balanço, forte o bastante para me derrubar no chão e me arrastar para o bosque. Mas a ferocidade do seu corpo não existia em seus olhos. Eu me lembrava do seu olhar, de cada tom de azul, e não podia ter medo. Sabia que ele não me faria mal.

Eu queria que ele soubesse que não me machucaria.

Eu esperei. E esperei.

E ele também esperou, embora eu não soubesse o quê. Eu sentia que era o único a estender a mão.

Mas ele estava sempre lá. Me observando observá-lo. Nunca nem um pouco mais próximo de mim, mas também nunca mais longe. E assim tudo continuou igual, por seis anos: a presença alarmante dos lobos no inverno e sua ainda mais alarmante ausência no verão. Eu realmente não pensava no tempo. Pensava que eram lobos. Apenas lobos.

Louis 32º C

O dia em que quase falei com Harry foi o dia mais quente da minha vida. mesmo na livraria, que tinha ar-condicionado, o calor se insinuava pela porta e entrava em ondas pelas grandes janelas. Atrás do balcão, sobre o banco ensolarado, eu sentia o verão relaxado, como se pudesse manter cada gota dele dentro de mim. Com o lento passar das horas, a luz do sol da tarde descorava todos os produtos nas prateleiras, criando pálidas e douradas versões dos livros, aquecendo papel e tinta dentro das capas a ponto de fazer pairar no ar cheiro de palavras não lidas.

Era isso o que eu amava quando era humano.

Eu estava lendo quando a porta se abriu com um pequeno plim. deixando entrar um sufocante jato de calor e um grupo de duas garotas e um garoto. Eles riam alto demais para precisarem da minha ajuda, então continuei a ler e deixei-os zanzando por ali, falando de tudo menos livros.

Não acredito que teria prestado atenção ás garotas se não tivesse percebido, com o canto dos olhos entre elas o garoto sacudir o seus caichos. O gesto em sí era insignificante, mas o movimento lançou no ar um perfume. Reconheci aquele cheiro. Soube na mesma hora.

CalafrioOnde histórias criam vida. Descubra agora