Capítulo 5

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Já se passaram 5 minutos desde que eles tinham saído de casa para a escola. Um silêncio inquietante foi quebrado por Bryan.
- Poxa cara. - ele apoiou uma das mãos no ombro esquerdo de Brandon. - Você não devia estar triste, seu pai voltou para você.
- Poxa cara. - ele apoiou uma das mãos no ombro esquerdo de Brandon. - Você não devia estar triste, seu pai voltou para você.
Brandon não queria demonstrar o quanto confusa estava sua cabeça naquele momento. Ele sabia sobre a história do pai do seu melhor amigo, ele tinha ido ao enterro dele à cinco anos atrás.
Se lembra que estava em casa, tinha acabado de jantar e estava estudando no seu quarto sobre animais terrestres, quando de repente alguém bateu na porta, alguém que estava chorando.
- Quem é? - perguntou Brandon enquanto  se levantava da cama.
- Sou eu! - Bryan estava com a voz trêmula. - me deixe entrar Brandon, eu preciso de um amigo.
Nessa época os dois eram "recém-amigos", pois a família de Bryan fazia somente alguns meses que tinha chegado à Andovier e quem os acolheu foi o Barão. O pai de Bryan não havia demorado muito para arrumar emprego, tinha começado à trabalhar de lenhador para uma empresa de móveis de madeira, e sua mãe começou à cozinhar para o castelo, em troca de abrigo e alimento.
- O que aconteceu? - A voz dele parecia tranquilizante. - porque está chorando?
Bryan tinha até dificuldade para respirar.
- É o meu pai Brandon. - seus soluços eram agonizantes. - ele está morto.
Naquele instante Bryan o cutucou na barriga.
- Hey Brandon. - ele estava preocupado. - Você está bem cara?
Aquela memória se foi e Brandon voltou ao presente.
- Ah, desculpa. - ele olhou para o céu. - Eu sei que meu pai voltou, mas ele está diferente, parece estar com medo de algo.
- Como assim? - Bryan retrucou.
- Eu vou te contar um segredo. - ele olhou seriamente para Bryan. - você promete não contar para ninguém?
- Prometo. - disse afirmando com a cabeça.
Brandon confiava nele, não teve motivo para perguntar duas vezes.
- Sabe a reunião que o Rei Davi convocou todos os barões? - ele olhou diretamente para ver se Bryan tinha entendido. - Então... O barão do feudo Vendavan não compareceu.
- Tudo bem, - ele não tinha entendido. - o que isso tem haver com seu pai?
Brandon sinalizou para ele ter paciência.

- Com meu pai? Nada. - ele sorriu. - Acontece que existem boatos que o feudo Vendavan foi atacado.
Nesse momento eles chegaram no portão de entrada da escola. Brandon ficou quieto enquanto eles passavam pelos dois seguranças altos que estavam um em cada lado do portão.
A Escola Redmont era uma das três escolas do feudo Andovier, era muito boa, era lá que a maioria das crianças aprendiam a ler, escrever, calcular... antes de seguir seu caminho aos 15 anos, como todos em Soonier.
- Vamos. - Disse Brandon, puxando Bryan pelo braço. - Não fala nada até chegarmos na sala da professora Érica.
Quando eles chegarma na sala, já havia mais de 20 alunos, inclusive Amanda, Amanda Strol. Mas ela não importava agora, mais pra frente vocês saberão.
Eles sentaram no fundo, um do lado do outro, nas duas últimas cadeiras do lado da janela.
- Continue! - Bryan estava bem curioso. - Eles foram atacados por quem?
- Pelos Temujens. - ele viu os olhos de Bryan começar a arregalar. - sim, o povo do reino de Temujo, vizinho de Soonier.
- Mas... - ele não conseguia falar direito. - Porquê? Eu soube à alguns meses antes de vir para cá que o Rei Davi havia feito um acordo com o Líder deles, para que nenhum dos dois reinos entrassem em guerra.
- Sim. - Brandon afirmou. - eu também soube desse acordo, mas algo deve ter dado errado.
- Mas então, - ele olhou para a professora, estava assustado. - Receio que a reunião não era para discutir impostos, certo?
- Infelizmente não. - Brandon abaixou a cabeça. - antes de viajar, meu pai entrou no meu quarto no meio da noite e me acordou de um sonho com a Amanda.
- Brandon, filho, acorda. - Charles estava desesperado.
- O que foi pai? - ele suavizou a voz. - preciso te contar uam coisa.
Os cabelos louros do pai igual aos dele só que já grisalhos, o Barão Charles já devia ter 40 anos ou mais. Seus olhos negros fizeram Brandon se acalmar.
Brandon se sentou e ficou em silêncio olhando para o pai, até que....
- O que está acontecendo pai? - disse coçando o olho esquerdo. - Já é bem tarde.
Passou alguns minutos que pareceram séculos, e então...
- Você ta sabendo que eu vou viajar para o castelo de Soonier. - ele esperou Brandon afirmar para prosseguir. - então, mas o motivo que eu lhe de, aliás, que eu dei para todos de Andovier, está errado.
Até então Brandon não tinha entendido muito bem o porque do seu pai tê-lo acordado essas horas da noite.
- Eu vou explicar para você, preste muita atenção. - Ele agarrou os braços de Brandon com certa pressão. - Eu estou indo para o castelo Soonier para uma reunião confidencial com o rei Davi e os outros barões para organizarmos os preparativos para uma possível guerra contra os Temujens.
- Temujens? - Brandon estava surpresio. - Mas porquê? Eles fizeram um acordo de paz com nosso reino!
- Esse acordo foi quebrado. - ele respondeu sombrio. - eles atacaram o feudo Vendavan à dois dias atrás. Destruíram tudo, casas, tabernas, o castelo do Barão Wilson.
Aquela notícia mexeu com o emocional de Brandon, ele nunca soube de nenhuma guerra que o reino Soonier havia participado, a situação realmente estava feia.
- Mas pai. - ele o abraçou. - Você realmente é tão necessário nessa reunião?
- Sim filho, - ele soltou os braços de Brandon ao redor do seu pescoço. - porque só existe uma rota para o castelo de Soonier.
- E o que que tem pai? - novamente ele não entendeu o porque do desespero do pai.
- O problema é esse filho. - uma lágrima escorreu em seu rosto e pingou em seu braço esquerdo. - o feudo Vendavan está à 100 quilômetros ao sul de Andovier. O próximo feudo à ser atacado será o nosso.
- E então? - Bryan chamou Brandon.
- E então o que? - Brandon estava perdido.
- O que seu pai lhe disse? - Brandon não entendeu. - Quando te acordou, o que ele disse?
E então Brandon percebeu que estava lembrando da cena.
- Ele disse que... - ele pensou um pouco. - ele disse que o feudo Vendavan havia sido atacado pelos Temujens e que iria para a reunião discutir os preparativos de uma possível guerra.
Bryan se manteve em silêncio durante alguns segundos, e então percebeu o porquê daquela preocupação que Brandon estava com o pai.
- Você acha que algo possa ter dado errado nessa situação? - Bryan disse suspeitando de algo.
- Eu acho que sim Bryan. - ele olhou para o amigo. - de qualquer forma, vamos parar de paranóia, quando chegarmos em casa, perguntaremos ao meu pai o que que houve lá.
- Tudo bem. - Bryan afirmou.
E então eles perceberam que a professora érica não estava na sala, todas as crianças estavam jogando bolinhas de papel uma nas outras. E então o sinal tocou, era hora do intervalo.
Eles saíram andando até a cantina.
- Bom dia senhora Angélica! - Bryan disse, animadamente.
A senhora Angélica era uma idosa de 60 anos de idade que trabalhou na cantina da escola desde que eles começaram à estudar lá. Ela tinha cabelos brancos e curtos, sua pele estava nerugada por causa dos anos vividos mas seus olhos ainda tinham o mesmo brilho que quando os meninos entraram na escola, à 3 anos.
- Bom dia meninos! - era incrível, ela tinnha todos os dentes da boca. - hoje o café da manhã é pão francês com geleia de morango, vocês vão querer?
Brandon olhou para Bryan e fez um sinal de negação com a cabeça. Agora Bryan, por mais que fosse o peso ideal para sua altura, vivia comendo.
- Eu quero sim Dona Angélica! - ele disse sorrindo. - São duas moedas como sempre?
- Haha. - ela também estava sorrindo. - Você sabe muito bem que são três!
- A senhora tem a memória boa ein? - ele entregou as três moedas. - obrigado senhora Angélica.
Eles saíram andando pelo pátio no meio daquele monte de crianças de 8 à 14 anos. Brandon não era muito social, como eu disse, o único amigo dele era Bryan, de resto eçle não costumava dizer oi.
O pátio era a única área de lazer que eles tinham, devia ter 80 metros quadrados, lá tinha a cantina, a arquibancada feita de madeira para as crianças sentarem e a zona de refeição para quem fosse comer, tinha mesas e bancos.
O intervalo normalmemnte durava 30 minutos, e esses trnsta minutos para Brandon e Bryan significava se sentar numa parte da arquibancada e comerem seus lanches. Todo dia antes deles saírem para a escola, a Dona Ana, mãe de Bryan, colocava dois lanches com queijo na mochila dos dois, mas como Bryan era guloso, ele comprava mais alguns pois dizia precisar de mais.
O sinal tocou e eles foram indo para a sala, quando ouviu-se um estrondo do lado de fora da escada e todos ficaram em silêncio.
E então a professora érica junto com mais dois professores apareceram e levaram os alunos para a sala.
Já sentados em seus lugares...
- O que será que foi isso? - perguntou Bryan.
- Eu não sei. - os olhos de Brandon percorria a vista para a avenida pela janela. - Eu realmente não sei.
E então outro estrndo foi escutado, dessa vez estava mais perto, parecia ter sido em cima da escola.
As crianças se agitaram e começaram à correr para a escada, Bryan estava indo junto quando a mão de Brandon o segurou.
- Vamos ficar aqui. - ordenou Brandon. - Não sabemos o que está acontecendo.
- Mas Brandon! - ele estava muito agitado. - e se forem os temujens atacando  Andovier?
- Por isso mesmo. - ele manteve o olhar seguro. - vamos ficar aqui na sala e nos esconder embaixo das mesas.
Foi isso que fizeram mais outro estrondo foi ouvido, e não se ouviram gritos de crianças , mas sim de alguns homens na outra sala.
- Fique em silêncio. - ele sussurou aos ouvidos de Bryan.
- Bryan só afirmou com a cabeça.
E entãouma pedra enorme quebrou a janela e atingiu o tero da sala de aula, e tudo desabou.

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⏰ Última atualização: Dec 02, 2016 ⏰

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