Acordada

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Acordei de novo me sentindo um pouco melhor. A sala começava a entrar em foco e percebi que eu tinha um tubo no braço e uma enfermeira estava do meu lado. Ela sorriu quando notou que eu havia acordado. Eu pisquei e tentei entender o que estava acontecendo. Abri a boca pra perguntar onde eu estava, mas nada saiu. A enfermeira sorriu de novo e pegou a minha mão delicadamente.

-Oi, May. Você apagou quando bateu a cabeça na parede. Tivemos que te estabilizar, mas você já deve estar se sentindo melhor. Você está no hospital, sua mãe ja foi contatada e está á caminho, vindo direto do trabalho.

Ela analisou o monitor e se sentou na cadeira. Suspirei. Eu não queria ficar o dia inteiro deitada naquele hospital, mas eu realmente não me sentia muito bem. Minha cabeça pulsava e doía, entao percebi que não tinha jeito mesmo. Apaguei de novo, mas dessa vez só dormi, e não desmaiei.

Acordei com minha mãe do meu lado, preocupada e com cara de quem estava prestes a chorar.
- Mãe...
Minha voz saiu rouca e instável, mas pelo menos eu conseguia falar. Ela sorriu torto, levantando e chegando perto de mim.
- May... Como você está se sentindo?
- Bem. - Não queria preocupá-la, então menti. Na verdade, minha cabeça parecia que tinha mil pedreiros batendo com um martelo. Ela suspirou e voltou a sentar.

O doutor entrou na sala com uma prancheta em suas mãos. Ele cumprimentou minha mãe e se virou para mim.
- May, como você não teve nenhuma concussão grave, já estaremos te liberando hoje de noite, mas recomendamos que você fique de repouso aqui pelo resto da tarde.

Ele virou-se então pra minha mãe e eles conversaram baixinho, sem eu conseguir ouvir. O remédio percorrendo minhas veias fez efeito novamente e eu caí no sono.

• • •

No final do dia, eu fui para casa e sentei no sofá. O doutor me liberou na condição de que eu continuasse a tomar o analgésico e aplicasse gelo no lugar da pancada. Minha mãe entrou na sala com um copo de água e a pílula do remédio.

Voltamos ao ponto zero, o lugar onde estávamos antes de eu contar o que aconteceu. Mas eu não queria que minha mãe soubesse que isso tudo tinha acontecido por causa de Luan. Então contei a história toda, sem sequer mencionar ele. Evitei, inclusive, contar o sussuro que eu ouvi. Ela me olhou preocupada e suspirou de novo.

- May, me prometa que você NUNCA mais vai entrar em uma briga.
- Prometo, mãe.
Ela sorriu um sorriso cansado e me deu um beijo na testa.
-Boa noite, minha flor. Você não vai pra escola essa semana, vai ficar aqui em casa comigo.

Ela ligou o ar condicionado da sala e desligou a luz. Quando ela estava prestes a subir a escada, eu chamei:
- Mãe?
Ela virou e eu pude ver o contorno de seu rosto com o pouco de luz que vinha da rua.
- Que foi, querida?
- Te amo.
Ela sorriu.
- Também te amo. Boa noite.
Ela me mandou um beijo e subiu.

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Dessa vez não preciso me desculpar, postei no dia prometido! Uhu! Enfim... Peço a vocês, meus queridos, que compartilhem Adolescente, pois quero chegar em 200 visualizações! Será que dá? Se der, eu posto um capítulo bônus no ponto de vista da... VACA DA PAULAAA!!! EEEEEE!!!!! OUVI UM AMÉM IGREJA?? AMÉM!! OUVI UM ALELUIA?? ALELUIA!!!! (Vocês devem tá rindo da minha cara agora...) Nesse capítulo bônus, vocês vão descobrir porque ela age como uma kenga tão grande, e talvez passem a odiar ela um pouco menos. Beijos de luz e até a próxima!😘

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