A hora finalmente chegou!

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Na entrada da cidade duas pessoas que os intitulados heróis pensaram nunca mais ver, pois para eles estavam mortas chegam a cidade. O que aquelas duas criaturas queriam a essa altura?

— Não sinto a presença dela aqui. — indaga a de cabelos ruivos e cacheados.

— Também não sinto, mas isso é apenas um detalhe. Temos que estar aqui, ela irá precisar de nós.

— A senhora não me explica o que está para acontecer, é horrível ficar no escuro.

— Já falei que no momento certo você saberá. —responde já cansada de dizer a mesma coisa pela milésima vez. — O importante é que estamos aqui e não podemos deixar ninguém nos ver por enquanto, vamos usar um feitiço pra mudar nossa aparência. Se apresse, não podemos nos arriscar e por falar nisso também não estou sentindo a presença de Gold.

A ruiva olha interrogativamente para a mais velha e ergue uma sobrancelha quando encontra com seu olhar.

— Bem.... — a outra mulher fica sem saber o que falar.

— A única coisa que me intriga na sua frase final é o motivo de sentir a magia desse homem. — questiona a ruiva. — Pelo que me foi ensinado pelo próprio Rumple, para sentir a magia de alguém que não seja da sua família você tem que ter uma ligação bem profunda com essa pessoa. O que não está me contando?. — indaga. — Ou melhor, já está na hora de me contar algumas coisas. Como por exemplo a senhora sentir a magia de Gold.

A mais velha fica uns segundos analisando a questão e se sentindo vencida temporariamente resolve ceder, a ruiva tinha que saber algumas coisinhas.

— Vamos arrumar um lugar para ficarmos e quando estivermos acomodadas eu lhe conto.

xXx

— E aí, Loira! — cumprimenta a loba, quando Emma entre no Granny's. Já havia um bom tempo que a salvadora não aparecia por ali e ela sentia falta de conversar com a amiga, mas sabia que a falta de Regina estava mexendo demais com a amiga.

— Ei, Rubs. — retribui ao cumprimento desanimada, assim como tudo em sua vida.

Era difícil ver a amiga naquela situação, porém Emma só estava colhendo o que plantou. Não que ela fosse melhor amiga de Regina, entretanto, a lobinha acompanhou a mudança da rainha e achou o ataque de ciúme da amiga muito exagerado. Mas claro que ela não iria falar isso, pelo menos não agora.

— Nem vou perguntar como você está, porque pela sua cara já dá para perceber. — falou cheia de carinho para com a outra. — Só te peço uma coisa minha amiga, jamais perca a fé, se tem uma coisa que eu aprendi em todos esses anos foi ter fé e esperança e acima de tudo acreditar no amor.

— Como ter esperanças? — pergunta a loira com lágrimas já se formando em seus tristes olhos esverdeados. — Aquela mulher era meu tudo e por minha causa eu a perdi e tenho quase certeza de que foi para sempre.

— Ei, ei... Vamos parando com isso agora mesmo. Que isso, Emma? Você vai desistir assim? Que amor é esse? Isso não é amor verdadeiro, não mesmo.

— Você não entende, na verdade ninguém entende. — resmunga chorosa.

— Na verdade você é a única que não está entendendo aqui. — diz a loba irritada com a xerife se fazendo de coitada. — Vi você tratar a mulher que diz amar com toda a sua vida como se ela fosse um nada, Regina pode não ser minha santa de devoção, mas de uma coisa eu sempre tive certeza. Aquela mulher amou Henry com todo seu coração, mesmo sendo uma carrasca como prefeita quando estávamos sob a maldição. Vi toda a trajetória de vocês depois que aquele garoto te trouxe, vi quando a maldição foi quebrada e aquela mulher mesmo sem querer ou perceber mostrar um lado vulnerável nunca antes mostrado por causa do filho. — parou para respirar. — Percebi que mesmo as duas brigando um amor estava surgindo, coisa de lobo. Mas eu vi, Emma. Regina mudou por você, por Henry e por ela mesmo. Se ela fez coisas horríveis? Claro que sim, ela não está isenta de culpa. Porém ela mudou e eu me pergunto: Como você foi desconfiar dela?

Emma não sabia o que responder, tudo que Ruby falava machucava bem lá no fundo do coração da salvadora. Então resolveu que o silêncio seria a melhor resposta no momento. Tomando o silêncio da outra, a garçonete continuou.

— Você fala como se Regina tivesse morrido, só que você não tem a mínima idéia do que é perder alguém que se ama.

— Eu amei o Neal e o perdi. — rebateu a loira indignada.

— Falo de amor verdadeiro, Emma. — explica. — A muito tempo atrás eu conheci meu amor verdadeiro, foi arrebatador em sua essência o nosso amor. Peter era tudo o que eu nem imaginava que sonhava para mim, só que naquela época eu não tinha meu completo domínio sobre minha parte lobo, eu não sabia de minha maldição. — fitou os olhos da xerife que a olhava prestando bastante atenção ao relato. — Muitas coisas ruins foram acontecendo no vilarejo em que morávamos e em uma das caçadas ao lobo eles começaram e desconfiar que Peter fosse a criatura. Eu também desconfiei. — Emma podia sentir a dor nas palavras da amiga e aquilo apertou seu coração. — E para tirar aquela maldita desconfiança eu acabei acorrentando ele em uma árvore dizendo que era para o próprio bem dele, mal sabia eu que aquele iria ser meu pior arrependimento.

— O que aconteceu? — perguntou a loira temerosa.

— Eu me transformei em lobo e depois de encontrá-lo acorrentado lá o comi.

Ouvir aquilo foi desesperador, nunca que ela poderia imaginar que uma coisa dessas tivesse acontecido com sua melhor amiga. Aquela revelação não só a chocou como também a fez reavaliar toda a sua situação.

— Então minha querida amiga, nunca mais quero que você diga que perdeu as esperanças, porque enquanto Regina estiver viva tudo é possível. — aconselhou.

— Obrigada. — agradeceu com toda a sinceridade. — Sei que tudo o que faço ultimamente é me fazer de vítima, chorar pelos cantos e isso já está se tornando tão repetitivo. Só que a saudade é tão grande, Rubs. — a loba a olhava com atenção. — Se a mulher que eu amo foi embora e a culpa foi minha eu não devo ficar me fazendo de coitada pelos cantos, tenho que me erguer e aceitar as consequências. Apesar de tudo eu sinto bem lá no fundo do meu coração que ela vai voltar e quando isso acontecer eu vou lutar pra ter não só o amor dela de volta como o amor do nosso bebê. — conclui com um sorriso enorme e renovada de esperança.

— É assim que se fala, loira. — vibra Ruby. — E pode contar comigo pra qualquer coisa.

— Mais uma vez, obrigada. Já estava na hora de voltar para a realidade.

— A seu dispor.

xXx

Em Nárnia as coisas estavam seguindo maravilhosamente bem, a rainha estava agora com seus 8 meses de gestação e a cada dia ficava mais linda. Como se isso fosse possível!

Particularmente neste belo dia que se iniciava a morena acorda sentindo uma forte pontada em seu baixo ventre e acorda ofegante, quase sem ar. Achando que logo iria parar como das outras vezes ela tentou relaxar, o que ela não sabia era que tinha chegado o grande dia. Quando uma nova onda de dor rompeu novamente, ela pôde sentir uma enorme quantidade de água escorrendo por suas pernas e instantaneamente entrou em pânico.

— Não, não, não. — repetia sem parar. — Ainda não está na hora, meu amor.

Mas seu filho decidiu que aquele era o momento que deveria vir ao mundo e a rainha se via entrando em trabalho de parto.  

xXx

Rumple já estava acordado a algum tempo, sentia que o momento havia chegado. Podia sentir uma grande magia no ar, uma nunca antes sentida.

— Chegou a hora.

Dito essas palavras, o senhor das trevas chamou por Aslam e o informou que Regina entrara em trabalho de parto. Com a movimentação do castelo Cair Paravel os quatro filhos de Adão acabaram acordando, Lúcia ficou radiante com a notícia. Já os mais velhos podiam sentir uma certa preocupação, logo estavam todos no castelo de Regina e a encontraram no quarto chamando por ajuda.

— Regina?!

— Pai, tem alguma coisa errada. — disse a morena com lágrimas nos olhos e quando Rumple olhou mais para baixo pôde ver sangue manchando os lençóis.

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