Nunca fui bom de contar histórias, mas isso eu tenho que desabafar dessa vez, porque tudo que eu vou contar para vocês aqui é uma experiência que eu tive, que eu não vou esquecer nunca mais.
Isso tudo foi em Dezembro de 1998. mas o que era para ser muito especial acabou virando uma aventura no mínimo traumatizante.
Se tinha uma coisa que eu adorava, é visitar o sítio de minha tia Gertrudes no Natal, mas depois desse dia, minha impressão mudou completamente.
Antes de tudo, eu sou Diego Padilha, um jovem de 18 anos a procura de aventuras. Eu também sou apaixonado por criaturas pré-históricas, então posso dizer que essa aventura, mesmo que traumatizante, me marcou muito.
Eu lembro que uma vez, minha tia Gertrudes havia me dado de aniversário uma roupa igualzinha a do Super Mario, meu personagem de videogame favorito, que consistia em um macacão jeans azul, uma camisa vermelha e um boné também vermelho com a letra M estampada na frente. Infelizmente, naquela época, não era comum terem fantasias de personagens de videogames, então esse era o máximo que minha tia Gertrudes conseguiria me dar.
Um dia antes de eu ir ao sítio, eu fui ao meu médico, e por algum motivo, ele estava conversando com a minha mãe. Tentei ouvir a conversa, apenas para descobrir que ele estava me dando o diagnóstico de Autismo, mas meu nível de suporte era 1, ou seja, não era tão dependente quanto parecia, mas mesmo assim, o diagnóstico me assustou um pouco.
Mas voltando a falar do meu passeio, eu estava levando pela primeira vez a minha namorada, chamada Amanda. Sim, eu tinha uma garota o qual eu amava. Basicamente, ela é loira, punk, penteado emo e quase sempre usa baton escuro, além do jeitão gótico de ser.
Ainda no carro, Amanda me perguntou por que eu adorava tanto o sítio, uma resposta tão simples foi basicamente dizer que eu adoro natureza. Odeio as cidades, só moro lá por que é o único lugar onde posso jogar meu Nintendo 64 em paz.
Quando eu cheguei ao sítio, pedi para minha tia para apresentar o sítio para Amanda, já que ela ainda não conhecia o local. Mostrei para ela tudo que havia em volta, a piscina, o pequeno campo de futebol, e a casa onde iriamos dormir.
Primeiro, levei Amanda para dentro da casa. A coisa que chamou a atenção dela foi que uma festa de aniversário de aniversário tinha acabado, ainda tinham algumas decorações, e alguns balões estourados dentro da sala.
Amanda uma vez me disse que sabia desamarrar os nós de balões usando apenas um lápis, eu sempre duvidei disso, então vi um lápis na mesa e era a minha oportunidade de saber se isso era verdade ou não.
Eu disse para Amanda para desamarrar o único balão cheio que estava na sala, e ela, com seu lápis, conseguiu desamarrar o balão sem muitos problemas.
Eu fiquei meio arrependido de ter duvidado, então desafiei ela a fazer mais uma coisa.
- Por que você não assopra esse balão até estourar?
Ela disse sim, e começou a assoprar o balão, até ele ficar gigante e estourar bem na cara de nós dois. Ela deu muita risada, e eu, consequentemente, também dei muita risada.
A minha tia Gertrudes entrou na casa disse que estava ouvindo um barulho estranho vindo da floresta, e disse para eu ir checar o que era aquilo, eu disse que sim, e disse para Amanda vir comigo. Ela disse sim, e nós partimos para a aventura.
Ao entrar na floresta, eu senti uma presença estranha, parecia que eu não estava me sentindo muito bem para continuar, mais Amanda disse para eu não desistir, então eu continuei indo em direção ao barulho que ecoava na floresta.
De repente, chegamos em uma velha casa na floresta, não parecia ser nada novo, pois aquela casa velha era conhecida por mim e minha tia Gertrudes como "a casa que ninguém podia entrar".
Só que quando nós nos atrevemos a chegar um pouquinho mais perto da casa, um som auto de passos começou a soar pela floresta, e ele ficava cada vez e cada vez mais auto.
Até que de repente, de trás da casa, surgiu uma cauda enorme, parecida com a cauda de uma iguana, só que dez vezes maior, então eu e Amanda saímos correndo, pois nunca tínhamos visto nada igual aquilo antes, mais eu olhei um pouco para trás, e a criatura parecia ter um formato bem familiar, para mim pelo menos.
Chegamos assustados em casa, minhas pernas pareciam mais moles que um cabo de barbante, mais minha namorada estava mais desesperada ainda, ela começou a se sentir mal, até que ela virou a cabeça para baixo, e vomitou, pois tinha acabado de comer um pedaço de chocolate no carro.
Eu segurei o cabelo dela para ela vomitar mais confortavelmente, quando terminou, ela me agradeceu, e quase me deu um beijo, até que lembrou que sua boca estava cheia de pedaços de chocolate regurgitado, ela lavou a boca, e daí, eu a permiti que ela me beija-se.
Depois fomos para dentro da casa, onde o meu tio Bernardo estava, ele havia perguntado para mim sobre o meu ano, eu disse que foi um ano meio conturbado, pois era meu primeiro ano da faculdade, apesar de ter feito um amigo ou dois amigos, um deles chamado Renan, era bem conturbado estar em um ambiemte cheio de adultos agora, tendo que deixar a inocência de lado e começar a ver coisas como drogas e sexo, enfim, essas coisas de jovem sem limites, para minha cabeça é um problema sério.
Meu tio Bernardo disse que tinha um filme para mostrar para mim, quando ele me mostrou, eu fiquei encantado, era um VHS do filme O Mundo Perdido: Jurassic Park, uma sequência direta do fabuloso Jurassic Park, mas o que me frustrou foi que eu tive que rebobinar a fita de vídeo antes de assistir.
Quando a noite caiu, nós entramos em casa, e assistimos ao filme, que era simplesmente genial, até que Amanda caiu no sono e dormiu, e eu, é claro, senti sono e dormi também.
Mas na mesma noite, algo me acordou, um som muito alto estava vindo de lá de fora, eu fui checar para ver exatamente o que era. Como achei que era barulho do vizinho de novo, não senti medo algum em sair da casa para ver o que era.
Mas quando eu cheguei no quintal do vizinho, vi qual tão estranho, que pensei que eu estava sonhando, mais não estava, pois tudo parecia ser muito real para ser apenas um sonho.
Aquela mesma criatura da cauda de iguana que eu vi no dia anterior estava bebendo a água do vizinho, até que a criatura virou para mim, e eu acabei percebendo do que se tratava a criatura.
Sim, era um Tiranossauro Rex, pelo menos, algo próximo daquilo, pois tinha dentes grandes e uma aparência assustadora. Ele rugiu muito algo, e isso me assustou muito, tanto que eu gritei de medo, e sai correndo de volta para o sítio da tia Gertrudes, mais o Tiranossauro Rex começou a me perseguir.
Meu corpo sentiu uma vontade de correr não grande, que eu não parava mais, consegui entrar na casa antes que Tiranossauro Rex me pega-se.
Quando eu tentei na casa, minha tia Gertrudes, juntamente com os outros, estavam acordados desesperados, pois ouviram meu grito e também o grito da criatura.
Quando minha tia olhou pela janela, se desesperou, pois ela conseguiu ver o enorme monstro, que agora ia de volta para a floresta calmamente.
Eu comecei a chorar, minha namorada me abraçou e pediu para que eu ficasse calmo, até eu voltar a mim mesmo novamente.
Eu disse para minha tia para tudo o que tinha acontecido durante o dia, e perguntei se ela podia dar um jeito naquilo, ela me disse que iria dar um jeito.
Amanhã é um novo dia.
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Sítio dos Dinossauros
AventuraSítio dos Dinossauros é uma história narrada em primeira pessoa, os elementos da história são inspirados por filmes de dinossauros do século 20, como Jurassic Park, King Kong, Godzilla, O Mundo Perdido e etc. A história é situada na cidade de Jarinu...