Pronta para sair daqui?

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Continuação do flashback

Depois do que digo sinto Regina um pouco tímida. Meu Deus! Que mulher é essa?! Nunca imaginei ver essa cena, essa morena ainda acaba comigo e esse tom rosado em suas bochechas? God!

— E.. eu...

Que bonitinha, pela primeira vez Regina Mills fica sem palavras.

— Não precisa me dizer nada, sei o quanto é difícil para você e só de estar comigo já me sinto realizada. — ela me presenteia com outro sorriso tímido e vejo suas bochechas ficaram um tom mais forte de rosa.

Essa mulher não para de me surpreender. Se faz de forte para todos, mas por dentro é tão sensível.

— Também acho que está sendo muito agradável estar aqui com você. — confessa baixinho. Tem como não amar essa mulher?! — Mas ainda acho que é um erro estarmos em um encontro, ainda mais eu sendo quem sou.

— Você é linda. — digo com firmeza, não permitindo que ela argumentasse. — E já disse que não me importo com quem você foi, o que me importa é o presente e o futuro que pretendo ter com você. Será que não entende? — falo um pouco ríspida.

— Você é sempre tão agressiva?

— Você é sempre tão dura consigo mesma?

Aquilo pareceu chocá-la.

Mills ficou boquiaberta, como se eu a tivesse acusado de ter um membro extra.

— Dura comigo mesma? Eu? Tenho a famosa reputação de ser uma rainha má, ou se esqueceu?.

— Isso na floresta encantada. — estendo o braço sobre a mesa e acaricio uma mecha de seu cabelo sedoso, tocando-lhe o rosto de leve no processo. – Não mais neste mundo. — digo de forma carinhosa.

Regina congelou por um momento, permitindo a breve carícia. Então, como eu poderia ter previsto, ela cuidadosamente recuou do toque, como se percebendo que estava ficando muito à vontade perto de mim. Agora estava colocando aquela distância de novo... aquele muro. Eu não tomo isso a nível pessoal, especialmente porque tinha percebido uma coisa... a separação não era apenas entre ela e eu, mas entre ela e todo mundo exceto com Henry. Como se Regina constantemente tivesse de manter um escudo no lugar, para impedir que qualquer pessoa se aproximasse muito. Ou que se tornasse ofensiva, como Leroy foi mais cedo, a quem ela pusera no lugar tão facilmente.

Eu sabia, por experiência própria, que a pior coisa a fazer com uma mulher que já mantinha a guarda alta era tentar pressioná-la. Não poderia atacá-la agora ou arriscaria que ela erguesse novamente a barreira que eu estava começando a derrubar aos poucos.

— Acho que só você pensa assim, Miss Swan.

— Qual é, Regina?!

Vejo Mills franzir o cenho, embora eu pudesse jurar ter visto uma ponta de humor naqueles bonitos olhos castanhos. Um humor que desapareceu rapidamente, e ela voltou a parecer distante e inabalável.

— Perspectiva não muda fatos e eu realmente não sei por que nós estamos falando sobre isso. — murmura. — Estamos aqui, juntas, por causa de muita insistência da sua parte, não por causa de algum interesse verdadeiro ou por... — a voz falhou pela primeira vez. — atração.

— Fale por si mesma. — rebato e sinto como a pulsação de Regina acelerou visivelmente no pescoço. — Eu estou incrivelmente atraída por você. — eu sabia que estava arriscando espantá-la, mas tinha de ser honesta. De maneira alguma, deixaria que ela acreditasse que eu estava lá apenas porque... na verdade nem sei por que. — Caso o que disse para você não tenha deixado tudo claro, deixe-me lhe falar diretamente. Eu quis você desde que a vi toda preocupada quando cheguei em Storybrooke para trazer nosso filho.

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