Capítulo 1

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-Senhorita Cathy. -Me chamou Becca.

-Sim ?

-Seu pai a esta esperando no escritório dele.

-Já estou indo. -Quando ela saiu, eu a esperei se afastar um pouco para sair. Abri a porta e sai de fininho.

-Achei que seu pai tinha lhe chamado. -Eu pulei de susto e me virei.

-Você me assustou, Anthony.

-Você não devia estar aqui.

-Nem você, o que é ? Estava me observando ?

-Não, faço isso desde que você tinha onze anos, já ficou cansativo. -Anthony era meu amigo de infância desde os dez anos, por algum motivo, que eu não faço idéia, ele veio morar aqui, meu pai disse que ele seria meu governante, eu achei o máximo, meu melhor amigo vir morar comigo, mas conforme fui crescendo, percebi que nenhuma das outras garotas tinha um governante, só governantes mulheres, então agora eu tenho Sra Robson, uma chata completa, o bom é que mesmo depois de Anthony não ser mais meu governante, e isso desde meus dezoito anos, ele continua morando aqui, o que torna a vida no castelo bem menos chata.

-O que meu pai quer falar comigo ? -Caminhamos juntos até o escritório do meu pai.

-Sobre uma coisa que você já devia ter feito a muito tempo.

-Ah não. Casamento de novo não.

-Você sabe que precisa se casar, já tem 26 anos.

-Ainda não achei ninguém conveniente.

-Não acha que esta escolhendo demais ?

-Ah, você acha ?

-Eu acho, o sr James, ótimo homem.

-Ele tem 85 anos.

-Você mesma disse que gostava de homens mais velhos.

-Achei que você estivesse do meu lado.

-Eu estaria do seu lado se você não estivesse do lado das encalhadas.

-Ei, eu não estou encalhada. Eu tenho pretendentes, só que nenhum me agrada.

-O segundo significado de encalhada.

-Para de pegar no meu pé, até parece que você já é casado.

-Estou condenado a tomar conta de você, até que se case.

-Por isso que esta me apressando, acabou de ser liberado.

-Não é assim que funciona, e tambem, não acho casamento uma coisa tão importante assim.

-Eu...

-E pelo jeito você tambem não, já que ainda não se casou.

-Só porque me conhece há quinze anos não lhe da o direito de completar minhas frases.

-Quando se ganha o dom da clarividencia, você tem que usa-lo.

-Claro, claro. -Eu parei na porta do escritório. -O que esta esperando ?

-Ele me chamou também.

-O que ? Lembre-se, você não viu nada, você não sabe de nada.

-Acho que te acostumei mau.

-Vem, vamos. -Eu abri a porta e nos dois entramos. -Pai, o que queria conversar com a gente ? -Ele parecia preocupado e cansado, como sempre, ele fez um sinal para nos sentarmos.

-Querida, você adiou seu dubut, adiou muito, era para você debutar aos dezoito, e você já tem vinte seis.

-Não quero um debut.

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