Think More...Or less

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   A realidade é um tanto monótona e tediosa, tentamos ser otimistas mas apenas fazemos fantasias mentais.
Mas de fato, tentando nos saciar com ilusões daquilo que não podemos fazer no mundo real — mesmo "mundo real" sendo um pouco mais subjetivo quanto sugerem — apesar de não ter a capacidade de nos satisfazer, ainda assim fazemos e logo depois nos decepcionamos.

Uma decepção tão visivelmente fútil

[Pov Mike]

Só depois de insistir por um LONGO tempo com Batista, ele concorda que o plano vai dar certo.

   —E quando eu entro nessa história? — Felipe pergunta.

   —Ok. Vou resumir: saímos daqui desviando das câmeras, eu sei todos os seus pontos cegos, portanto apenas façam exatamente o que eu fizer, depois quando chegarmos perto do portão, precisaremos distrair o porteiro enquanto o portão estiver aberto...

   —Mas ai quem vai abrir o portão?—Tarik pergunta.

   —Você, é claro.— Falo.

   —Eu?! Como assim?

   —Não estava prestando atenção? Eu disse que você só precisa ir embora.

Batista pensa por alguns segundos, balbucia alguma coisa e diz apontando para Tarik:

   —Como te deixaram ficar aqui?

   —Batata, isso não importa! Está na hora de por o plano em ação. Vamos!—Falo seguindo até a porta.

   Fomos andando pelo corredor dos dormitórios, sair dali é a primeira parte e a mais fácil.

[Pov Phil]

   —Devo ter exagerado... Não, ele precisa aprender a ser mais forte. —Penso em voz alta.

   Alguém entra na sala e disperso esses devaneios dando atenção ao jovem que entrou.

   —Ele teve visitas, ficou sabendo?

   É Pedro Afonso Rezende, um dos maiores —Claramente não no bom sentido — delinquentes que já pôs os pés dentro da minha querida fortaleza.

   Nascido nas ruas, foi exposto a todo tipo de perigo, aprendeu desde cedo como portar armas e sair impune dos crimes mais absurdos.
   Seu último ato nas ruas foi uma tentativa de assassinar o presidente do maior banco do país com apenas 14 anos de idade, por ser o único de menor da quadrilha, foi mandado para mim. Com sua habilidade nata em espionar, deixo ele cuidar dos que tentam fugir.

   —Richard? —Pergunto.

   —Não, um garoto quase da idade dele e...Ah, sim! Ele acordou.

   Mas evidentemente, tenho que vigia-lo cem vezes mais que tudo por aqui.

   —Muito bem, já pode ir. —Volto minha atenção para a papelada na minha mesa.

   —Só isso? —Fala sorrindo de canto. —Nem um agradozinho dessa vez?

   —Saia! —Digo autoritário, ele entende o recado e sai de cara azeda.

"Um outro garoto? Não pode ser daqui...

Mas então quem?"

   Intrigante.É só isso que consigo sentir.

"Tenho que conhecer esse intruso"
"É provável que tenha sido mandado por 'ele'"

Cat Oreille de L'amour 🔸 MITW (HIATO)Onde histórias criam vida. Descubra agora