3° Capítulo

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15 de Fevereiro

- Conseguiram alguma coisa? - perguntei nos laboratórios.
- Sim! - Charlotte Anderson, cientista respondeu-me levando-me até a um dos muitos computadores naquela sala. - O sangue que me enviou pertencia à vítima, o sangue nas facas também. Mas não conseguimos achar nenhum ADN diferente.
- E as roupas?
- Ainda não conseguimos nada. Peço desculpa!
- Quando conseguirem avisem o mais rapidamente possível. - saí dali.

Fui para o meu gabinete, precisava de descansar. Deitei-me no sofá e fechei os olhos por um bocado.

Louis'

- Viste a Jones? - perguntei a Mia.
- Não, Lou. Porquê? - perguntou tão curiosa que os olhos quase lhe saltaram.
- Nada, obrigado! - percorri o corredor. Ao longe avistei Ethan. - Ethan! Viste a jones?
- Eu acho que está no gabinete. - aponta para a porta do dito cujo.
- Obrigado!

Dirigi-me até lá e bati á porta. Não obtive resposta então decidi entrar.
Olhei à volta do gabinete dela e lá estava ela, a dormir no sofá que nem um anjo.
Está bastante frio ali então procurei uma manta ou algo assim nas gavetas dos móveis.
Reparei que ela colocou a rosa que o Harry lhe dera numa jarra. Como é que eu fui tão estúpido e também não lhe dei nada? Mas, eu achei óbvio que a intenção dele ao dar-lhe a rosa era para não levar um ralhete... muito grande.
Encontrei, finalmente, uma manta. Pareceu-me quente o suficiente, então, tapei Anne com ela.
Preferi ficar ali a vê-la dormir do que ir lá para fora apanhar uma seca. Ao menos assim via um anjo dormir. Uma rapariga tão encantadora. Ela é tão linda, com aqueles cabelos castanhos, aqueles olhos verdes cor de esmeralda, aqueles lábios vermelhos e carnudos, aquela pele macia e branca, as linhas perfeitas do seu rosto, as suas mãos pequenas e frágeis.
O único barulho que se ouvia naquele espaço era o som do respirar dela.
Os únicos movimentos naquele espaço eram o peito dela inspirando e expirando e o dos meus olhos a admira-la. Louis, que fazes!? Pára com esses pensamentos preversivos! Nem pareces tu!

Anne's

Estava-me a sentir tão quentinha e confortável, mas tinha que ser, não podia ficar ali a dormir.
Puxei a manta para trás e sentei-me, abri os olhos.
Mas o q...? Eu não me lembro de me ter coberto. Olhei em para o meu lado esquerdo e percebi de onde viera a manta.
Tomlinson estava alí a dormir, sentado no chão. Coitado, para além de parecer cansado devia de estar com uma grande dor de costas.
Tentei acorda-lo da forma mais querida que me lembrei: fazer-lhe caricias na cara, ao de leve de devagar, até ele acordar.
Achei piada às caras que ele está a fazer enquanto o acariciu, são tão queridas!

- Lou. - disse bastante baixinho. - Acorda, príncipe. - continuei.
- hm.. - ele reclamou enquanto dormia.
- Obrigada por me teres impedido de congelar enquanto dormia. - disse ainda baixinho sem nunca parar de o acariciar.
- hm.. De nada.. - ele continuava a dormir.

Vencida pela teimosia dele em continuar dormir, deitei-o no sofá e tapei-o com a manta. Dei-lhe um beijo na testa e saí do gabinete.

- Hey Jones! O Tomlinson andava á tua procura! - disse Mia mal me viu a sair do gabinete.
- Sim eu sei. Já me encontrou. - sorri. Juntei-me a ela numa das secretárias da entrada. - Há novidades? - sentei-me em cima da secretária virada para o quadro branco onde tinham fotografias das pistas, das vítimas e dos suspeitos que temos.
- Bem, temos mais uma vítima, James Matthews. Foi encontrado morto num caixote do lixo numa rua não muito longe da anterior. E a julgar pela autópsia feita, pelos dois doutores, já às duas vítimas, calcula-se que seja o mesmo criminoso.
- É esquerdino e novato, ainda anda a experimentar vários estilos. O corte é sempre igual mas com objectos diferentes. Ele dá um golpe enorme no pescoço e depois faz diferentes coisas em cada corpo.- proferiu o Dr. Adams juntando-se a nós duas batendo com a sua bengala no chão.
- Muito bem doutor! - agradeci com um sorriso encantador.
- Agente Jones! - disse uma voz eufórica. Era a querida Charlotte Anderson que vinha a correr. - Conseguimos ADN da roupa queimada! - fez uma pausa para respirar e depois entregou-me o relatório.
- Thomas Well, então é este o nosso homem! Mia, telefona a Harry e leva-o até a esta morada. É a residência de Thomas, leva também o Ethan contigo! Eu vou buscar o Lou!
- Sim, chefe!

Dirigi-me a correr para o gabinete. Abri a porta e fui ter com Louis.

- Lou, príncipe! Acorda por favor! - abanei-o. - Encontramos o nosso homem! LOU!
- Sim!? - acordou logo olhando para mim com aqueles grandes olhos azuis.
- Temos que ir! - agarrei na mão dele e puxei-o.

(...)

- POLÍCIA! C.S.I! - gritei depois de ter arrombado a porta de casa de Thomas.
- Ninguém! - Mia gritou.
- Ninguém! - Louis gritou.
- Ninguém! - Ethan gritou.
- Forte e rebelde.. Gostei! - Harry comentou.
- O quê?
- Tu, Annie! Aliás, estás convidada a jantar comigo logo à noite para nos conhecermos melhor. - começa a andar para o interior da casa.
- Espera, o quê? - perguntei surpreendida.
- Eu aceitei isso como um sim! - olha para mim e sorri.
- És mesmo parvo! - bufei e fui à procura de pistas.
- Anne! - Louis gritou
- Sim? - perguntei ao chegar ao pé dele mas logo percebi o porque do grito. Thomas tinha fotos das suas vítimas na parede, planos.

Mia começou logo a investigar no computador que ali se encontrava enquanto eu analisava o quarto juntamente com os restantes colegas.

- Consegui! - Mia disse super feliz depois de ter desvendado o próximo plano para a próxima vítima. - Ainda não escolhera vítima, mas irá escolher no bar de gays aqui perto.
- Tive uma idéia! - exclamei e olhei para Harry maldosamente. É hora de se vingar do jantar de logo à noite. - E que tal um de nós, pode ser o Harry, ir ao bar de gays, seduzir Thomas trazê-lo a um beco e por fim prendemo-lo?
- O quê!? - foi apanhado de surpresa. Eu apenas lhe pisquei o olho.

(...)

- Thomas Well! Está detido pelo homicídio de Jack Harvey, James Matthews e pela tentativa a um agente! - puxei os braços dele para trás e coloquei-lhe as algemas.

Qual o meu espanto se ele não tentasse fugir. Podia era ter evitado dar-me uma cotovelada no nariz, o que me deixou a sangrar, e tentar fazer-me de refém.

- Deixem-me ir ou eu mato-a! - diz metendo o braço à volta do meu pescoço apertando-o. Retirou a pistola do meu cinto, com dificuldade por causa das algemas, e apontou à minha cabeça.
- Não precisamos nada disso, meu amigo. - Harry falou descontraído. - Larga-a lá.
- NÃO!
- Larga a arma e solta-a! - Louis apanhou-o por trás e apontou-lhe uma pistola à cabeça. - AGORA!

Ele larga. Louis e Ethan levam-no para o carro da polícia e é dirigido logo para a esquadra. Finalmente, homem apanhado!

(...)

Hora de descontrair aqui no meu gabinete.

- Annie! Posso? - pediram para entrar.
- Claro! - observei Harry a entrar e a fechar a porta.
- Se não quiseres o encontro, tudo bem, não há problema.. - ele sorriu amávelmente mas triste. - Apenas achei que nos podíamos conhecer melhor já que somos " parceiros de crime " ..
- Não tudo bem, Haz.. Eu vou! - sorri e ele também.

Olá olá :)
Estão a gostar?
Como acham que irá ser o encontro deles?
Por favor, votem e cometem!
Beijiiiiiiinhos

O novo colega de trabalhoOnde histórias criam vida. Descubra agora