Me deixa cuidar de você

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— Você vai se arrepender por não acreditar em mim e eu nunca vou te perdoar. — disse a morena com lágrimas nos olhos, lágrimas de dor e decepção.


— Não conte com isso, eu confiei em você. — acusou a outra. — Não acredito que depois de tudo você pôde se permitir a algo tão baixo. — expressa incrédula. — Ainda quer que eu acredite em você?

A rainha não podia acreditar no que estava acontecendo, ela não tinha feito nada. Estava sendo acusada de algo que não fez.

— Não seria mais fácil se a senhora dissesse a verdade, mãe?!

Ouvir isso de seu próprio filho foi como se afundasse ainda mais uma adaga em seu coraçã o. Ela pensou que já tinham passado dessa fase de desconfianças, de acusações. Pelo visto ela estava enganada e muito, não lhe deram nem o benefício da dúvida.

— Como vou confessar uma coisa que eu não fiz? — mais uma vez a morena tentava se fazer ouvir, estava difícil. — Esse bebê que cresce aqui. — coloca as mãos protetoramente em sua barriga ainda lisa. — É seu Swan, SEU.

— Pelo amor de Deus, Regina! — exasperasse a loira. — Para com isso, não vê que fazendo isso você só dificulta as coisas? Sabemos muito bem que não tem como duas mulheres fazerem a criança!

— Essa criança é a continuidade do nosso amor, Emma. — diz de forma derrotada em conformidade.

Swan se vê com vontade de sacudir Regina pela teimosia, acha que seria mais fácil para todos se ela parasse de se fazer de vítima e assumir a traição de uma vez por todas. Mesmo com isso a machucando profundamente. Na opinião da xerife, a rainha estava tendo um caso e por um descuido acabou engravidando já que tinha uma certeza de que não poderia engravidar, o que se mostrou errado já que a prova irrefutável estava crescendo no interior da outra.

"Agora pensa que vai me enganar dizendo que essa criatura é minha." — pensa a loira.

— Que amor? — questiona. — Um amor unilateral? Um amor que nunca existiu, pelo menos não da sua parte? Por favor! — jogou as mãos para o alto em frustração.


— Ela não vai ceder. — opina Henry a sua mãe loira, logo se voltando para Regina. — Você me decepcionou, pensei que
fôssemos uma família de verdade, pensei que você iria dar valor para o que estávamos construindo juntos.

— Henry....

— Não. — a interrompe. — Não venha mais falar suas mentiras, as pessoas estavam se abrindo pra você. — começa a andar de um lado para o outro. — Eles estavam te
aceitando, porque destruir tudo? Porque acabar com o pouco de bondade que estava se construindo em você?

"Ok. Isso foi cruel." — pensa, Emma.

— Kid?!

A salvadora tenta parar o menino, mas ele estava com raiva e nada o faria parar agora.

— Você vai voltar a ser o monstro que era antes? Vai voltar a ser aquele ser desprezível? Se for, por favor, não conte comigo e nem com minha mãe. Vá se juntar com o homem que fez isso com você e nos esqueça. — cada palavra que saía da boca dele feria mais e mais o coração de Regina. — Porque iremos esquecer você.

Mills nunca se sentiu tão rejeitada, tão sozinha e machucada como naquele momento. Não podia acreditar no que estava se passando, num minuto estava tão feliz. Descobrira que
estava grávida de seu amor verdadeiro e não via a hora de poder contar o milagre para seu amor e agora estava ali, mais uma vez sendo rejeitada. Sinceramente, nem sempre o amor verdadeiro sabe fazer as escolhas certas ou nos fazer acreditar. Regina nem se deu o trabalho de ouvir mais ofensas e acusações, saiu correndo da delegacia para sua casa. Não poderia ficar mais um minuto naquele lugar, recebendo aqueles olhares de desprezo e acusações. Tudo doía, sua mente, seu coração, seu corpo.

— Só tenho você agora meu amor. — fala aparecendo no seu quarto em sua fumaça e colocando a mão na barriga.

— Você tem a mim também.

Regina se assusta com a visita inesperada.

— O que faz aqui?

— Eu já imaginava que isso fosse acontecer e eu sinto muito. — podia-se notar sinceridade em sua voz. — Sei que já passamos por tanta coisa, entretanto, você é minha filha e está na hora de me deixar entrar no seu coração, está na hora de deixar eu cuidar realmente de você.


A prefeita o encara, ela estava tão quebrada, tão sensível, tão machucada, tão abalada. A única coisa que pôde fazer foi correr para os braços estendidos daquele que um dia a iniciou no mundo das trevas. Rumple, seu pai que descobrira uns meses atrás. Ali, pela primeira vez se sentiu segura
com ele, se sentiu amada, acolhida.

— Chora minha criança, chora. — falava enquanto acarinhava as mexas morenas da filha que soluçava em seu abraço. — Não se preocupe, eu vou cuidar de vocês.

— Porque pai? Porque isso está acontecendo de novo?

Ouvi-la pronunciando a palavra pai para ele foi como a realização de um sonho, ele já errou muito em sua vida. Não só com Bea, como com Belle e com a própria Regina. Na cabeça do senhor das trevas só tinha uma pensamento... Fazer sua menina feliz.

— Ah! Minha querida, algumas coisas são tão difíceis de serem explicadas. — fala com carinho. — Mas tudo tem seu tempo.

— Eu não aguento mais sentir tanta dor.

— Isso vai passar, eu lhe garanto.

— Tenho que sair daqui. — diz se afastando do abraço. — Não vou ter forças para aguentar todas essas pessoas.

Esse era o momento de Rumple mostrar pra ela o quanto estava disposto a mudar por sua família, mostrar para ela o seu amor.

— Nós vamos sair daqui.

— Nós?? — questionou a morena com perplexidade. — Essa cidade é tudo pra você.

— É ai que você se engana, meu amor. — acaricia a face da prefeita. — Você e esse bebê que está para nascer são tudo o que importa para mim.

Aquilo era tudo que a rainha precisava naquele momento, se sentir aceita, amada, protegida.

— Arrume as malas, vamos fazer uma pequena viagem.

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