Capítulo 07

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Hey guys, mais um capitulo para vocês õ/

O CAPITULO 08 JÁ ESTÁ NO BLOG (link externo). Quero saber a opinião de vocês sobre a fic, o que esperam ou o que querem ver mais, raças, lutas, batalha entre naves? Amo vocês <3

A mulher loira me encarou por um longo tempo e eu não me fiz rogada, mantive a minha pose, Lauren não era dela, então não podia tentar monopolizá-la. Fui até Lauren, seu braço estava enfaixado e ela me encarava como se não entendesse.

- O quê? – Ela apenas negou.

- Lauren já tem que possa cuidar dela. – A Tenente Vives falou.

- Podemos revezar para não ficar pesado para ninguém.

- Isso é sério? – A loira cruzou os braços.

- Lucy, por favor. – Lauren pediu. – É até melhor, ontem você passou o dia inteiro aqui.

- Eu não reclamei disso em momento nenhum, Lauren.

- Eu sei, mas depois você foi ficar com o capitão e nem se quer descansou. Eu não estou te dispensando, é só que me preocupo. – Eu quase revirei os olhos. Que diabos estava acontecendo? Elas estavam realmente juntas?

- Certo. Darei uma passada aqui mais tarde. – Lucy se aproximou de Lauren e lhe deu um beijo no rosto e sussurrou um melhora logo.

Depois que ela saiu apenas me sentei ao lado de Lauren, ela ficou me encarando, parecia querer falar algo, mas não sabia como fazer. Depois de um tempo soltou um longo suspiro e parecia desistido.

- Está precisando de algo?

- Não. Por que está fazendo isso?

- O quê?

- Está aqui cuidando de mim.

- Eu me preocupo Lauren e se preferia a Lucia era só falar. Todos já sabem que vocês estão juntas.

- Todos adoram fazer fofoca. – Lauren murmurou.

- Vai desmentir o que estão dizendo?

- Você está com ciúmes? – A morena arqueou a sobrancelha.

- Não! Que besteira é essa? – Bufei.

- Está me questionando sobre Lucy, parece que é ciúmes.

- Eu não estou com ciúmes, só quero saber, afinal tudo que envolve seu nome, eles colocam o meu.

- Ah claro, desculpe por isso, mas nossas amigas mentiram para nós por quatro meses. – Os olhos dela começaram a mudar de cor, começaram a ficar alaranjados.

- Eu não quero que se irrite, você acabou de passar por uma operação.

- Eu não estou irritada.

- Seus olhos não mentem.

- Como se você soubesse algo sobre mim.

- É! – Pronto agora eu estava irritada de verdade. – Eu não sei nada, em quatro meses você não falava nada sobre você, como eu vou saber?

- Eu não tinha nada para falar.

- Acho que dizer que tem um braço mecânico é um bom começo, dizer que seu sangue é toxico para mim também. Me falar sobre sua família, sobre seu pai e essas coisas.

- Você falou para mim? Me contou algo sobre sua vida.

- Você sabe tudo de mim.

- Sei que sua mãe está na Premium II, só isso.

- Porque eu não tenho mais nada na minha vida. Eu só estudei, estudei e estudei. Eu ainda sou virgem! – Lauren ficou calada. – Eu não fiz nada de interessante, não viajei pelo espaço, não fui comandante, nem mesmo sai com monte de pessoas.

- Você me julga da maneira errada e nem me conhece. Como sabe que sai com monte de pessoas?

- Ah Lauren, me poupe. Olha para você, bonita, inteligente, toda bruta, é isso que as mulheres gostam.

- Camila não posso me relacionar com ninguém.

- Você tem alguma doença?

- Eu sou uma Doratiana, eu só posso viver com um parceiro, no meu caso uma parceira para vida inteira, por isso eu tenho que escolher certo, eu não posso fazer sexo com qualquer um, porque se acontecer e eu não for retribuída, eu vou morrer amando alguém que nem se quer sente nada por mim, vou amar alguém que só queria uma noite.

- Como acontece? – Lauren ficou pensativa.

- Vocês não conseguiriam entender, humanos são rasos.

- Como sabe? – Sim, me senti ofendida, ela falou humanos em geral, e bom, eu sou humana. – Você conheceu todos os humanos.

- Conheci o suficiente para saber que são.

- Você não pode julgar todos por alguns.

- Camila, esse assunto não vai nos levar a lugar nenhum.

- Você deveria ter perguntado isso antes, agora é tarde demais. Eu realmente fico feliz que esteja aqui, mas algo em mim diz que você só está aqui porque ficou sabendo de Lucy e eu não quero que venha aqui por causa do seu ego ferido.

- Por causa do meu ego? – Me levantei da cadeira. – Eu vim aqui porque estou preocupada.

- Eu não quero falsas esperanças, isso faz mal para mim.

- Eu vir aqui te da falsas esperanças.

- Sim! – Lauren se soltou dos fios. – Eu sinto como se você se importasse, como se me quisesse bem, quando disse que eu sumi presumi que sentiu saudade. Eu me iludo fácil, faz parte do meu genes, então eu vou te pedir uma coisa, se você não é capaz de retribuir o que eu sinto, quero que vá embora e não volte mais.

- É isso que você quer?

- Não, mas é disso que eu preciso.

Eu fiquei em silencio. Me relacionar não era fácil, eu nunca nem sequer tinha beijado até aquela noite. Lauren era difícil, parecia que guardava mil segredos, me dizia as coisas, mas não era direta, ficava mandando sinais e isso me confundia as vezes.

- Eu senti sua falta. – Admiti. – Quatro meses vendo praticamente todo dia alguém, com certeza eu iria me apegar, mas eu não posso dizer que é amor, porque nunca senti isso antes.

- Sentir minha falta significa algo para você?

- Significa que eu queria você por perto. – Segurei sua mão. – Significa que eu quero você por perto.

- Você sabe que dizer essas coisas é me dar esperanças.

- Eu quero conhecer você Lauren e vou permitir que me conheça, passaremos mais tempo juntas, mas vamos com calma.

- Eu posso aceitar isso, mas você precisa ser sempre sincera comigo, mesmo que isso implique em me magoar.

- Tudo bem, eu serei. Agora eu preciso da sua sinceridade, o que aconteceu entre você e Lucy?

- Um beijo.

- Certo! – Sim aquilo me incomodou, mas eu não iria dizer. – Você pretende continuar beijando ela?

- Eu não sei.

- Então você quer ficar com nós duas?

- Eu pensei que seria uma espécie de amizade entre nós, mas vamos nos beijar?

- Eu não sei. – Falei envergonhada.

- O que realmente vai acontecer entre nós, Camz?

- Quero voltar a ter o que tínhamos antes de descobrirmos a verdade. – Lauren sorriu e novamente seus olhos ficaram numa coloração violeta, talvez significasse que ela estava feliz, isso acabou me fazer rir e decidi tomar a iniciativa que sempre me faltou nos quatro meses que passei com ela, me aproximei e lhe dei um selinho.

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